Área Cultural Área Técnica

 Ciência e Tecnologia  -  Colunistas  -  Cultura e Lazer
 
Educação  -  Esportes  -  Geografia  -  Serviços ao Usuário

 Aviação Comercial  -  Chat  -  Downloads  -  Economia
 
Medicina e Saúde  -  Mulher  -  Política  -  Reportagens

Página Principal

R E L I G I Ã O
1 5
 /  M A I O  /  2 0 1 1

Igreja: uma comunidade que acolhe
Excepcionalmente, por Pastor Luciano Roberto

Quando li pela primeira vez o livro “Maravilhosa Graça”, de Philip Yancey, um episódio nele narrado chocou-me profundamente. Uma pessoa evangelizando uma garota de programa, orientou-a a procurar uma igreja; ao que ela respondeu: “Lá eles me farão sentir pior do que estou”.

Não podemos negar que a maioria de nós não está preparada para lidar com os pecadores e com seus “pecados cabeludos” e horripilantes. Fomos ensinados a olhar para alguns tipos de pecados como se fossem piores que outros, principalmente os externos, os que são visíveis aos olhos. O curioso é que Jesus, ao contrário de nós, está preparado para lidar com pecados e pessoas que normalmente repelimos e estigmatizamos. Por uma razão simples. Ele vê a pessoa antes de ver o pecado. Ele vê a condição humana decaída, o que o impulsiona a ter, não condenação, mas compaixão e misericórdia.

Por esta razão, a forma pela qual Jesus se relacionava com alguns párias, marginalizados sociais e espirituais, é extremamente pedagógica e também vale para os dias de hoje. Querer hospedar-se na casa de Zaqueu, o Renan Calheiros da época, seria ultrajante; não condenar uma mulher flagrada em adultério deixou e deixa os moralistas indignados; comer com publicanos e relacionar-se com leprosos, os cerimonialmente excluídos, deixou os santarrões fariseus enojados. Parafraseando Brennan Manning, Jesus tinha uma “estranha atração” pelos maltrapilhos espirituais, que não se maquiam e nem ocultam a sua miséria. Estes eram “livros abertos” com suas marcas e rasgos. Ele queria tratá-los, valorizá-los.

Precisamos aprender a viver pela graça e a conceder graça. Só a graça promove compaixão e generosidade com o penitente. Este é o método de Jesus. Ser igreja não é policiar os erros e defeitos dos outros, antes é acolher e curar suas feridas; importar-se com suas dores e ajudá-los nas suas fraquezas. Assim, acolheremos e não repeliremos os carentes de perdão e restauração.

A frase Gordon MacDonald nos alerta: “Você não precisa ser cristão para construir casas, alimentar famintos ou curar enfermos. Há apenas uma coisa que o mundo não pode fazer. Ele não pode oferecer graça.”

Às vezes fico a pensar na atitude de alguns que parecem querer colocar na porta da igreja uma placa com os dizeres: “Proibida a entrada de pecadores”. Na nossa Igreja não será assim. Se precisássemos colocar uma placa ela diria: “Vinde, pecadores que estais cansados...”. Este convite não o faz lembrar de algo que Jesus disse?

Leia outras colunas sobre Religião ==> CLIQUE AQUI

A PROPRIEDADE INTELECTUAL É DO COLUNISTA
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS A SEU AUTOR E AO PORTAL BRASIL


FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI