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R E L I G I Ã O
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/ A G O S T O / 2 0 0 9
JESUS CHOROU - O CONTEXTO
Por Bruno
Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil
Onipotência, onisciência e onipresença são palavras esculpidas para descrever atributos do DEUS que pode tudo, que tudo sabe e que está em todo o lugar. Então por que há fome, crianças morrendo em guerras, órfãos? Esse tipo de questionamento existe porque enseja exercício de imaginação: o que se faria com tamanho poder?
Mas há outro pergunta. Se em hipótese o seu comportamento, o que você julga inclusive ser correto, enfim, se sua forma de viver contribuísse aos fenômenos malditos acima descritos, você estaria disposto a deixá-la? Ou, noutro prisma, o que o impede de contribuir financeiramente para minorar a fome no mundo, de passar tempo com crianças órfãs, de ser voluntário? Resposta, o “eu” sempre, absoluto e em primeiríssimo lugar.
Porque condenar a DEUS se não se faz o que poderia ser feito com os recursos que se tem? O grupo “Hollies” gravou a canção “He ain’t heavy, he´s my brother”, baseado numa história real, um garoto que bateu à porta num orfanato, coberto de neve, com poucas roupas e um garoto menor nas costas. Quem abriu a porta viu a cena e perguntou se o garoto menor era pesado, ao que redargüiu o mais velho: “ele não é pesado, ele é meu irmão”. E o menor sequer era irmão de sangue.
Antes de se questionar a DEUS, querendo ou não, assim como há leis físicas, químicas, quânticas, existem as espirituais, dentre elas a de que os nossos pecados amaldiçoam a terra, prejudicam a quem amamos, a quem desconhecemos, num grande ecossistema espiritual. O movimento ecológico é testemunha de que não há estanques, módulos independentes, soluções estéreis, mas sim, o “efeito borboleta”.
O pecado de Adão no Éden amaldiçoou a terra, prorrompeu o derramamento de sangue pela cadeia alimentar carnívora, talvez porque a terra já não provesse o sustento dos animais por plantas e frutos, como no era no Éden, ou concomitante, pela degeneração deles também. O apóstolo Paulo atesta em Romanos, capítulo 8, que a natureza sofre e geme aguardando a redenção dos filhos de DEUS, porque foi sujeita à vaidade não por si mesma, mas pelo homem. O pecado do homem fustiga a terra e os animais. Oséias capítulo 4, versículos 1 a 3, é um dos textos isso:
“Ouvi a palavra do SENHOR, vós filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra; porque na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus. Só permanecem o perjurar, o mentir, o matar, o furtar e o adulterar; fazem violência, um ato sanguinário segue imediatamente a outro. Por isso a terra se lamentará, e qualquer que morar nela desfalecerá, com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar serão tirados.”
Noutro giro, vários textos demonstram como a obediência à palavra de DEUS faz com o homem abençoar a terra e os animais, porque no Éden DEUS deu autoridade ao homem sobre a terra e os animais – Gênesis capítulo 1 versículo 28:
“E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.”
O que DEUS deu ao homem o homem entregou ao diabo mediante o pecado e, assim, principiou o reino das trevas como se conhece hoje – morte, injustiça e destruição - , até que JESUS, o DEUS FILHO, tão DEUS quanto o DEUS PAI e o DEUS ESPÍRITO SANTO, assumiu a forma humana, encarnado, cem por cento homem e cem por cento DEUS e na cruz pagou o preço da libertação do homem e, pasme, da natureza amaldiçoada pelo pecado, pelo que desceu e tomou do diabo a chave da autoridade que o homem lhe dera – Apocalipse, capítulo 1, versículo 18, palavras de JESUS glorificado, ressurrecto:
"E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno."
O diabo nem a chave do inferno ele tem. Antes de morrer na cruz, ressuscitar, ser glorificado, assentado à destra do PAI, houve um momento em que JESUS, cem por cento homem e cem por cento DEUS, chorou, o que revela uma face da relação entre o homem, o pecado, a dor, o sofrimento, a sensibilidade de DEUS e, sobretudo, o agir de DEUS.
Paz, até o próximo texto.
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