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A D M I N I S T R A Ç Ã O     D E     E M P R E S A S
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PUXARAM meu tapete!
Por Marizete Furbino (*)


"Nossos melhores sucessos vêm depois de nossas maiores decepções."
(Henry Ward Beecher)

 
Podemos até achar estranho, mas é muito comum esse fato acontecer dentro de um ambiente organizacional, principalmente quando um dos pilares da organização começa a brilhar frente aos demais e os holofotes se voltam para ele: a imaturidade, a maldade, a perversidade e a inveja dos demais ou de alguns os contagia, levando-os a ansiar por ofuscar o brilho de quem está se destacando no momento. Logo, as “camas de gato”, armações e perseguições se iniciam em prol da puxada do tapete.

Releva notar que, em pleno século XXI, os profissionais deveriam ter em mente que, dentro de uma organização, o que se tem a fazer é somar forças para vencer a guerra do mercado. Logo, todos deveriam trabalhar de forma integrada, interativa e inter-relacionada.

Além disso, todos deveriam se comprometer a se envolver com o trabalho, atuando de maneira dinâmica, de forma a brilhar. Querer ofuscar o brilho do outro significa pura incompetência técnica e desentendimento sobre o que é gerenciar.

Nesse sentido, torna-se necessário perceber que, quando um pilar da organização brilha, toda a empresa reluz. Devemos entender que a organização é única. Assim, temos que nos preocupar com a empresa como um todo, e não somente com nosso departamento. O verdadeiro líder do século XXI prima pela sinergia.

Isto posto, torna-se lamentável pensar que uma diretoria que se deixa levar por um grupo de pilares de sua empresa a fim de puxar o tapete de um líder por pura politicagem é uma diretoria que não deveria estar na posição em que se encontra na empresa, pois não tem maturidade nem visão para perceber toda e qualquer situação. Dessa forma, em vez de conduzir tal pilar à ascensão, leva-o à demissão. Isso é muito ruim, pois funciona como a poda de uma árvore, cortando toda vontade do profissional de fazer acontecer, minando, além da sua energia, a sua iniciativa e o seu dinamismo, o que poderá comprometer não somente seu emprego, mas sua carreira, bem como a empresa em que exerce suas funções.

É fato inquestionável que todos os envolvidos na vida organizacional deveriam ter vontade de brilhar em prol da organização em que atuam. Juntos, seria muito mais fácil colocar a organização no pódio. Mas para brilhar é necessário arregaçar as mangas, suar a camisa, e isso poucos querem.  Para que os holofotes se voltem para você, é necessário “ralar”, doar-se ao máximo, é imprescindível atuar na empresa como um intraempreendedor. Logo, é necessário respirar trabalho. É necessário se envolver e a se comprometer a ponto de se tornar um workaholic e workalover, e isso não é fácil, dá trabalho. Assim, nem todos os ditos pilares ou esteios da empresa estão dispostos a isso.

Frisa-se que devemos ter em mente uma única certeza: seu tapete será puxado quando os holofotes da empresa estiverem voltados para você.

Diante deste fenômeno realmente comum, temos a dizer que infelizmente este é um mal que assola toda uma organização. O que a diretoria da empresa deveria perceber é que, enquanto um dos pilares entra em sua sala para falar mal do outro profissional que também é considerado um pilar de tal empresa, este deixa de trabalhar, e a empresa perde - e muito - com isso. A diretoria deve ter em mente que toda “cama de gato” deverá ser desfeita, caso contrário, quem sai perdendo é a própria empresa.

Atente-se, porém, que puxar o tapete de um pilar que está em ascensão graças ao seu grau de competência, para colocar outro profissional em seu lugar, baseando-se no grau de amizade e da famosa politicagem, é como dar um tiro no próprio pé. Importante lembrar que nenhuma empresa é “PÃE” - pai e mãe. Desta forma, num futuro bem próximo, quem irá sair será a própria diretoria, pois sabemos que, para uma empresa permanecer no topo do mercado, é de suma importância que a diretoria se encontre cercada de pessoas extremamente competentes.

É crucial enxergar que todo boicote ocorre sempre nas reuniões com a diretoria da empresa, mas dentre os presentes, salvando-se os puxadores de plantão, quem percebe o “pulo do gato” é somente a vítima. É um fato triste e lamentável ter diretores que não se dão conta do que está acontecendo em sua volta. As ideias, sugestões e proposições de quem se encontra na posição de vítima são sempre colocadas em pauta, discutidas, analisadas e, finalmente, julgadas por todos os presentes, claro, fazendo-se cair por terra toda e qualquer ideia, mesmo que seja excepcional. Os participantes envolvem a diretoria de certa forma a fazer com que esta não acate nenhuma ideia advinda da “estrela”.

Demonstra esse fato que a diretoria parece estar de olhos vendados. É visível quando isso acontece, pois, as pessoas deixam transparecer em seus rostos a evidência de um ar de felicidade. É como se o corpo falasse: vencemos! Sua ideia não foi contemplada. Mas que imaturidade profissional! Quanta maldade! Quanta vaidade!

Vale à pena ressaltar que, quando ocorre a puxada de tapete, a diretoria não enxerga o currículo do profissional, sua experiência e muito menos os benefícios que ele oferece para a organização. Essa diretoria parece emudecer e ficar completamente cega, permitindo que seja contaminada e levada por um grupo de incompetentes que, por pura vaidade, faz uma “cama de gato” ou armações para eliminar alguém que, com sua alta performance, encontra-se na cabeça dos incompetentes como fonte de ameaças. Triste e lamentável acontecimento!

Importante salientar que, em se tratando de politicagem dentro das organizações, os danos psíquicos são de imensa relevância, tendo em vista que um fato desse porte arruína não somente o profissional, mas o ser humano, deixando marcas e cicatrizes profundas. Um plano diabólico desse nível é de amargar!

Em meio a essa problemática, ainda resta dizer que normalmente as demissões de um alto escalão vêm após seu período de férias, muitas vezes acompanhadas de um e-mail (o que é ridículo), e em sua minoria em forma de um contato pessoal, e mais, quando esta demissão ocorre, a diretoria tem a “cara de pau” de arranjar uma desculpa para justificar tal demissão, e muitas das justificativas recaem sobre a incapacidade de se relacionar, pois ao demitir irão alegar o quê? Se o profissional é extremamente competente e o que fez no período de exercício foi além de reerguer o departamento, conceder à empresa inúmeros benefícios, não existe uma melhor desculpa esfarrapada para justificar tal demissão.

Pensar que a competência, a autenticidade e a transparência nas ações de um profissional podem intimidar muitos incompetentes no mundo corporativo é de fazer com que entramos num verdadeiro quadro paranoico.

É evidente que, no mundo corporativo, quem sente medo e insegurança são os incompetentes, que para brilhar devem “paparicar” a diretoria da organização e conquistar seus méritos por meio de “puxa-saquismo”. Mais triste ainda, é saber que existem diretores que se deixam influenciar pelas ervas daninhas existentes no mundo corporativo.

De tudo o que foi visto, é de se concluir que dói em demasia saber que para sobreviver no mercado corporativo do século XXI, o profissional de alta performance mata um leão a cada segundo, pois além de ter o compromisso de se preocupar com  os resultados que deve dar à empresa, ainda luta contra a crueldade de muitos.

(*) Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pela UNILESTE-MG. É Administradora, Consultora e Professora Universitária na UNIPAC - Vale do Aço. Contatos através do e-mail: [email protected]r.

PUBLICAÇÃO AUTORIZADA EXPRESSAMENTE PELA AUTORA
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