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EFRAIM E MANASSÉS NÃO IAM AO CULTO, PARTE II
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil
       

            Basta olhar para o mapa de Jerusalém e o desenho do templo para inferir que os filhos de Abraão, os filhos da promessa, do Israel espiritual foram projetados para cultuarem ao DEUS altíssimo conjuntamente, porque cabia a nação inteira no templo desvelado no livro de Ageu. Havia o pátio dos gentios, o átrio interior, o lugar santo e o santo dos santos.

            DEUS escolheu e levantou em Abraão uma nação de adoradores. O culto estava acima dos casamentos, do relacionamento de pais e filhos, do dinheiro e de todas as demais condições existenciais da nação israelita, tomada na percepção da nação israelita e do Israel espiritual -  Joel, capítulo 2, versículos 15 e 16:

“Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembléia solene. Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai as crianças, e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu aposento.”

            Os discípulos de JESUS congregavam não só em reuniões de oração entre si, como insistentemente viviam no Templo, mesmo após o Sinédrio ter matado JESUS, o conselho superior judaico que o administrava. Eles tinham motivo de sobra para não irem ao Templo, por exemplo, o risco de serem mortos. Mas os filhos de Abraão, os que entraram no culto realizado eternamente no céu, eles congregavam mesmo com o assassinato de JESUS, porque para os filhos de Abraão não há desculpas, há culto – Atos, capítulo 3, versículo 1°:

"E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona."

            Esse templo era o administrado pelos homicidas de JESUS. Pedro e João acabaram presos também. Mas, para os filhos de Abraão não desculpas, há culto. 

            Paulo, o maior missionário da era cristã, o que mais escreveu, o que foi arrebatado ao terceiro céu, o maior fundador de igrejas e organizador de cultos, resolveu descer ao templo para, além de congregar com os gentios recém convertidos, fazê-lo também com seus irmãos judeus. Mas foi advertido – Atos, capítulo 21, versículos 10 a 15:

“E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo. E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios. E, ouvindo nós isto, rogamos-lhe, tanto nós como os que eram daquele lugar, que não subisse a Jerusalém. Mas Paulo respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus. E, como não podíamos convencê-lo, nos aquietamos, dizendo: Faça-se a vontade do Senhor. E depois daqueles dias, havendo feito os nossos preparativos, subimos a Jerusalém.”

            Morrer não era problema para Paulo, e morreu mesmo nessa oportunidade, porque para os filhos de Abraão não há desculpa, há culto. O verdadeiro problema é ficar sem culto.

            Se há algo que não fazia falta para Efraim e Manassés era o culto. Ficavam muito bem sem ele, obrigado. Duas meias tribos de Israel, filhos de José do Egito, netos de Jacó, bisnetos diretos de Abraão, herdeiros de incalculáveis promessas espirituais reservadas ao culto – Salmo 133:

“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida.”

            Quando o pecado permitiu a divisão de Israel em duas nações, a do norte com dez tribos e a do sul com duas – Judá e Benjamin -, Ezequias fez apelo para todas as tribos voltassem a cultuar conjuntamente ao DEUS criador dos céus, da terra e da aliança da salvação dada à Abraão, o DEUS que estabelecera o culto perpetuamente, porque nos céus o é permanente e os que cultuam aqui, pela fé, cultuaram sem fé lá em cima, posto que adentrarão à morada do ALTÍSSIMO, o lugar de culto aonde não se necessita fé pois se verá o TODO PODEROSO face a face. Observe-se nesse apelo citação direta à Efraim e á Manassés, refratárias ao culto, apesar de direcionada às doze tribos de Israel  - II Crônicas, capítulo 30, versículo 1º:

“Depois disto Ezequias enviou mensageiros por todo o Israel e Judá, e escreveu também cartas a Efraim e a Manassés para que viessem à casa do SENHOR em Jerusalém, para celebrarem a páscoa ao SENHOR Deus de Israel.”

            O culto era algo estranho para Efraim e Manassés, era quebrar a rotina, pelo que se riram dos mensageiros – II Crônicas, capítulo 30, versículo 10:

“E os correios foram passando de cidade em cidade, pela terra de Efraim e Manassés até Zebulom; porém riram-se e zombaram deles.”

            As duas únicas tribos que subsistiram da nação israelita foram as que se esforçaram em preservar o culto, a saber, Judá e a pequena tribo de Benjamin. São as sobreviventes, as que voltaram hodiernamente para cumprir a profecia referida à toda nação israelita, cujas promessas os sem culto jamais verão.

            O espírito do culto das tribos do sul – Judá e Benjamin – permitiu a vinda do messias – JESUS – , até porque pela profecia ELE pertenceria à tribo de Judá, e, adiante, persistiu na vida dos discípulos de JESUS, de todos eles, porque para os filhos de Abraão, não desculpas, há culto.

            A propósito, onde estão as tribos de Efraim e Manassés? Em lugar incerto, não sabido e sem culto.

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