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M O T I V A Ç Ã O   &   E M P R E E N D E D O R I S M O
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UM MUNDO MELHOR COMEÇA EM CASA
Por Denise Amaral (*)

Com que facilidade criticamos as pessoas cujas atitudes nos incomodam! Sabemos apontar os erros alheios com precisão, e identificamos defeitos nos outros em poucos minutos de conversa. Os jornais, então, são uma fonte inesgotável de fatos condenáveis. É impressionante a criatividade do ser humano quando se trata de burlar, roubar, forjar, enganar, e tirar vantagens escusas das situações mais diversas.

E quando se trata de dar o exemplo, nos deparamos com a triste teoria de que fazer o certo é sinal de burrice, e ser honesto é preocupação dos trouxas. É só ver com que cara as pessoas olham para você ao vê-lo reclamar de um troco que veio errado – para mais! Ou de uma conta que veio errada – para menos! A princípio, ninguém entende muito bem aquilo que você está dizendo. Não parece fazer muito sentido... E quando percebem que você saiu “perdendo”, ficam confusos quanto a que atitude tomar, afinal, que tipo de idiota faz uma reclamação destas?

Eu digo que tipo é – aquele tipo de pessoa que ainda acredita na honestidade como base de uma sociedade justa em que todos podem viver e crescer com tranqüilidade.  Aquele tipo de pessoa que acredita que o certo ainda é melhor que o errado, e que prejudicar os outros faz mais mal ao algoz do que à vítima, pois corrompe o seu caráter e não apenas o seu equilíbrio físico, financeiro ou emocional.

Tenho um “tipo” destes lá em casa, e seu lema é “haveremos de vencer ainda que sendo honestos!”. Parece piada, mas não é. É, sim, uma forma de ver o mundo, e uma forma de ver-se no mundo, e uma forma de contribuir para uma sociedade honesta e um mundo melhor.

Conheço muitas pessoas assim – graças a Deus! Aliás, o mundo está cheio de gente que ainda acredita na justiça como um critério a ser realmente vivenciado, e não apenas discutido como uma teoria distante e absolutamente abstrata. Pessoas que realmente procuram traduzir as virtudes em atitudes práticas. E é por causa dessas pessoas, e de sua determinação em remar contra a corrente, incentivando que muitos outros também o façam, que o mundo que nos rodeia ainda está firme e forte, apesar de todos os golpes que sofre.

Para cada golpe aplicado, para cada bilhão desviado, para cada mentira anunciada, há um trabalho social sendo feito, uma entidade sendo ajudada, uma pessoa em dificuldade sendo resgatada, uma obra séria de caridade sendo criada. Para cada gota de veneno destilado há uma verdade sendo defendida, uma virtude sendo ensinada, um exemplo bom sendo dado. Pena que o certo não chegue com freqüência às manchetes dos jornais, senão seria bem mais fácil perceber que o mundo não está assim tão “perdido”. Apenas o mal grita histericamente, enquanto o bem é uma melodia suave e agradável – faz bem aos ouvidos, à alma e ao coração.

Dentro de nossas casas, em cada pequeno núcleo social, onde quer que exista uma criança sendo educada, um jovem sendo formado, um adulto atuando, é possível plantar uma boa semente. Pela palavra e pelo exemplo, pela postura e pelas atitudes, pelos desejos e pelas decisões, é possível criar um foco de melhora que será capaz de se disseminar por toda a sociedade. Assim como o mal se espalha, também o bem pode se alastrar com rapidez e muita força.

Acredito em arrancar o mal pela raiz, acredito que o otimismo pode se transformar facilmente em epidemia,  acredito que os bons exemplos – como o bom humor – são altamente contagiantes! E acredito que dentro de nossas casas é o melhor lugar para iniciarmos um grande movimento na direção de um mundo melhor.

Por mais que as pressões externas levem a crer que devemos levar vantagem em tudo, a qualquer preço, doa a quem doer, um exemplo saudável e positivo sempre marca mais fundo e fala mais alto. E permanece mesmo depois de abafado o escândalo ou terminada a novela.

(*) Denise Rodrigues do Amaral é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista em comunicação e produtividade.
É autora do livro "Crianças podem voar", publicado pela Editora Internacional e possui mais de 400 editoriais publicados na área de relacionamento no trabalho.

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