Área Cultural Área Técnica

 Ciência e Tecnologia  -  Colunistas  -  Cultura e Lazer
 
Educação  -  Esportes  -  Geografia  -  Serviços ao Usuário

 Aviação Comercial  -  Chat  -  Downloads  -  Economia
 
Medicina e Saúde  -  Mulher  -  Política  -  Reportagens

Página Principal

G E S T Ã O     D E     M A R K E T I N G      E     N E G Ó C I O S
0 1  /  M A I O  /  2 0 1 1


Com padrão 4G, Alcatel-Lucent tenta recuperar prestígio

Por Talita Moreira (*)

Quando o holandês Ben Verwaayen assumiu a presidência da Alcatel-Lucent, há cerca de dois anos, a companhia enfrentava dificuldades para integrar suas estruturas após a fusão entre a francesa Alcatel e a americana Lucent. Pior: envolvida em embates internos, a empresa havia ficado para trás no mercado de equipamentos para redes de terceira geração da telefonia móvel (3G).

"As pessoas me diziam para vender a área de mobilidade e me conformar com a ideia de sermos uma empresa de tecnologias fixas", recorda Verwaayen. Os números corroboravam essa visão: a fabricante tinha apenas 12% do mercado de infraestrutura para telefonia móvel.

Mesmo assim, Verwaayen decidiu ir contra a corrente e apostar alto no LTE, o padrão tecnológico da quarta geração de telefonia móvel (4G). "Tratar as tecnologias fixas e móveis como negócios separados é uma abordagem do passado. A velocidade [de transmissão de dados] é a mesma", diz. "O consumidor é quem decide em que tela quer acessar os conteúdos."

Os primeiros resultados comerciais da estratégia defendida pelo executivo começaram a aparecer. A Alcatel-Lucent estima ter elevado para 16% ou 17% sua participação no mercado de redes móveis. Verwaayen evita fazer projeções. Diz apenas que a companhia vai atingir uma fatia "alta" desse segmento.

A empresa já firmou contratos importantes para fornecer equipamentos na tecnologia LTE - com a operadora americana Verizon e com a chinesa China Mobile, por exemplo.

No Brasil, a companhia tem sido voz ativa ao propor que o governo não demore para licitar as frequências da 4G - o leilão está previsto para 2012. Paralelamente, a empresa investiu US$ 5 milhões para montar um centro tecnológico onde fará demonstrações de serviços baseados em LTE e desenvolverá aplicativos para as áreas de call center e segurança de redes.

Apesar dessas iniciativas, os resultados financeiros ainda não apareceram por completo. As perdas da companhia estão diminuindo, mas a Alcatel-Lucent ainda teve prejuízo de € 334 milhões no ano passado - o quinto exercício consecutivo de resultados negativos. Em fevereiro, Verwaayen disse que a virada para a lucratividade chegaria neste ano.

A Alcatel-Lucent e outros fabricantes tradicionais do setor têm enfrentado a concorrência pesada dos fornecedores chineses Huawei e ZTE, que produzem em grande escala e conseguem oferecer preços mais baixos. Verwaayen diz que isso não importa porque fabricar não é mais o centro da estratégia da empresa. "Quando se fala nos chineses, preço é a primeira palavra que todo mundo lembra. Minha primeira palavra é inovação", afirma.

No início do ano, a Alcatel-Lucent apresentou ao mercado um pequeno dispositivo em forma de cubo - e que pesa apenas 300 gramas - com a promessa de que o equipamento pode substituir as tradicionais estações radiobase da telefonia móvel. "Ele vai mudar a vida das pessoas", diz Verwaayen.

(*) Talita Moreira é jornalista, em São Paulo, do Valor Econômico.

A PROPRIEDADE INTELECTUAL É DO COLUNISTA
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS A SEU AUTOR E AO PORTAL BRASIL


FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI