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M O T I V A Ç Ã O   &   E M P R E E N D E D O R I S M O
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Perda. Palavra difícil de ser digerida
Por Marizete Furbino (*) 


O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.
(Friedrich Nietzsche)

 Nunca estamos preparados para depararmos com a perda, seja de que espécie for. Tal assertiva leva-nos a refletir. A perda, além de gerar um desconforto imenso, que acaba desencadeando uma profunda dor, carrega consigo um sentimento de incapacidade e de impotência em demasia que, além de machucar muito, torna-se capaz não somente de ferir, mas de arrebentar com o ser humano, chegando até mesmo a assassiná-lo, caso não se tome um cuidado especial.

Feitas estas advertências, torna-se de suma importância salientar que toda perda ecoa forte, a tal ponto de o corpo não suportar as dores e passar a responder aos gritos dos sentimentos vividos, trazendo, além de uma enorme ferida, manifestações doentias e doenças diversas, uma vez que o corpo irá manifestar o choro e as lágrimas cravadas na alma e no coração.

Desde cedo, aprendemos com a família a lutar por nossos objetivos e a comemorar nossas vitórias. Porém, nunca pensamos que, durante o percurso, poderá ocorrer uma perda, seja de tal cunho for. Logo, não nos preparamos.

Adentrando no mérito desta reflexão, torna-se considerável perceber que diante dos entraves vividos e das inúmeras perdas sofridas, resta-nos saber conduzir-nos, procurando levar a vida com mais sabedoria, serenidade e leveza, mesmo em meio às dificuldades, emboscadas, tempestades, espinhos e punhaladas, visto que, em meio à perda, o chão se abre e o buraco sempre é inicialmente considerado fundo, o que nos leva a enxergar um marasmo em tudo, não nos deixando encontrar saídas.

Resta-nos ainda dizer que toda perda coloca sempre à nossa disposição uma senhora dama de companhia denominada “tortura”, que, se deixarmos, acaba por invadir nosso ser até nos exterminar, impedindo-nos de enxergar que tudo passa e que o amanhã será sempre um novo dia.

A vida é assim... Cheia de desafios, problemas, quedas, erros e acertos. Temos que ter coragem para enfrentá-los, e de cabeça erguida, não nos deixando abater assim. Em meio ao desequilíbrio, procurar dar lugar ao equilíbrio, tendo sempre a iniciativa de caminhar novamente. Às vezes seguindo a mesma rota, traçando novas estratégias de vida, outras vezes mudando o percurso já traçado. Nesse sentido, o importante é, mesmo depois da queda, levantar-se e seguir adiante, não parando em meio à caminhada.

Vale à pena ressaltar que em meio a qualquer desestruturação, que inicialmente pode ser enxergada como ruína, ser otimista é de fundamental importância. Assim, tem-se maior maturidade e confiança no porvir e vontade de seguir em frente, rumo à caminhada.

É fato inquestionável que devemos saber lidar com esta situação devastadora, que inunda todo o nosso ser, que é a perda. Entrar em pânico e em desespero em nada adiantará. No momento da perda, ficar só consigo próprio tem uma importância fundamental para que não somente ocorra o diálogo com o próprio sentimento, pois ele direcionará os comportamentos e as atitudes diante da vida, mas também para que se consiga fazer uma reflexão, bem como uma análise do ocorrido. Isso contribuirá para que ocorra o amadurecimento, a evolução, o desenvolvimento e o crescimento da pessoa.

Ademais, é notório lembrar que estamos vivos e que, além dos percalços porventura vividos, os ventos também sopram a nosso favor. Assim, tudo depende de nós. Neste diapasão, é importante perceber que temos que soltar as amarras, não ficando obcecados, focados e presos na perda vivida, pois esta reação contribuirá para vendarmos nossos olhos, impedindo-nos de enxergar saídas e de vislumbrar o nosso futuro, assim nos levando a viver em um mundo recheado de lamentações, impedindo-nos de enxergar novos horizontes e de caminhar.

Fique atento. Em meio à perda permita-se chorar, mas não deixe o choro inundar todo o seu ser e o abater. Permita-se ficar triste, mas não deixe que a tristeza nem a melancolia possam invadir todo o seu ser. Cuide para que seu amor próprio não se esvaia por entre os dedos, pois se isso acontecer, ficará sem vigor para continuar a lutar e a trilhar os caminhos que a vida lhe reserva, perdendo-se de vez pelo caminho.

Somado a isso, encare o fato da perda como algo que já passou. Nunca encare como se fosse uma grande tragédia. Isso pode lhe trazer muita amargura, dificultando-lhe muito para encontrar as saídas. Ao contrário, iria fazer você reviver de forma contínua todo cenário, e com muita dor, contribuindo para que você crie uma couraça que invada todo o seu ser, fechando as portas do seu peito, impedindo a passagem de novas conquistas e prejudicando ainda mais você mesmo.

Neste raciocínio, diante de tudo e de todos, em meio a tanta dor e mesmo com um coração todo fuzilado, seja realmente humano. Aceite a perda, aprenda uma bela lição e aprenda a perdoar. Deixe o orgulho de lado, pois ele anda sempre atrelado à companhia da arrogância e, além de corroer sua alma, irá impedi-lo de caminhar e de realizar o que você deseja.

Frisa-se que o mais importante de tudo é que, de todo fato vivido, de toda perda sofrida, retiramos lições e aprendemos muito. Logo, podemos nos transformar como seres humanos, uma vez que amadurecemos, desenvolvemo-nos e crescemos. Aprendemos a levar a vida com mais leveza, e não a ferro e fogo. Aprendemos a dar uma importância significativa a tudo e a todos, vivendo realmente cada momento como único, assim mudando nossa forma de ser, de conviver e de viver. E isso é muito bom, porque passamos a enxergar a vida sob outra ótica, alcançando quem sabe a plenitude.

(*) Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pela UNILESTE-MG. É Administradora, Consultora e Professora Universitária na UNIPAC - Vale do Aço. Contatos através do e-mail: [email protected]r.

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