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R E L I G I Ã O
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 /  J U N H O  /  2 0 0 9

CONSUMIDOR ESPIRITUAL
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil

            “E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe.  E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós. E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz. E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.”

            O consumidor espiritual é alguém que até crê em DEUS, o busca e chega a receber. Para os adeptos ao Código de Defesa do Consumidor no mundo espiritual, os senhores de si mesmos, esse é consectário natural, DEUS tem de conceder a graça.

            Eram dez leprosos, enjeitados, pechas sociais, impuros banidos das tradições religiosas judaicas num contexto em que toda a nação a orbitava, tudo em Israel se cinge ao Torah, à lei de Moisés. Em Israel um leproso era um morto vivo oficialmente reconhecido pelo Estado.

            Foram aonde JESUS estava, clamaram, como tantos que vão à igreja, fazem campanhas, sacrificam. Ai vem a cura, o presente, o regalo e só um achou tempo para glorificar a DEUS, buscar JESUS de novo sem motivo de pedir nada, salvo a gratidão e, literalmente, o louvor.

            Nove eram judeus, filhos de Abraão, potenciais herdeiros da maior herança de Abraão, a espiritual, a salvação. Receberam e seguiram suas vidas, melhor, suas mortes. O que queriam fazer de tal forma os absorvia que sequer procuraram JESUS para agradecer. Receberam, contabilizaram o crédito e seguiram senhores de si mesmos. Esses são os consumidores espirituais.

            O estrangeiro glorificou a DEUS, voltou a JESUS, se ajoelhou, adorou e recebeu a seguinte frase: “... a tua fé te salvou”. Para entender a envergadura e a profundidade do seu significado, há que se visualizar um pouco quem a menciona.

            "E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele." (Colossenses 1 : 17). Toda a estrutura sub-atômica conhecida e a desconhecida se mantêm pelo poder da palavra de JESUS. JESUS não opina, porque opinar é o aquilatar das possibilidades, o sopesar das variáveis, um exercício de prestidigitação, de previsão.

            O absoluto segue a JESUS e lhe serve em majestade. ELE profetiza, determina ou reconhece. Quando diz “... a tua fé te salvou” não se refere à cura, pois todos foram curados da lepra, mas à salvação da alma, à vida eterna.

            O consumidor espiritual não vai à igreja, segue sem compromisso com a vontade de DEUS, não se desloca aonde DEUS está, salvo na hipótese de uma “unha encravada”, o trabalho do reino de DEUS não lhe soa bem, a comunhão com os santos menos ainda, porque se “relacionam” com DEUS do jeito deles.

            Só uma forma de se relacionar com DEUS: da forma DELE. O consumidor espiritual é o “deus” e senhor de si mesmo crê numa “salvação” cuja lastro é sua própria limitação e desfaçatez.

            JESUS é o senhor do salvo. O salvo se desloca, lhe segue, lhe serve. E mais, a maior alegria do salvo é a salvação. A partir dela o morrer é lucro. Tudo o mais de bom, se vier, é “bonus track”, aquilo que vem há mais num CD, DVD ou BLU RAY.

Paz.

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