Área Cultural Área Técnica

 Ciência e Tecnologia  -  Colunistas  -  Cultura e Lazer
 
Educação  -  Esportes  -  Geografia  -  Serviços ao Usuário

 Aviação Comercial  -  Chat  -  Downloads  -  Economia
 
Medicina e Saúde  -  Mulher  -  Política  -  Reportagens

Página Principal

E S T R A N G E I R I C E S
"Uma estória de amor pelo diferente"

CAPÍTULO XXI - 16.04.2011
Por Juliana Ximenes
(*)

A viagem em abril não se fez possível e a definição de uma nova data de encontro e todo o processo foi uma guerra... Eu não sabia exatamente quando iria...

Uma das minhas melhores amigas, há cerca de um ano atrás havia casado com um brasileiro, piloto da Emirates e havia se mudado para Dubai. E me enchia a paciência todas as vezes que ligava para que eu fosse visitá-la... juntei a fome com a vontade de comer... agora era só esperar a disposição do Mr. Hathi de ir lá me encontrar... eu iria até Dubai, ele iria até Dubai... e era isso... eu já tinha decidido... só faltava comunicá-lo e definirmos nova data...        

Nessa mesma época, minha amiga amada, querida e idolatrada Eve definiu sua situação com o guapíssimo Habi e se organizava para o casamento no Paquistão. Quando do casamento, fez um pit stop de um mês(!) em minha humilde casinha em São Paulo, só indo embora depois de comer o galo.

“Enfim”, um belo dia Eve resolveu virar Mishal, e lá me fui com ela à Mesquita do Brasil, que com o perdão da brincadeira, fica no quinto... de tãooooo longe de casa. Chegamos lá, depois de perambular por horas na região e, próximo ao prédio com uma árvore no topo, enxergamos os minaretes da mesquita. Entramos, numa salinha, eu, Eve (futura Mishal), um guri egípcio e uma guria...paquistanesa. Um scholar explicava o islã para o grupo, em português, enquanto o sheikh, também egípcio, conversava em inglês com a paquistanesa. Ele tinha uma marca roxa, no meio da testa, de tanto rezar (os muçulmanos “desenvolvem” a tal bolinha roxa/preta na testa depois de anos de bate papo com o chão). O Hathi também tem a referida bolinha, só que a dele é na testa quase na altura onde nascem os cabelos e não centralizada como a do sheikh, ele me explicou que isso é por conta do nariz giganteee que ele tem, que faz com que ele apoie a cabeça em outra posição. Foram todos muito bonzinhos e eu estava achando tudo aquilo imensamente interessante. A mesquita era muito bonita e enorme. Terminado o bate-papo, as pessoas dispersaram, e Dona Eve resolveu prolongar o blá blá blá, já era fim de tarde e uma chuva monstruosa ia cair, resolvi partir também, já que ela não tinha hora pra ir embora. Saí da mesquita conversando com a paquistanesa e em minutos ficamos amigas e trocamos telefone. Combinamos uma pizza para o dia seguinte, junto com Mishal e Carolita. E foi assim que ficamos amigas de Amreen, uma jovem estudante de medicina, dinamarquesa (na realidade!), de origem paquistanesa e muçulmana. Amreen estava no Brasil há dois meses, realizando pesquisa junto ao Hospital das Clínicas, e ficou impressionada com nossas estórias. Ela dizia que achava o Paquistão tão conservador e os homens paquistaneses tão austeros, que ela própria teria receio de casar-se com um (na época sua família procurava um marido pra ela, mas a seu pedido: de origem paquistanesa, no entanto criado na Europa!), então o fato de que brasileiras, criadas numa sociedade liberal e independentes estivessem envolvidas com paquistaneses lhe era chocante. Enchemos Amreen de perguntas, às quais ela respondeu dócil, porém franca.

Muito bem... pausa para uma descoberta...coincidência...curiosidade... Quando Amreen mencionou que morava na Dinamarca, imediatamente me lembrei de outra amiga, a equatoriana que “conheci” no youtube e que mais tarde veio a se casar com o marroquino que se hospedou na minha casa quando veio vê-la pela primeira vez. Isso porque ela era estagiária (a equatoriana) de uma empresa de engenharia no Equador, de origem Dinamarquesa, e seus dois chefes diretos eram...o que? Paquistaneses! Comentei com Amreen sobre a equatoriana, e no fim, descobrimos que a família da Amreen era amiga da família dos chefes paquistaneses da Carol (equatoriana!). The world is an egg! Marrocos – Brasil – Equador – Dinamarca – Paquistão – Brasil... what a mix!

continua na próxima quinzena...

Quem é Juliana Ximenes?

PUBLICAÇÕES AUTORIZADAS EXPRESSAMENTE PELA AUTORA
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO PORTAL BRASIL
® E A SUA AUTORA


FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI