Área Cultural Área Técnica

 Ciência e Tecnologia  -  Colunistas  -  Cultura e Lazer
 
Educação  -  Esportes  -  Geografia  -  Serviços ao Usuário

 Aviação Comercial  -  Chat  -  Downloads  -  Economia
 
Medicina e Saúde  -  Mulher  -  Política  -  Reportagens

Página Principal

R E L I G I Ã O
0 5
 /  O U T U B R O  /  2 0 0 8

APASCENTANDO O VENTO EM WALL STREET E ALHURES
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil

            Efraim se apascenta de vento e segue o vento leste.... Efraim é o nome de um patriarca israelita que deu nome a uma meia tribo de Israel, porque ele e Manasses descendem de José do Egito, filho de Jacó, filho de Isaque, filho de Abraão e, ao invés de contarem a tribo de José, foram registrados como a meia tribo de Efraim e a meia tribo de Manasses. 

            Sua história remonta à descida de Jacó, seu pai, e à família de seu avô, Jacó, com 70 pessoas ao Egito, até que passados 400 anos Moisés resgatou uma nação: dos outrora doze filhos de Jacó, agora 12 tribos, dentre as quais, duas meias tribos: Efraim e Manasses.

            Efraim significa “DEUS me fez crescer na terra da minha aflição” (Gênesis, capítulo 41, versículo 52). O pai daquela meia tribo, José, foi vendido como escravo à uma caravana de midianitas por traição, entregue pelos demais irmãos, exceto por Rúber que não compactuou. Certo é que a caravana, tentou livrar seu irmão, a qual o revendeu a um alto funcionário da casa de Faraó, Potifar, e, conquanto justo, foi encarcerado por um crime que jamais cometera.

            A esposa de Potifar quis ter relação sexual com José que fugiu deixando sua túnica nas mãos dela, que mentiu alegando que ele a forçara. A despeito dos anos de aflição, José, pai de Efraim, seguiu fiel ao DEUS que conhecera na vida de seu pai Jacó, o velho que ludibriado pelos filhos achara que uma besta fera tragara José.

            Anos de sofrimento e renhida fidelidade daquele moço e DEUS mudou a sorte de José num único dia. O Faraó teve um sonho e lhe disseram que na prisão um homem poderia decifrá-lo. Saiu pela manhã como escravo para contemplar a face de Faraó e, à tarde, DEUS o constituíra o segundo homem mais poderoso do império egípcio, na flor do seu esplendor. Casou-se com Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om, mãe de Efraim e de Manasses.

            Cada filho recebeu um nome significando a restauração daquilo que DEUS o curara: abandono, traição, ignomínia, injustiça extrema, desprezo, amargura profunda da alma. Cada criança resultou fruto da fidelidade do DEUS todo poderoso criador dos céus e da terra, para a fidelidade do coração de José, que definhara anos a fio os porquês de tanto sofrimento.

            A meia tribo de Efraim conhecia as lágrimas do patriarca e do DEUS que abençoa e restaura a alma de toda a dor, fiel aos que semeiam com justiça ainda que adernados pela injustiça.

            Mas Efraim, quando as condições lhe eram ultra favoráveis, quando colhiam às escancaras sementes benditas plantadas por José, quando se cumpriu as promessas do ALTÍSSIMO aos filhos dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, resolveu que o DEUS de Israel não seria o deles, que se apegariam à idolatria da riqueza, das imagens, que não amariam o ALTÍSSIMO acima de todas as coisas, que ririam marchando em direção oposta ao caminho que, com lágrimas e lancinante dor, José trilhara.

            Efraim tornara-se como as demais nações, ensimesmada, adoradora do próprio ventre e dos desejos da carne, refratária à adoração e humilhação ao ALTÍSSIMO, ao reconhecimento de que eram escravos do mal que habita o homem desde a queda no Éden, e irromperam sobre as guloseimas malditas do pecado.

            Financeiramente, prosperavam sobremaneira. Filhos de um pai injustiçado, amaram a prática sistêmica da injustiça, a balança enganosa, o lucro a todo custo, o enriquecimento como um fim, o dinheiro como um deus, coisas que ao mundo e aos corredores de Wall Street lhes soam bem familiar. O desarranjo intestinal de Wall Street não seria isso, amor ao lucro desprovido de princípios, da busca de um fim maior, do dinheiro como objeto de adoração?

            Apascentar vem de pasto, de mantimento. Significa ir ao pasto, buscar suprimento, benesses, prazer, lucro. Apascentar-se de vento é encher-se de nada, como o homem da parábola de JESUS que encheu os celeiros e disse a si que descansasse, se refestelasse, porque para muitos dias tinha mantimento. “Louco, esta noite pedirão a sua alma, e o que tens preparado, para quem será?

            Como na parábola de JESUS, do homem que construiu uma casa sobre a rocha em contraponto ao que a fizera sobre a areia. Veio o vento forte, a chuva, e sempre vem, e derribou a construída sobre a areia.

            "Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios."  (II Pedro 3 : 7). Eis a realidade dos que se apascentam de vento. O mundo visível subsiste reservado para o fogo, mas as coisas invisíveis são eternas e foram essas as que impulsionaram a fidelidade de José, pai dos Efraimitas.  

            Assentar-se sobre o nada não é a pior das garantias da soberba de viver-se sem dobrar a cerviz, sem humilhar-se perante o ALTÍSSIMO, sem subsumir-se à sua vontade que é boa, perfeita e agradável. Além do fundamento tolo, as Escrituras garantem que o vento dos que se apascentam de vento os destruirá – Oséias , capitulo 13, versículo 15:

            Ainda que ele dê fruto entre os irmãos, virá o vento leste, vento do SENHOR, subindo do deserto, e secar-se-á a sua nascente, e secar-se-á a sua fonte; ele saqueará o tesouro de todos os vasos desejáveis.”

            Todos os que não nasceram de novo mediante o sangue de JESUS pelo poder do ESPÍRITO SANTO DE DEUS, que são senhores de si mesmos, que extravasam o desejo do pecado porque lhe são escravos, que desconhecem a coroa de JESUS, a natureza de súditos, todos esses seguem o vento leste e por ele serão destruídos.

Leia outras colunas sobre Religião ==> CLIQUE AQUI


FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI