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Operadoras de banda larga lutam por melhores fatias nas vendas
Por Talita Moreira e Ivone Santana (*)

Com estratégias diferentes, as operadoras Claro e Vivo concentram quase 75% das linhas capacitadas a acessar as redes de banda larga móvel no país e disputam a liderança do setor. A Claro, segunda colocada no mercado geral de telefonia móvel, é líder na terceira geração (3G): tem 40% dos terminais habilitados para essa tecnologia. Primeira no ranking geral, a Vivo é a segunda maior na 3G, com uma fatia de 33,14%. É seguida pela TIM, com 21,54% e pela Oi, que aparece com 4,99%. As participações, referentes ao fim de 2010, foram calculadas com base no critério adotado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para classificar o mercado de banda larga móvel. Inclui celulares e modens para o acesso à internet via computador.

Com a tática de explicar ao consumidor o que é a 3G desde que começou a oferecer a tecnologia, a Claro se tornou a maior provedora de banda larga móvel do país. "Temos trabalhado com o foco nos serviços de dados e investimos muito na rede e nos aparelhos de terceira geração", diz a gerente de serviços de valor agregado, Adriana Mattoso. O foco tem sido a cobertura das principais cidades brasileiras. No fim de 2010, a rede 3G da operadora estava presente em cerca de 400 municípios.

É uma estratégia diferente da adotada pela Vivo, cuja infraestrutura de 3G já alcança 1,4 mil municípios - número que deve dobrar neste ano. Porém, a operadora é menos agressiva que a Claro do ponto de vista comercial e no subsídio aos aparelhos.  Ainda assim, a Vivo contesta os dados que apontam a Claro na liderança da 3G. "Em dados, temos 40% de participação em plaquinhas [modem], a Claro tem menos de 30% e as outras duas [TIM e Oi] dividem o restante", afirma o diretor de planejamento estratégico da Vivo, Daniel Cardoso.

Os dados que a Anatel divulga mensalmente são passados ao órgão regulador pelas próprias teles Porém, falta consenso sobre a forma de avaliar a quantidade de assinantes de 3G. Algumas operadoras insinuam que as concorrentes divulgam o total de aparelhos capazes de trafegar pelas redes de terceira geração, e não o número efetivo de quem usa o serviço. Porém, ninguém admite a prática. A agência e o Sinditelebrasil - sindicato que representa as teles - estão debatendo formas de alinhar esses critérios.

Alheia à disputa pela liderança, a Oi adota uma abordagem completamente diversa das demais operadoras no que diz respeito à banda larga móvel. Dona de uma rede de telefonia fixa com alcance nacional (só não está presente no Estado de São Paulo), a companhia vê o acesso à web pelo celular como um serviço complementar à oferta de internet com fio. "A ideia é você ter uma conexão de alta velocidade em casa e ter a internet no celular para levar a qualquer lugar", afirma a diretora de marketing da Oi, Flávia Bittencourt. Segundo ela, a operadora procura explicar aos clientes que se trata de usos diferentes. A Oi vem estudando formas de oferecer um pacote único de banda larga, para que o cliente possa acessar a internet fixa ou móvel com uma só conta. Não há previsão de lançamento desse produto.

Ao interesse da companhia em não canibalizar seu serviço de banda larga fixa, soma-se a desaceleração dos investimentos da Oi no ano passado. Endividada após a aquisição da Brasil Telecom, a operadora enxugou seu orçamento para reestruturar suas contas. Também por isso, a rede 3G ficou em segundo plano. Com a chegada da Portugal Telecom no bloco de controle da Oi - transação que deve ser fechada nesta semana -, isso deve mudar. Segundo Flávia, a rede de terceira geração da empresa deve chegar a mais 150 municípios neste ano, depois de ter fechado 2010 com pouco mais de 200.

Na TIM, o lema é evitar jargões e ensinar o consumidor a navegar pelo celular, qualquer que seja a capacidade de seu aparelho. "O cliente não sabe o que é 3G, nem deveria saber", afirma o diretor de marketing, Rogério Takayanagi. A proposta é oferecer uma ampla gama de conteúdos e de pacotes de serviços para atrair um número maior de consumidores. "Não chegamos nem aos pés do que pode ser esse mercado", diz o executivo.

(*) Talita Moreira e Ivone Santana são jornalistas em São Paulo.

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