Jacó filho de Isaque, neto de Abrão, enganou o pai e o irmão. Usurpou ardil a primogenitura de Esau, fugiu dele para não morrer, viveu na casa de Labão, o tio, esse sim, era bom em engambelar, quase do mesmo nível de Jacó, pelo que lhe ludibriou várias vezes.

Um dia Jacó fugiu de Labão com suas duas filhas a quem desposara, além de rebanhos e servos adquiridos como pastor de seu sogro. Rumou à casa de seu pai, quando soube que seu irmão trotava com quatrocentos homens armados e a cavalo, irrompendo em sua direção.

Jacó se isolou, passou o vau de Jaboque a sua família, o rebanho, os servos e ficou só.

Nessa noite algo extraordinário transcorreu, recebeu um novo nome e experimentou algo difícil de entender na perspectiva humana, porque é estritamente espiritual e coisas espirituais se discernem espiritualmente, mediante o sangue de JESUS e a intervenção do ESPÍRITO SANTO DE DEUS – Gênesis, capítulo 32, versículos 24 a 32: 

24. Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um homem, até que a alva subiu.

25  E vendo este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com ele.

26  E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se não me abençoares.

27  E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó.

28  Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.
29  E Jacó lhe perguntou, e disse: Dá-me, peço-te, a saber o teu nome. E disse: Por que perguntas pelo meu nome? E abençoou-o ali.
30  E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva.

31  E saiu-lhe o sol, quando passou a Peniel; e manquejava da sua coxa. 

32  Por isso os filhos de Israel não comem o nervo encolhido, que está sobre a juntura da coxa, até o dia de hoje; porquanto tocara a juntura da coxa de Jacó no nervo encolhido.

É difícil entender a luta e seu contexto, sobretudo porque se trata de uma teofania, uma manifestação do próprio DEUS no velho testamento. O homem era JESUS, o filho de DEUS, e Jacó lutava para que não fosse sem antes abençoá-lo.

A primeira grande lição do texto é a de que a verdadeira luta do homem é para que DEUS mude sua vida. Jacó ficou só e buscou aquele que fora o DEUS de Abraão, aquele que chamara seu avô de amigo, mas que lhe era ainda um ilustre desconhecido.

A segunda é a de que o homem precisa buscar a DEUS, dizem as Escrituras: "E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração."  (Jeremias 29 : 13). Buscar demanda esforço, o negar-se a si mesmo, as orações de madrugada, a busca, o ficar só, o deixar de lado tudo em busca daquele que preenche todas as coisas, as quais por sua vontade vieram a existir.

A terceira, quando Jacó se acertou com DEUS ele foi salvo ainda que Esaú exalasse morte com poderio e velocidade.

A quarta, Jacó não poderia mais se arrimar na perna direita. Desde que nascera Jacó se firmara em seu próprio entendimento, lançou mão de artifícios para benefício, insuflado pela mãe, pelas circunstâncias, pelo dogma justificativo do senso comum, de que todo mundo faz isso, se fosse o inimigo faria pior.

Mas agora não havia a “firmeza” da perna direita. Jacó passou a viver na dimensão prescrita pelo rei Salomão: "Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento."  (Provérbios 3 : 5).

Não era mais a perna de direita, melhor, não era mais o entendimento de Jacó que lhe impulsionava, mas o resultado da intimidade com DEUS, o ALTÍSSIMO, e sua sabedoria lhe eram agora a torre forte, a coxa direita.

Leia outras colunas sobre Religião ==> CLIQUE AQUI

A PROPRIEDADE INTELECTUAL É DO COLUNISTA
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS A SEU AUTOR E AO PORTAL BRASIL

FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI