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R E L I G I Ã O
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EFRAIM E MANASSÉS NÃO IAM AO CULTO, MAS O MÁRCIO MACIEL VAI - PARTE V
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil

            O presente ensaio é o resultado da sabedoria que DEUS deu a um amigo, poeta, regionalista e, sobretudo, apaixonado pelas Escrituras, cujo comentário tive a oportunidade de libar e, agora, disponibilizo sua sensibilidade, fruto da intimidade dele com quem sustenta todas as coisas pelo poder da PALAVRA.

            As Escrituras é mistério. O profeta Isaías, afeito à intimidade com DEUS, ainda assim não se acostumou e disse ao ALTÍSSIMO que ELE era DEUS de mistério. Alguns são tratados sistematicamente ao longo dos textos, outros são únicos e pontuais, mas todos indelevelmente indicam JESUS. JESUS é a essência do novo e do velho testamento, a expressão exata do maravilhoso DEUS PAI.

            Um dos mistérios pontuais é o tanque de Betesda, cenário deste milagre de JESUS – João, capítulo 5, versículos 1 a 10:

“DEPOIS disto havia uma festa entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Ora, em Jerusalém há, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres. Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressecados, esperando o movimento da água. Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse. E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo. E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são? O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito, e anda. Logo aquele homem ficou são; e tomou o seu leito, e andava.”

            Havia milhares de enfermos reunidos em torno de um tanque, porque DEUS periodicamente enviava um anjo que agitava as águas, curando quem ali primeiro descesse. Em nenhum outro texto se tem referência a tal fenômeno.

            Fato é que persistiam ali enfermos, mancos, aleijados, ressecados por algum tempo aguardando. Muitos desistiram. Mas um persistiu por trinta e oito anos. Detalhe é que sabia que jamais alcançaria o bulício das águas. Mas permaneceu esperando contra a esperança.

            Um dia, aquele que faz de seus ministros labareda de fogo e de seus anjos, vento - Hebreus, capítulo 1, versículo 7 - , JESUS, a VIDA com duas pernas, dois braços, cabelos, olhos, boca, nariz e voz, se lhe dirige e pergunta se queria ficar são. Por quê? Porque JESUS sabia que há muito aguardara aquela oportunidade e persistiu esperando contra a esperança.

            Passaram-se trinta e oito, num dia, como tantos outros, aquele desprovido, diminuído, a deformidade humana encontrou a VIDA, ouviu uma pergunta da VIDA, expôs sua dificuldade à VIDA - JESUS. Sem saber de quem se tratava, narrou sua impossibilidade em chegar ao epicentro da cura. Mas o epicentro da cura chegara até ele. Naquele dia, andou.

            João Batista pregava no deserto: “arrependei-vos dos vossos pecados”. O processo da salvação se inicia no reconhecimento de que se é pecador. A igreja é o lugar de mancos e aleijados espirituais, que se reconhecem assim e congregam porque aguardam a redenção eterna, o fim da deformidade eterna pelo pecado que produz a primeira e a segunda morte – a física e espiritual.

            Quem não vê as próprias deformidades não congrega, não vai à igreja, não aguarda o movimento das águas ainda que esperando contra a esperança, porque cegos são espirituais - Apocalipse, capítulo 3, versículo 18 - , firmados no que os olhos vêem, enganados pela aparência do bem estar, de conforto físico, financeiro. Circundados pela sebe ilusória de um mundo reservado ao fogo segundo apóstolo Pedro. 

            Aos tais, não se lhes ocorre ir à igreja, congregar, porque estão bem ... Bem longe da cura.

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