Frost/Nixon
(2008) é outro drama político assinado pelo
roteirista Peter Morgan, que também escreveu O
Último Rei da Escócia (2006), A Rainha
(2006) e A Outra (The Other Boleyn Girl,
2008). O filme encena as entrevistas concedidas em
1977 pelo ex-presidente americano Richard Nixon ao
repórter britânico – e notório playboy –
David Frost – e previamente transformadas por Morgan
em peça teatral.
O contexto parece apropriado, já que George W. Bush
sai extremamente impopular da Casa Branca. A
perspectiva é liberal – e de maneira triunfalista em
alguns momentos, mas consegue fazer alguma justiça à
grandeza de Nixon. Alguns pecados do estadista
parecem inofensivos, até mesmo divertidos. O réu não
é absolvido, mas chega a provocar simpatia em sua
queda.
O embate entre as duas personagens é
dramaticamente elegante e devemos destacar o
magnífico desempenho de Frank Langella, excelente
ator de cinema e teatro. Infelizmente, porém, a
produção é incapaz de
meditar seriamente sobre
as questões que levanta. Ron Howard, afinal de
contas, não é Sokúrov.
Como a maioria dos
filmes do diretor, Frost/Nixon pode ser bom, mas
acaba pecando pela mediocridade.
Por Túlio Sousa Borges,
[email protected].
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