“Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse:
Por que não se vendeu este ungüento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres?
Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava.
Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto;
Porque os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.”

É curioso o fato de JESUS contestar a “objeção” de Judas quando poderia redarguir sua intenção, uma vez saber da sua natureza gananciosa.

Durante três anos Judas testemunhou cegos vendo, coxos andando, mortos ressuscitando, prostitutas e ladrões transmudados em honra, famintos saciados, contudo seguiu indevidamente resistindo no erro, literalmente, pondo a mão no bolso.

Ademais de lhe avisar do peso da traição ao FILHO DO HOMEM, JESUS ainda lhe recebeu com estas palavras no Getsêmani, lugar onde se consumou a traição: “Amigo a que viestes?” (Mateus capítulo 26, versículo 50).

JESUS foi cínico? Não. A despeito de recrudescer, ser duro com a cúpula religiosa judaica, os doutores, foi dulcíssimo e amável com os pecadores, porque veio salvar o pecador, não condená-lo. A obstinação do pecador o matará, nunca a presença de JESUS que atraiu prostitutas, homossexuais, ladrões e degenerados, homens e mulheres transformados em novas criaturas por um poder sobrenatural que só pode fluir do DEUS PAI.

Os discípulos fitaram JESUS e foram salvos; Judas, a bolsa e morreu. Há uma progressão tanto à vida eterna quanto à morte eterna, e ambas começam com pequenas decisões, com um caminhante que decide entre vias de direções opostas.

A visão de JESUS iluminou os discípulos que se tornaram estrelas na mão de DEUS; o foco de Judas invisivelmente lhe apodreceu a alma apesar do privilégio de algo que até o rei Herodes buscou ver e não viu, e isso a ponto de lhe impelir a agarrar a maior oportunidade financeira da sua vida, vender JESUS.

Esta é a moral, o mote, qualquer coisa ou pessoa que ocupe o lugar que deveria ser de JESUS, a saber, o trono da própria existência, a primazia, sofrerá a degeneração da alma que começou na queda de Adão no Jardim do Éden e avança até a morte eterna, o inferno e, em após, a seu tempo, o lago de enxofre.

Crimes passionais, violência entre torcidas organizadas, mães que cometem atrocidade ou injustiças em prol dos filhos testemunham, dentre outros exemplos, que sem a entronização do PRÍNCIPE DA PAZ, JESUS, não há paz nem vida eterna.

JESUS afirmou que quem não o amasse mais que a seu filho ou filha não era digno d’ELE, tal é a essência do evangelho, a defenestração dos antigos e falsos “deuses” no trono da existência, e a entronização do PRÍNCIPE, aquele com quem o DEUS PAI se alegra, se compraz, enfim, ELE, JESUS.