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A D M I N I S T R A Ç Ã O
D E E M P R E S A S
1 6 / D E Z E M B R O / 2 0 1 1
Grandes ideias, projetos inacabados
Por
Ivan Postigo (*)
Um dia você acorda e tem uma ideia que julga fantástica, se apressa para ir ao escritório, chegando lá descobre que não consegue torná-la realidade.
Novos projetos, novas ideias, estão presentes o tempo todo. O “estalo”, como costumamos chamar, pode ocorrer durante o sono, embaixo do chuveiro, tomando cafezinho na padaria, na sala de aula, levando uma bronca do chefe, à beira da piscina, correndo para escapar da chuva. Você não escolhe o lugar.
Naquele momento não temos a impressão de receber apenas uma luz, mas de ter todo o caminho na cabeça, com a clareza necessária.
A dificuldade começa quando você resolve explicar para as pessoas o que tinha em mente ou quando resolve escrever “o fantástico projeto”.
A descrição, muitas vezes, não passa da quinta linha da redação, e quanto mais o tempo passa, menos claro os detalhes ficam.
Nossa reação pode ser simplesmente deixar aquela questão de lado, nos irritarmos tentando recuperar os detalhes que acreditávamos estar em nossa mente e se apagaram, ou, muitas vezes, ficar lutando com os “flashes” freqüentes que nos provocam.
Quando temos uma questão pendente, a qual gostaríamos de dar um melhor encaminhamento, nosso subconsciente fica lá, sem que percebamos, procurando uma solução.
Quando a enxurrada de informações e supostas soluções vêm à tona, fica difícil registrar todos os detalhes, mas podemos usar uma técnica para acomodá-las.
A técnica é simples e consiste em fazer o máximo de perguntas possíveis para que possamos concatenar as ideias.
O que, como, quando, porque, onde, para quem, quem, para que, podem conduzir o trabalho, facilitando sua estruturação.
Há um ditado que diz: “Para se encontrar a resposta para uma questão basta perguntar sete vezes por quê?”
A condução de um problema com perguntas facilita a busca da solução, organiza o pensamento e a forma de especulação.
Um projeto capaz de responder a todas as perguntas é um projeto estruturado, onde se buscou antever problemas e antecipar soluções, portanto a técnica das perguntas aqui encontra forte respaldo.
Sendo isso tão óbvio, porque não aplicamos a técnica com freqüência?
Pelo simples fato que nos falta método, normalmente, para condução de questões mais complexas.
A nossa impaciência, frequentemente, não nos permite explorar e materializar boa parte de nossos pensamentos.
Note que em reunião e em trabalhos em equipe é muito comum a tentativa de imposição de opiniões, mais até do que de exploração de possibilidades.
Pudéssemos pegar qualquer projeto em um laboratório, ou mesmo em uma universidade, e confrontá-lo com os semelhantes desenvolvidos mundo afora, ficaríamos surpresos com as barreiras à exploração dos diferentes pontos de vista e em relação às perguntas que poderiam ter sido feitas.
Você já se surpreendeu com o sucesso de um projeto que já lhe tinha ocorrido, mas não levou muito a sério?
Não se preocupe, não se aborreça, você não é o único.
Impaciência, teimosia, convicção, soberba, qualquer que seja a razão, supere-a e, na próxima, vez dê mais crédito às sugestões que lhe forem dadas, principalmente quando envolverem suas ideias e comece a levá-las mais a sério.
Muitas garantirão o seu sucesso!
(*) Ivan Postigo
é
Economista, Bacharel
em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP e
Diretor de Gestão Empresarial da Postigo Consultoria, Comunicação e Gestão -
www.postigoconsultoria.com.br.
PUBLICAÇÃO AUTORIZADA
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