Não há como negar que “sustentabilidade” está na moda. Mais do que isso, podemos dizer que é uma “tendência”. Trocadilhos a parte, é fato público e notório que a cada dia aumentam (ao menos) os discursos da imediata necessidade de avaliarmos e minimizarmos os impactos e as consequências das atividades humanas.
Muitos ainda acham que sustentabilidade - desenvolvimento sustentável - se refere apenas às questões ambientais, inclusive devido ao conceito difundido pelo Relatório Brundtland elaborado em 1987 pela Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento. Foi então concebido como “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. Acontece que compactuo com a ideia de que não é possível existir desenvolvimento sustentável sem o devido cuidado com os aspectos econômicos, sociais e culturais.
Não adianta proteger as baleias, ou quaisquer outras espécies de animais grandes ou pequenos, essenciais a cadeia alimentar, por exemplo, se não formos capazes de garantir o direito fundamental e humano de acesso ao alimento. Além disso, é preciso garantir dignidade ao homem pela geração de oportunidade de trabalho, emprego e renda.
É preciso haver uma conjugação de interesses e esforços. A ação individual conta. Contudo, as mudanças só serão percebidas quando existir identidade coletiva com as causas.
E o marketing? O que tem haver com essa história toda?
Todos sabemos que os negócios/empresas/organizações são influenciados e influenciam o mercado, que por sua vez é diretamente relacionado com as necessidades e os desejos construídos pela sociedade e para a sociedade em dado lapso temporal.
Ora, hoje um profissional de marketing que quiser ter uma visão marco do branding, bem como que quiser garantir e aprimorar a reputação de um cliente/empregador, obrigatoriamente tem que saber que não é mais possível criar um plano de marketing adequado desconsiderando esta realidade.
Sustentabilidade está na pauta! É premissa! Logo sua ausência faz com que a conclusão seja equivocada, por ter partido de pressupostos duvidosos.
Um olhar um pouco mais atento para o lado é capaz de por si só ser suficiente.