Antes de adentrar ao tema e em breves linhas, a salvação não se compra nem se adquire por mérito humano. Na vazão do apóstolo Paulo, não vem do homem, é dom de DEUS. Isso é difícil de entender ao que segue o caminho das boas obras para evoluir e alcançá-la, mas é possível se abrir uma centelha para uma nova percepção.

            DEUS entregou o que tinha de melhor, JESUS, sem que o homem em nada lhe possa retribuir. Isso é amor na perspectiva de DEUS, portanto a única. O filho de DEUS é uma nova criatura transformada pelo poder do ESPÍRITO SANTO DE DEUS, mediante o sangue de JESUS, a saber, o novo nascimento espiritual. Assim como a vontade da carne e do sangue produz o homem carnal, a vontade de DEUS mediante o sangue de JESUS produz um novo ser, esse sim, filho de DEUS. Logo, o homem é criatura de DEUS. O nascido de novo pelo sangue de JESUS é filho de DEUS.

            O filho de DEUS é filho, e nada do que faça ou deixa de fazer diminui esta qualidade. Contudo assim como JESUS, o unigênito do PAI, seu prazer é fazer a vontade do PAI. Não faz boas obras para ganhar nada, faz pela nova natureza, a de DEUS implantada nele pelo sangue de JESUS que liberta do pecado e do egoísmo. Aí estão as boas obras, não para ser salvo, mas porque se é salvo. Essa é a visão de DEUS, ontologicamente, assim é a salvação e não há outra.

            Em após, o filho de DEUS passa por experiências de pedir e esperar pedindo. JESUS ensinou a importância da oração tenaz, o poder da perseverança. Há algumas explicações. A principal é que DEUS trabalha o caráter de quem receberá o que pede, noutro carril, quem recebe é preparado para receber. Perceba-se que a alusão é ao nascido de novo nos termos acima, cuja vontade é a vontade do PAI.

            Mas há uma exceção em Isaías 58, onde DEUS promete a cura que brota apressadamente. Trata-se do nascido de novo cabalmente centrado na vontade de DEUS. Segundo JESUS, aquele que guarda sua vontade pedirá e será atendido e, mais, o tal será um com ELE assim como ELE é um com o PAI. Afigura-se o verdadeiro jejum apregoado por DEUS pela boca de Isaías, quando o homem de tal maneira se alinha com DEUS que a vontade do homem se torna a de DEUS e a de DEUS a do homem – Isaías, capítulo 58, versículos 1 ao 12:

            “Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados. Todavia me procuram cada dia, tomam prazer em saber os meus caminhos, como um povo que pratica justiça, e não deixa o direito do seu Deus; perguntam-me pelos direitos da justiça, e têm prazer em se chegarem a Deus, dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos as nossas almas, e tu não o sabes? Eis que no dia em que jejuais achais o vosso próprio contentamento, e requereis todo o vosso trabalho. Eis que para contendas e debates jejuais, e para ferirdes com punho iníquo; não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto. Seria este o jejum que eu escolheria, que o homem um dia aflija a sua alma, que incline a sua cabeça como o junco, e estenda debaixo de si saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aprazível ao SENHOR? Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne? Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda. Então clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniqüamente. E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. E o SENHOR te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam. E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar.”

            A promessa a esse nascido de novo é a de que o ALTÍSSIMO será sua retaguarda e seu filho, reparador de ruínas.

            Paz.