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R E L I G I Ã O
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J A N E I R O / 2 0 1 3
“Game
of thrones” e o que está por trás da história de Jó
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza
No seriado da HBO “Game of Thrones” o rei “Robert Baratheon” sai para caçar e passa a administração do reino ao fiel e antigo companheiro de batalhas “Ned Stark”, lhe advertindo que odiaria aquilo mais do que ele mesmo, o rei.
Para Aristóteles a política seria a arte de fazer amigos, uma oportunidade de ir além da lei que se adstringe a dar a “dar cada um o que é seu”, mas o “jogo sujo” e a traição se tornaram suas marcas na disputa de poder.
Daí outro consectário, são obscuras as reais intenções na instalação e perpetuação de governos porque, em sua maioria, abjetas.
O livro de Jó relata que um dia o Diabo entrou na presença de Deus o qual lhe inquiriu se observara seu servo Jô, homem íntegro, correto que temia a DEUS e se desviava da aparência do mal, e Jô era o homem mais rico entre os orientais.
O Diabo redarguiu que Jô seria assim porque DEUS lhe abençoara sobremaneira. Tal argumento é insosso pois notória a realidade oposta, o homem tende a buscar a DEUS no sofrimento e esquecê-lo na bonança.
Mas DEUS ao invés de contestar o argumento tosco lhe permite tocar em tudo de Jô, exceto sua vida. O Diabo vem para matar, roubar e destruir, quanto mais sob permissão, assim num só dia exterminou seus sete filhos, sua três filhas e acabou com seus bens.
Como se insuficiente fora, o Diabo retorna e DEUS lhe lança em rosto que Jó preservara sua fidelidade, conquanto o incitara a consumi-lo sem causa.
O Diabo ainda tem a desfaçatez de argumentar que pela preservação de sua vida Jô blasfemaria contra DEUS.
A despeito de poder espancar a tese do Diabo com a fidelidade de Jó, mais uma vez DEUS lhe entrega nas mãos a Jó para lhe fustigar com chagas da planta da cabeça à ponta dos pés, e mais uma vez Jó glorifica a DEUS.
Jó conheceu o zênite da dor sem saber o porquê, mas houve um momento dramático em que ele por fé proferiu que seu redentor vivia e por fim se levantaria, ainda que não compreendesse.
A primeira epistola de João, capítulo 4, versículo 16, registra que DEUS é amor, a essência de DEUS é o amor, noutra dicção não há amor sem DEUS. Conforme o apóstolo Tiago, toda boa dádiva, todo o dom perfeito vem do alto, descendo do PAI das luzes.
O Diabo tocou no ponto mais sensível de DEUS, a suposta incapacidade de alguém amá-lo sem interesse. ELE poderia retorquir a fragilidade desse argumento, poderia arvorar a prova em após, mas não o fez, permitiu que a última dor de Jó emudecesse o Diabo.
E por quê? Porque quanto maior a dor, maior era amor de Jó por DEUS.
Ao final DEUS restituiu tudo a Jó em dobro, lhe deu outros sete filhos e três filhas e, na glória, reuniu toda a família, os que nasceram antes da prova e os que vieram depois.
Ao apóstolo João, quando se referiu ao tamanho do amor de DEUS para entregar seu filho JESUS, lhe faltou palavra para dimensioná-lo, pelo que usou a expressão “porque amou o mundo de tal maneira...”.
DEUS é bom em todo o tempo e em todo o tempo DEUS é bom.
Jó é uma prefigura de JESUS no Antigo Testamento, amou ao DEUS PAI na dor assim como JESUS na cruz.
A história de Jó é a de alguém que pagou sem saber o preço para provar que DEUS merece ser amado pelo que é e, que há pessoas que o amam sem interesse.
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