Por ti o órfão alcança misericórdia, por Bruno Aníball Peixoto de Souza

Área Cultural	Área Técnica
Ciência e Tecnologia - Colunistas - Cultura e Lazer Educação - Esportes - Geografia - Serviços ao Usuário	Aviação Comercial - Chat - Downloads - Economia Medicina e Saúde - Mulher - Política - Reportagens
Página Principal

POR TI O ÓRFÃO ALCANÇA MISERICÓRDIA
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil

“Não nos salvará a Assíria, não iremos montados em cavalos, e à obra das nossas mãos já não diremos mais: Tu és o nosso deus; porque por ti o órfão alcança misericórdia.”

Esse texto encerra seis premissas. A primeira, o órfão nasce desprovido de misericórdia, porque algo ou alguém lhe defraudou direito a ter pai e mãe.

Certa criança com poucos meses de vida, durante a madrugada, se preparava para chorar, como choram os bebês com os olhinhos fechados, quando seu pai que a observava lhe disse: calma, papai está aqui. O bebê suspirou relaxadamente.

Quantas crianças choram e até desistirem, porque aprendem que ninguém as ouvirá. Milhares e milhares. São os órfãos. Quando se adentra ao um orfanato o momento mais dolorido é o da refeição. Mãozinhas em movimentos frenéticos, num ambiente em que se contabiliza que para cada criança há um déficit de duas ou mais pessoas, ou seja, uma família.

O prejuízo psíquico e emocional da ausência dos pais é incomensurável e incalculável. Só quem conhece o profundo da alma humana pode mensurar o dano da ausência.

Ademais, esse texto reconhece que os órfãos experimentam o extremo oposto à natureza e à essência de DEUS, um pai, mas um pai pleno de amor.

O maior drama de JESUS foi sentir pela primeira vez em sua existência eterna, pois ELE é DEUS também, a suspensão da relação profunda pai-filho com o DEUS PAI, no momento em que os pecados da humanidade foram lançados sobre ELE, porque o pecado faz separação entre DEUS e os homens, ainda que sobre seu FILHO amado.

Terceira premissa, há esperança, porque o único e verdadeiro DEUS se compraz em ser chamado PAI DOS ÓRFÃOS, sente alegria em associar seu nome e glória aos desprovidos, e anseia em derramar nessas crianças a essência daquilo que o mundo as negou.

Quarta, a maldição das trevas, alimentada pelos pecados de cada um, fomentam a cadeia de deformação da humanidade irradiando efeitos, dentre eles, a morte de JESUS, que antes de morrer avisou que se faziam isso com ELE, lenho verde, o que não fariam com o lenho seco, especialmente as crianças?

Mas o texto reconhece, como quinta premissa, que no ALTÍSSIMO o órfão alcança misericórdia.

O livro de Daniel é a história de quatro crianças órfãs, que assistiram a bárbara execução dos pais, que perderam a nacionalidade, a língua, a cultura, que foram levadas cativas, cujas vidas dependiam do talante e alvitre de um tirano, Nabucodonosor, ícone da crueldade babilônica, que, enfim, perderam tudo, exceto a crença de que tinham um pai, o PAPAI DO CÉU.

Uma moça foi à fazenda com seu esposo e viu ao longe que uma vaca seria sacrificada. Ao iniciar o extermínio, percebeu que um bezerro, no estábulo, seu filho, desesperadamente mogia e a sua mãe em meio a toda a dor respondia. A moça se foi e deixou o esposo porque não suportou a dor, nem o suficiente para recolher seu marido. Esta foi a dor que esses garotos sentiram. Jeremias, o projeta “chorão”, de descompunha porque via profeticamente imagens como essa.

JESUS advertiu aos discípulos que a ninguém chamassem de pai, porque só um era o pai deles, o PAPAI DO CÉU – Mateus, capítulo 23, versículo 9 - , e, assim, aquelas crianças do livro de Daniel com uma fé talvez pequena como o tamanho deles, uma fé sobrevivente, operaram sinais e prodígios

Daí a sexta premissa: os órfãos precisam ouvir as Escrituras Sagradas, porque a fé vem pelo ouvir a Palavra de DEUS, e n’ELE elas alcançarão misericórdia.