Área Cultural Área Técnica

 Ciência e Tecnologia  -  Colunistas  -  Cultura e Lazer
 
Educação  -  Esportes  -  Geografia  -  Serviços ao Usuário

 Aviação Comercial  -  Chat  -  Downloads  -  Economia
 
Medicina e Saúde  -  Mulher  -  Política  -  Reportagens

Página Principal

R E L I G I Ã O
0 6
 /  J U N H O  /  2 0 1 1

Valores e as lições de Gideão
Excepcionalmente por Paulo R. Gobbe

Crédito / imagem: http://creationwiki.org            Quando Deus chamou Gideão para liderar o povo de Israel numa luta contra os midianitas, um numeroso povo pagão que por sete anos oprimia Israel, ELE ordenou que Gideão convocasse o povo de Israel para a batalha e que levasse o exército, acampado junto à fonte de Harode, para beber água na fonte. Ali Deus ordenou que fossem selecionados, para a batalha, somente homens que bebessem água sem usar as mãos, como fazem os cães.

            Deus não queria muita gente (Jz 7:2).  De trinta e dois mil sobraram trezentos homens. Esses trezentos lutaram contra um exército de aliados: midianitas, amalequitas e outros povos nômades que habitavam a região. O exército inimigo era imensamente superior em número de guerreiros e em material bélico. Mesmo assim, Deus os entregou, vencidos, a Gideão e a seus homens. Trezentos homens lutando contra um grande exército, cada guerreiro lutando com cem, duzentos ou até mais guerreiros. Um esforço imenso, difícil de compreender.

            E Gideão?

            Israel, na época, era uma sociedade altamente hierarquizada, onde o valor de uma pessoa era medido por sua família e suas posses. Gideão era o mais pobre em sua família e sua família a mais pobre em sua tribo. Vivia sob ameaça dos povos que ocupavam a terra, acuado, atemorizado, sem dinheiro e com pouca comida. Se fosse hoje, seria um “Zé Ninguém”. Mas, ao chamá-lo, o anjo do Senhor saudou-o, dizendo: “O Senhor é contigo, homem valoroso...” (Jz 6:12). Homem valoroso! Aquele Zé Ninguém?!? Difícil de entender!

            A Bíblia está cheia de loucuras. Eis algumas: mulheres estéreis, no auge da humilhação social, deram à luz heróis da fé como José do Egito (Gn 29:31), Sansão (Jz 13:3) e João Batista (Lc 1:7); uma viúva pobre ensinou o real valor da oferta de “dois centavos de real” (Lc 21:1-4); o gentio samaritano mostrou-se mais “crente” que o “pastor” e que o “ministro de louvor” (Lc 10:30) e o corrupto arrependido foi justificado por Deus e o “professor de Escola Dominical” não! (Lc 18:9). Dá pra entender?

            Ao olharmos nossas igrejas, vemos os valores do mundo, a busca pela riqueza, “status” ou poder, permeando cada vez mais a Igreja, como umidade que, lentamente, atravessa a parede de uma casa. Ouvimos comentários que Deus tem abençoado a irmã porque passou num concurso ou aquele irmão porque comprou um carrão. Amém! Mas... e o irmão que está desempregado faz algum tempo? Se a bênção é evidenciada no sucesso financeiro, então esse irmão não está sob a mesma cobertura de Deus! A irmã que está deprimida, passando por dificuldades no casamento, se estar em Deus significa ter uma família perfeita, Deus certamente não está naquele lar. Parece lógico, certo? Para este mundo sim. Para o nosso mundo, o Reino de Deus, não!

            Irmãos, Deus não se preocupa com seu cargo, salário, meio de transporte ou posição social. Deus não se ausenta em meio às dificuldades. A aliança de Deus com juiz, pedreiro, gari, professor ou empresário é a mesma. Deus não valoriza o conhecimento, poder político, riqueza ou capacidade para negócio. Deus ama o coração contrito, a disposição para o serviço e o espírito generoso e nos capacita de acordo com Seus propósitos.

            Deus nos ajuda a navegar as dificuldades, ama o humilhado e ama o pecador. Deus usa os mais fracos para mostrar o ridículo da soberba, usa os pobres para ensinar os ricos e poderosos, e também usa os poderosos quando eles se entregam a Deus com humildade.

            Nosso Pai encontra força na soma das fraquezas do Seu povo. Mesmo em “uma pior”, Gideão atendeu ao chamado do Senhor e realizou a obra.

            Pode ser difícil de compreender, mas este é o verdadeiro sinal de um homem valoroso.

Leia outras colunas sobre Religião ==> CLIQUE AQUI

A PROPRIEDADE INTELECTUAL É DO COLUNISTA
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS A SEU AUTOR E AO PORTAL BRASIL


FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI