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Regulamento:

            2009 será um ano de grandes mudanças na F-1. Talvez seja o Mundial com mais alterações dos últimos 15 anos. O texto final do novo regulamento foi aprovado pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) no fim do ano passado, e a elaboração de algumas das regras foi feita em parceria com a Fota, a Associação de Equipes da F-1, criada em 2008. As modificações abrangem tanto a parte esportiva quanto a técnica.

            No que diz respeito ao aspecto esportivo, o objetivo foi atender à contenção dos gastos e à confiabilidade dos carros. Já o setor técnico priorizou três pontos: reduzir os recursos aerodinâmicos, facilitar as ultrapassagens e proporcionar maior equilíbrio entre as equipes.

            Entre as principais alterações técnicas estão: o retorno dos pneus slicks e a introdução do KERS, além da nova configuração aerodinâmica dos bólidos, o que mudou bastante o visual dos carros para esta temporada.

Regulamento técnico:
O carro


            O tamanho e as dimensões dos F-1 são rigidamente controlados pela FIA. Os carros devem ter 180 mm de largura. O comprimento e a altura são efetivamente regidos por outros parâmetros específicos.

            Como o regulamento é bastante restrito, os carros inevitavelmente acabam tendo tamanhos semelhantes. Por exemplo, o modelo TF109, da Toyota, mede 4.636 mm de comprimento, 1.800 mm de largura por 950 mm de altura.

            A estrutura principal do carro compreende o cockpit, mais o tanque de combustível, que é localizado atrás do piloto, mas em partes separadas. Está célula deve obedecer a requisitos mínimos de tamanho e deve ser feita de um material para absorção de impactos, tanto na frente quanto nas laterais e na parte traseira do bólido. Além de possuir estruturas para proteger o pescoço e a cabeça do piloto.

            Neste ano, os pilotos não podem ter mais de dois carros. O uso do carro reserva está proibido, mas os times podem usar um chassi adicional para que o carro seja montado, principalmente em caso de acidentes.

            Se um piloto troca de carro entre a classificação e a corrida, então será obrigado a largar do pit-lane. Não é permitida a mudança de modelo durante um GP.

O peso

            Os carros da F-1 não podem pesar menos de 605 kg, já contando com o piloto. As equipes podem utilizar lastros para atingir o peso mínimo, que devem ser fixados ao modelo. Os lastros não podem ser removidos ou adicionados durante as corridas.

O câmbio

            O regulamento permite câmbio semi-automático, com até sete marchas mais a ré. O controle de tração e os dispositivos que facilitavam as largadas também estão proibidos neste ano. Porém, em 2009, a caixa de câmbio terá de durar quatro corridas seguidas.

            O piloto que precisar trocar o equipamento nesse período vai perder cinco posições no grid da corrida em que a unidade adicional for usada.

            Se o competidor não conseguir completar a corrida, por razões independentes de sua vontade ou do controle da equipe, então poderá iniciar a próxima prova com uma caixa de câmbio nova sem correr o risco de ser punido.

O motor

            Em uma tentativa de priorizar a confiabilidade, os motores possuem capacidade de 2,4 l, com oito cilindros em V, dispostos com 90 graus de inclinação, com duas válvulas de admissão e duas de escape por cilindro. O motor pode atingir entre 18 e 19 mil rotações por minuto e deve ter um peso mínimo de 95 kg.

            Os pilotos terão à disposição oito unidades por temporada, podendo utilizar na seqüência que desejar. Cada equipe terá quatro motores adicionais para o uso em treinos. O desenvolvimento dos motores ainda permanece estagnado. A única escuderia que recebeu autorização para aperfeiçoar os motores foi a Renault, que recebeu o consentimento de todas as demais marcas do Mundial.

            Se o competidor ultrapassar o uso dos oitos motores, perde dez posições no grid da corrida em que a unidade adicional será usada.

O KERS

            O sistema de recuperação de energia cinética é uma das grandes novidades da temporada, embora não seja ainda um dispositivo obrigatório em 2009. O KERS tem como função melhorar o desempenho dos carros, reaproveitando a energia que antes era desperdiçada durante as frenagens e transformando-a em potência para o motor. A energia é armazenada em uma bateria, o que provocou uma nova distribuição de peso nos bólidos. O volante de cada carro vai ganhar um botão para que o piloto possa utilizar esse ganho de potência da maneira que achar melhor. De acordo com o regulamento, os motores terão 80 cavalos a mais de potência em um período sete segundos por volta, com a ajuda da nova tecnologia.

Os sistemas eletrônicos e elétricos

            Todos os sistemas eletrônicos e elétricos dos carros são inspecionados pela FIA no início da temporada, e as equipes devem notificá-la antes de fazer qualquer alteração posterior nos sistemas. Todas as escuderias utilizam a mesma unidade de controle eletrônico para a verificação do motor e da caixa de câmbio.

            Além disso, todos os carros devem possuir programas para o armazenamento de informações em caso de acidentes.

O combustível e o reabastecimento

            Os modelos da F-1 utilizam gasolina, muito parecida com a que é comercializada para os carros de rua. O combustível deve respeitar requisitos rigorosos, e antes de cada corrida as equipes devem fornecer à FIA dois litros para análise e aprovação.

            As amostras complementares podem então ser tomadas durante o evento para garantir que não há qualquer discrepância entre o combustível que já foi inspecionado.

            2009 será o último do reabastecimento obrigatório. Por razões de segurança, os equipamentos das equipes, que são aprovados também pela FIA, somente poderão injetar no tanque dos carros 12,1 litros por segundo.

As rodas e os pneus

            Após dez temporadas utilizando pneus com sulcos, a F-1 vai voltar a correr com os lisos, ou slicks. A iniciativa visa aumentar a eficiência mecânica, ao invés de proporcionar melhores níveis de aderência por meio dos recursos aerodinâmicos. Sem as ranhuras, a aderência dos carros sofre uma elevação de cerca de 20%, melhorando a performance dos modelos. No entanto, esse ganho deve ser compensar a diminuição do downforce e reduzir as velocidades nas curvas.

            Os pilotos ainda terão duas opções de compostos para pista seca, além dos pneus para piso molhado e muito molhado, e ainda serão obrigados a utilizar os dois tipos (no caso de asfalto seco) durante os grandes prêmios.

            Vale lembrar que a F-1 possui apenas uma única fornecedora de pneus, a Bridgestone. E, em 2009, a fabricante japonesa vai colocar uma linha verde na lateral dos pneus como forma de diferenciar o composto macio do duro.

            Os pneus para o piso seco precisam ter mais de 660 mm de diâmetro. Já os de chuva, são obrigados a ter mais de 670 mm.

            As rodas dos F-1 são feitas do mesmo material metálico e devem ter entre 305 e 355 mm de largura na frente, e 365 e 380 mm atrás.

Os freios
           
           
Os carros de F-1 possuem um único pedal de freio. O sistema de freio é hidráulico e trabalha tanto nas rodas dianteiras quanto traseiras. Sistemas de antibloqueios não são permitidos. E a roda não pode ter um de disco, que deverá ter no máximo 278 mm de diâmetro e 28 mm de espessura máxima. E o máximo de duas pastilhas de freios por disco. O uso de líquidos para refrigerar os freios é proibido.

A aerodinâmica

            Junto com a introdução dos slicks, é a maior área de mudança na F-1 para 2009. A drástica redução do downforce vai tornar o desenho dos carros mais limpos, graças às novas dimensões dos aerofólios dianteiros e traseiros, principalmente. É proibido o uso de qualquer tipo de apêndices ou aletas, além das entradas e saídas de ar.

            Essa norma visa possibilitar um maior número de ultrapassagens durante as provas. Porém, por causa da menor eficiência aerodinâmica, os modelos também devem ficar mais suscetíveis às turbulências na aproximação com outros veículos.

            A asa dianteira ficou menor, passou de 150 mm para 75 mm, e mais larga, 1.400 mm foi para 1.800. No entanto, agora, as asas serão flexíveis, e o piloto poderá ajustá-las por meio de um botão no volante do carro. Já as asas traseiras ficaram mais altas, 150 mm. E mais estreitas: 1.000 mm.

            Ainda na parte da traseira, o difusor, que controla o ar que passa por baixo do carro, foi deslocado ainda mais para trás, além de ficar mais longo e alto. O tamanho máximo permitido é de 175 mm.

Regulamento esportivo:
Os participantes


            A temporada de 2009 tem 20 pilotos inscritos, divididos em 10 times. A FIA estabelece como máximo 24 pilotos, portanto 12 equipes.

Os treinos livres e a classificação oficial

            Os finais de semana de GP são formados por duas sessões livres de uma hora e meia de duração. Ambas são realizadas às sextas-feiras. E exceção é a etapa de Mônaco, onde as duas atividades acontecem na quinta-feira. No sábado pela manhã, os pilotos participam de um terceiro livre de uma hora. À tarde é disputada a classificação oficial, que define o grid de largada para a prova. Destaque para o GP de Cingapura, onde a corrida é disputada à noite.

            Vale dizer que os pilotos não são obrigados a participar dos treinos de sexta, mas precisam sair à pista no sábado para poder alinhar para a corrida de domingo.

            O treino classificatório é dividido em três partes distintas, com todos os pilotos indo à pista simultaneamente. Os competidores não têm um limite de voltas.

Qualifying – Q1: Todos os 20 carros saem à pista. Esta fase tem duração de 20 minutos. No final, somente os 15 mais rápidos passam à parte seguinte. Os cinco carros mais lentos, então, ficam com os cinco últimos lugares do grid.

Qualifying – Q2: Após um intervalo de sete minutos, os 15 pilotos iniciam a segunda parte da sessão, em que apenas os dez primeiros passam ao Q3. A duração nesta fase é de 15 minutos. Os cinco competidores eliminados no final ficam, então, com a 11ª, 12ª, 13ª, 14ª e 15ª colocações do grid.

Qualifying – Q3: Depois de oito minutos de pausa, os dez pilotos mais rápidos voltam à pista para definir a pole-position. A duração da fase decisiva do treino é de dez minutos.

            Se um piloto parar desnecessariamente em qualquer ponto da pista ou impedir a passagem de um concorrente, os comissários podem anular a volta do determinado piloto.

A corrida

            O alinhamento do grid de largada começa a ser feito 30 minutos antes do início do GP. Os pilotos têm liberdade para completar voltas de reconhecimento do circuito antes de se posicionarem em seus lugares de partida.

            Se competidor quiser percorrer mais de uma volta de instalação deve passar pelos boxes, a fim de evitar o grid. O pit-lane é fechado 15 minutos antes da largada. Qualquer piloto que ainda esteja nos pits neste momento terá de partir dos boxes.

            Dez minutos antes do início da corrida, somente o staff técnico de cada equipe pode ficar no grid. Com três minutos para começo das atividades, as rodas de todos os carros devem ser descobertas. Se não estiverem, os comissários podem punir o piloto com uma parada de dez segundos.

            Restando um minuto para a largada, todos os motores devem ser acionados. E todas as equipes técnicas devem deixar o grid até pelo menos 15 segundos antes da luz verde acender, autorizando o início da volta de apresentação. O piloto que tiver qualquer problema neste momento deve levantar o braço para indicar o contratempo. E uma vez que os carros tenham partido, o competidor que ficou parado será removido para o pit lane.

            Durante a volta de apresentação não é permitido testes de largada e nem ultrapassagens, a menos que o competidor que vá à frente apresente problemas técnicos. Se o contratempo técnico for resolvido durante a volta de apresentação, o piloto pode retomar sua posição de origem.

            Com os carros já no grid, a partida será autorizada por meio de cinco luzes vermelhas, que acendem de forma sequencial em intervalos de um segundo, quando todas se apagarem é dada a largada. Se um piloto tiver problema desse momento, o início é adiado e o procedimento de largada recomeça.

            Apenas as condições do tempo podem alterar esse procedimento. Por exemplo, se começa a chover três minutos antes, o diretor de prova pode adiar em 10 minutos o início da corrida. Se o tempo estiver excepcionalmente ruim, o diretor pode interromper as ações e só retomar quando as condições estiverem melhores. Como alternativa, o comissário pode decidir começar o GP com o auxílio do safety-car.

A interrupção da corrida

            Se a prova é suspensa por conta de um acidente sério ou por causa das más condições do tempo, então a bandeira vermelha é acionada, e todos os carros devem parar, obedecendo a suas posições e atrás do líder da corrida. O pit-lane fica fechado neste momento. Os mecânicos podem trabalhar nos carros, mas não é permitido o reabastecimento.

            Se qualquer piloto entrar nos boxes durante a paralisação será punido com um drive-through. Se o piloto já estiver nos pits no momento da bandeira vermelha, aí, então, o reabastecimento poderá ser efetuado.

            Se por qualquer razão for impossível recomeçar a corrida, as regras estabelecem que os resultados obedeçam às posições dos pilotos no final da penúltima volta antes da interrupção da prova.

O safety-car

            O pit lane, agora, permanecerá aberto durante o período em que o safety-car estiver na pista, permitindo que os pilotos possam parar para o reabastecimento e troca de pneus. No entanto, para assegurar que nenhum piloto desenvolva grande velocidade para ganhar vantagem com a presença do carro de segurança, os competidores terão de acionar um software ligado à unidade de controle eletrônica, informando que estão se dirigindo aos pits. A centralina, então, fará o cálculo do tempo que o corredor vai levar para chegar aos boxes, baseado em sua posição na pista. Se o piloto chegar antes do tempo determinado, será punido.

A pontuação

                Marcam pontos os primeiros oito pilotos de cada GP. Os pontos são computados para o Mundial de Pilotos. As equipes somam os pontos dos resultados de seus dois pilotos no Mundial de Construtores.

1º lugar: 10 pontos
2º lugar: 8
3º lugar: 6
4º lugar: 5
5º lugar: 4
6º lugar: 3
7º lugar: 2
8º lugar: 1

            A única exceção é quando a corrida é suspensa e não pode ser reiniciada. Se menos de 75% da distância da prova foi percorrida, então os pilotos somam apenas a metade dos pontos. Se somente duas ou menos voltas foram completadas, nenhum ponto será concedido.

            O campeão será o piloto que mais somar pontos ao longo da temporada, assim como a equipe campeã. Em caso de empate, o primeiro critério é o número de vitórias, depois de segundos lugares e assim por diante.

As punições

            Os comissários de prova têm o poder de impor sanções aos pilotos por diversas infrações durante os treinos e as corridas. Entre as principais violações estão: queimar a largada, bloquear outro competidor, ultrapassar a velocidade limite dentro do pit-lane.

            Os dois tipos mais comuns de punições são o drive-through e a parada de dez segundos nos boxes. No caso da primeira, o piloto deve atravessar o pit-lane dentro do limite de velocidade estabelecido para o determinado circuito e retornar à corrida. A segunda sanção é conhecida como stop-and-go, em que o carro para nos boxes por dez segundos. Os mecânicos não podem mexer no carro nesse momento. Nesses dois casos, o piloto tem um limite de três voltas para cumprir a punição assim que ela for aplicada, sob pena de ser excluído da prova.

            A única exceção é quando a punição ocorre a cinco voltas do fim do GP. Assim, a sanção é o acréscimo de 25 segundos no tempo total de corrida do competidor.

            Em casos extremos, os comissários podem optar pela perda de dez posições do grid no GP seguinte à infração.

Os testes

            Para 2009, todos os testes foram proibidos ao longo do ano. As equipes não podem treinar a partir de uma semana antes do primeiro GP do ano até 31 de dezembro. Além disso, a FIA também impôs um limite de 15 mil quilômetros de testes.

TEXTO: Evelyn Gukmarães (Grande Prêmio)
REVISÃO: Portal Brasil, www.portalbrasil.net.

 


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