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R E L I G I Ã O
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AMAR MAIS A DEUS QUE AOS FILHOS
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil
 

            "Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim". Essas são palavras de JESUS registradas no livro de Mateus, capítulo10, versículo 37. 

            É compreensível que todos queiram reputar-se filhos de DEUS, trata-se de aspiração humana, mas nem todos querem pagar o preço e, pior, a esmagadora maioria da humanidade não é, sequer nasceu de novo e nem o que é ser guiado pelo ESPÍRITO SANTO. O preço de Abraão foi alto, lhe custaria seu filho se DEUS não interviera no momento do sacrifício.

            Abraão, já idoso, recebeu a promessa de que sua esposa, também idosa, teria um filho. Aguardou por mais de duas décadas o cumprimento da promessa. Ele com cem anos e Sara com noventa e nove tiveram um filho, o filho da promessa, Isaque.

            Passado um pouco de uma década de alegria, Isaque com cerca de 13 anos, então o insólito. DEUS que lhe dera agora exigia que Abraão sacrificasse Isaque no monte Horebe. Abraão em absoluta solidão moral e espiritual decidiu fazê-lo, provavelmente a noite, sozinho. Pela manhã avisou Sara que iria sacrificar a DEUS em Horebe, caminho de três dias, omitindo o objeto do sacrifício.

            Naquela noite Abraão matara Isaque no coração, nas entranhas da emoção, porque se não o fizesse não obedeceria a DEUS. DEUS lhe foi mais importante que o filho. Assim, carregou-o morto três dias no coração, durante percurso do monte Horebe. A visão do menino lindo, brincando esmagava seu coração, contradizia e contrafazia a dolorosa realidade que carregava na alma.

            Toda a alegria que tivera, a experiência maravilhosa de ser pai na velhice, se encerraria ali. Subiu ao monte com lenha e o cutelo ao que o menino lhe argúi: “papai, onde está o cordeiro?”, pois só faltava o cordeiro. Então o papai Abraão respondeu: “o SENHOR proverá meu filho”.

            Abraão e o menino juntaram as pedras no monte, construíram o altar. Assim o menino entendeu que ele era o sacrifício e aquiesceu. O papai dele sabia o que estava fazendo. Deixou-se ser amarrado pelo velho Abraão a quem confiava. As lágrimas daquela ancião descerram sobre o filho enquanto o amarrava naquele altar, a barragem de dor que se acumulava há três dias. 

            O último respiro, o cutelo firme suspenso com as duas mãos, os olhos fechados após fixarem o ponto do coração, para não ver o desenlace e, milésimos de segundo antes do rompante, o anjo do SENHOR lhe brada para que não fizesse aquilo.

            Abraão amava mais a DEUS que a seu filho. Seu filho amava mais ao DEUS do seu pai que ao papai Abraão, e ambos, em espírito e em verdade, eram filhos de DEUS. Houve uma ressurreição emocional, Abraão recebeu de volta o filho outrora morto no coração.

            Abraão é o pai da fé. Seu nome significa pai de muitas nações porque, pela obediência, carregou o filho morto no coração por três dias, o mesmo tempo em que o ALTÍSSIMO suportou o corpo do seu filho amado, JESUS, no sepulcro, até levantá-lo do sepulcro com o poder da ressurreição.  

            Abraão e Isaque pela obediência prefiguraram a relação do DEUS PAI com o DEUS FILHO, o sofrimento deles na cruz, de um lado o DEUS que amara o mundo de tal maneira que entregara seu FILHO unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna, e de outro JESUS,  o cordeiro de DEUS.

            As lágrimas que Abraão verteu sobre o filho enquanto o preparava para a imolação prefiguram as do DEUS PAI por JESUS, o unigênito do DEUS PAI. Neles reside a origem de todo o relacionamento pai e filho.

            E mais, todas as crianças são tecidas no ventre da mãe pela VIDA, que se trata de uma pessoa, não um conceito ou fenômeno, uma pessoa, JESUS, conforme revela o rei Davi no Salmo 139.

            Um relacionamento em que o amor a JESUS se encontra fora do rol de prioridades, de sacrifícios, é um amor que sucumbirá à morte eterna, à separação da VIDA, ao abismo com a origem de toda a família, a TRINDADE, o DEUS PAI, o DEUS FILHO e o DEUS ESPÍRITO SANTO.

            Houve um sacerdote chamado Eli, cujos filhos, também sacerdotes pela tradição hebraica reservada aos filhos da tribo de Levi, a saber, Hofni e Finéias, sabiam que ocupavam primazia no coração do pai que deveria ser do ALTÍSSIMO.

            Então DEUS ouviu a oração de outra mulher estéril, como Sara esposa de Abraão, e lhe concede um filho a quem chamou Samuel e, de tanta alegria, o entregou ao templo do SENHOR, pelo que o visitava anualmente com uma túnica nova, pois era criança e crescia literalmente na casa do SENHOR. 

            A esse menino DEUS o chama de noite e lhe revela as conseqüências que adviriam a um pai que amava mais aos filhos que a DEUS, diga-se, o que sobrevirá a toda esta geração que ainda procede assim, cujos filhos não são afeitos ao templo e que vêem nas atitudes dos pais outras prioridades que não o ALTÍSSIMO – I Samuel, capítulo , versículos 27 a 36:

“E veio um homem de Deus a Eli, e disse-lhe: Assim diz o SENHOR: Não me manifestei, na verdade, à casa de teu pai, estando eles ainda no Egito, na casa de Faraó? E eu o escolhi dentre todas as tribos de Israel por sacerdote, para oferecer sobre o meu altar, para acender o incenso, e para trazer o éfode perante mim; e dei à casa de teu pai todas as ofertas queimadas dos filhos de Israel. Por que pisastes o meu sacrifício e a minha oferta de alimentos, que ordenei na minha morada, e honras aos teus filhos mais do que a mim, para vos engordardes do principal de todas as ofertas do meu povo de Israel? Portanto, diz o SENHOR Deus de Israel: Na verdade tinha falado eu que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de mim perpetuamente; porém agora diz o SENHOR: Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão desprezados. Eis que vêm dias em que cortarei o teu braço e o braço da casa de teu pai, para que não haja mais ancião algum em tua casa. E verás o aperto da morada de Deus, em lugar de todo o bem que houvera de fazer a Israel; nem haverá por todos os dias ancião algum em tua casa. O homem, porém, a quem eu não desarraigar do meu altar será para te consumir os olhos e para te entristecer a alma; e toda a multidão da tua casa morrerá quando chegar à idade varonil. E isto te será por sinal, a saber: o que acontecerá a teus dois filhos, a Hofni e a Finéias; ambos morrerão no mesmo dia. E eu suscitarei para mim um sacerdote fiel, que procederá segundo o meu coração e a minha alma, e eu lhe edificarei uma casa firme, e andará sempre diante do meu ungido. E será que todo aquele que restar da tua casa virá a inclinar-se diante dele por uma moeda de prata e por um bocado de pão, e dirá: Rogo-te que me admitas a algum ministério sacerdotal, para que possa comer um pedaço de pão.”

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