Uma desculpa típica para não se fazer nada é a falta de recursos. É verdade que algumas vezes a penúria é tanta que o mais genial dos seres humanos, com a mais santa boa vontade, não consegue fazer nada mesmo. Porém, muitas vezes a alegação de que não se têm recursos é, no mínimo, ingênua. Primeiro, porque segundo a bíblia de muitos economistas, os recursos são sempre limitados mesmo - isto é, há sempre menos recursos que os anseios humanos. Segundo, o que se espera da pessoa é que ela faça o melhor possível a partir de recursos dados e compete a ela focalizar as possíveis soluções com boa dose de inventividade, inovação, criatividade e concentrar a mente no alvo, nos objetivos, e não na falta de perspectivas, recursos ou nas boas razões para não se fazer.
Perguntas sempre devem ser feitas: O que podemos fazer para dar um bom uso aos recursos que já existem? O que podemos criar sem gastos extras? Que campanha criativa podemos fazer para se obter uma diferença no mercado? Que tipo de ações pode realizar? A partir delas procura-se soltar a imaginação e encontrar idéias. Fazer mais com aquilo que existe, a cada dia um pouquinho mais e melhor - essa é a filosofia dos vencedores.
O falecido empresário da comunicação Adolfo Bloch, aplaudido, entre outras coisas, pelo bom humor, uma vez disse mais ou menos assim aos jornalistas que estavam reclamando que não tinham recursos: "Então, quer dizer que se eu der uma Montblanc você vai escrever como Machado de Assis?"
É evidente que os recursos são importantes, mas, na ausência destes, o ideal é que se pavimente a estrada mesmo sem ter todos os recursos disponíveis, afinal, o sucesso é de quem faz e não de quem sabe. Existe um oceano de distância entre o saber e o fazer.
No mundo há muitos tipos de pessoas. Existem os que não sabem e não perguntam. Também existem os que sabem e não ensinam e o pior é que também existem pessoas que ensinam e não fazem. Ninguém tem o direito de ensinar aquilo que não sabe fazer. Isso nos mostra mais uma vez que o sucesso é de quem faz, tendo recursos ou não.
Também existem dois tipos de funcionários que nunca dão certo em lugar nenhum: 1: Aqueles que fazem tudo que o chefe manda. 2: Aqueles que nunca fazem o que chefe manda. Os melhores sabem que a melhor medida é o bom senso, a iniciativa, o espírito crítico e de participação, saber ceder e saber impor na medida certa. Uma coisa é inevitável na vida, onde palavras são palavras, promessas são promessas, desculpas são desculpas, mas o que importa mesmo são os resultados.
Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!
(*) Gilclér Regina é Consultor, Escritor e Palestrante no Brasil e exterior. Tem formação em Dinâmica Humana pelo The National Value Center- Texas-EUA, em TQM pelo ASQC American Society for Quality Control-Winsconsin-EUA curso de Desenvolvimento e Gestão Humana pelo The Graves Technology. É presidente da empresa CEAG Desenvolvimento de Talentos e Editora Ltda. www.ceag.com.br.