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M O T I V A Ç Ã O   &   E M P R E E N D E D O R I S M O
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Mulheres
Por Denise Amaral (*)
 

Em todos os meios de comunicação encontramos matérias sobre o espaço que as mulheres vêm conquistando nos últimos anos. Posições de destaque na sociedade, cargos importantes no trabalho, fazem com que as mulheres sejam respeitadas e valorizadas quanto à sua capacidade de competir com os homens.

O mundo pode estar mudando, mas as mulheres não mudaram nada – sempre foram fortes, destemidas, trabalhadoras e muito capazes. O que acontecia é que não eram comparadas aos homens, pois não competiam com eles. As divisões de trabalho eram mais simples – a mulher trabalhava em casa, ou em atividades de certa forma ligadas ao serviço da família (como limpar, costurar, cozinhar, cuidar de crianças, lecionar). Os homens exerciam outras profissões.

Mas se formos analisar com maior cuidado, vamos ver que todas as coisas que as mulheres sempre fizeram pressupunham talentos e conhecimentos que permitiriam que elas exercessem muitas profissões – o passar do tempo deu a elas o conhecimento técnico necessário para ingressar no mercado de trabalho ao lado dos homens, mas elas já vieram com vantagens – administravam suas casas, cuidavam do orçamento, pagavam contas, sabiam enxugar os custos quando necessário de modo a não prejudicar a rotina da família nem sacrificar suas necessidades básicas. Em termos de administração de pessoal, sabiam como lidar com pessoas de todas as idades, administravam emoções, eram experts em conciliação, líderes naturais e entendiam muito sobre estímulos e incentivos. Sabiam organizar horários, dissipar conflitos, manter a disciplina e a ordem, além de realizar todas as tarefas necessárias, estando disponíveis 24 horas por dia, todos os dias da semana. O conceito de férias não era descanso, e sim de mais trabalho – crianças em casa o dia todo, necessitando de atenção e atividades extras.

Não consigo imaginar perfil melhor para um profissional! E quando unimos a todas estas qualidades o conhecimento específico de uma área profissional, não há quem se compare.

Homens e mulheres têm características diferentes por natureza, e há grande demanda para todas elas em um mercado de trabalho competitivo e globalizado. Não acho que deva haver competição entre homens e mulheres, e sim justaposição de qualidades e união de forças. Uma empresa que sabe direcionar os talentos de cada profissional no sentido em que melhor se encaixam e em que melhor produzem vai contar com um potencial de sucesso inimaginável.

Não é muito produtivo, nem muito inteligente, perder tempo com disputas e comparações, ou se deixar levar por idéias pré-concebidas. O profissional ideal é aquele que une postura, conhecimento e talento para exercer determinada função ou ocupar determinado cargo – não importa se é homem ou mulher, baixo ou alto, mais jovem ou mais velho.

Olhar além do que vêem os olhos, enxergar alguém por aquilo que é capaz de realizar – esse é o grande desafio de quem administra os recursos humanos de uma empresa. Critérios como gênero, faixa etária ou formação acadêmica podem impedir que pessoas altamente talentosas e competentes assumam cargos em que poderiam se destacar, agregando muito ao ambiente e ao trabalho realizado na empresa. Recrutar profissionais é buscar pessoas que se complementem, que atuem em harmonia mesmo que pareçam muito diferentes – requer cuidado e muita sensibilidade, para conseguir ler nas entrelinhas de um currículo, para compreender as mensagens camufladas em uma entrevista. Não é qualquer um que consegue perceber o brilho nos olhos de um candidato diante de uma oportunidade, e saber que a vontade de se superar o colocará em pouco tempo muito adiante de alguém que já tem o conhecimento, mas está desgastado pelo desânimo ou pela frustração. Não é qualquer um que percebe que a “necessidade de trabalhar” tem muito mais a ver com postura diante da vida do que com situação financeira. Conheço pessoas que têm pouco e não gostam de fazer nada, e outras que vêm de uma realidade econômica extremamente confortável e têm um potencial interno tremendo para trabalhar.

Lidar com pessoas é difícil, mas estimulante. Requer conhecimento, sensibilidade, e muito amor. Não é como lidar com peças frias, ou com números exatos – é um desafio apaixonante do qual depende o sucesso de qualquer empreendimento.

(*) Denise Rodrigues do Amaral é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista em comunicação e produtividade.
É autora do livro "Crianças podem voar", publicado pela Editora Internacional e possui mais de 400 editoriais publicados na área de relacionamento no trabalho.

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