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Davi, o guerreiro menino
Excepcionalmente, por Pastor Luciano Roberto

A personalidade do rei Davi é intrigante. Nela encontramos, emparelhados, o guerreiro e o menino. Em outras palavras, o forte e o frágil ou, se quiserem, o vulnerável.

É impressionante perceber o vigor e a coragem latentes no espírito do guerreiro Davi, que o fizeram vencer, conquistar, anexar e reinar (1º Sam 17:31-34; 18:7); por outro lado, e  ao mesmo tempo, é fascinante encontrar nele um menino: frágil, dependente, sensível, desarmado, rendido e derrotado diante de Deus (2º Sam. 22:1-51). O Davi menino se permitia ter medo, chorar, pedir ajuda, reconhecer suas fraquezas, se desnudar da capa e revelar sua alma (2º Sam 7:18-29).

A capacidade de endurecer sem nunca perder a ternura é uma habilidade emocional e espiritual possuída por poucos. Somente o guerreiro menino saberá evidenciá-la. Talvez a metáfora citada por Jesus, e magistralmente vivida por Ele, a respeito de sermos a junção de serpente e pomba, sintetiza o que significa ser guerreiro e menino.

 São estas duas marcas, que aparentemente não se combinam, que revelam o grande segredo deste homem e da sua trajetória de vida.

Por que é importante juntar o guerreiro e o menino dentro de nós? Por uma razão muito simples: é suicídio querer fazer opção por uma das alternativas.

Pessoas que optam por passar a imagem do guerreiro imbatível, impecável, indestrutível e vencedor, divorciado do menino, jamais descobrirão quem são de verdade. Elas erram porque querem ser tão somente guerreiros que descobrirão suas fraquezas e suas derrotas da forma mais dolorosa. Pois, equivocadamente, sentem-se fortes e inatingíveis. Quando, porém, se descobrem em fraquezas desmoronam-se emocionalmente e espiritualmente. Quando estes guerreiros são vencidos pelos seus erros e desbancados pela força da dura condição humana pecaminosa, não se perdoam e nem acreditam na graça restauradora de Deus. No entanto, há outro problema. O guerreiro “imbatível” se deparará com a reprovação e a censura dos que acreditavam ser ele invencível. As pessoas são normalmente impiedosas e serão mais ainda com o “guerreiro”.  

Outras pessoas escolhem ser apenas meninos imaturos e não crianças que correm para os braços de Jesus para dEle receber afagos e estabelecer comunhão (Lc 9:47). Portanto, ser criança ou menino pode ser uma experiência abençoadora se o processo desencadear e produzir um adulto guerreiro que tem a capacidade de continuar menino. Este vai à luta,  não se entrega, não retrocede.

Em suma, Davi sabia que Deus o fazia guerreiro e a sua fragilidade o fazia menino no colo do Pai!

Na  verdade, o poeta popular estava com a razão quando disse: “Guerreiros são pessoas, são fortes, são frágeis, guerreiros são meninos no fundo do peito. Precisam de um descanso, precisam de um remanso, precisam de um sonho que os tornem refeitos.”

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