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O colo de giz e o segredo da oração de Ana
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza

Este texto foi extraído da Folha de São Paulo do dia 12 de maio de 2013, dia das mães, da autoria de ANA ESTELA HADDAD, alusiva a uma foto que correu a internet. Transcrevo pela beleza e sensibilidade com que a descreve:

"Recebi recentemente pela internet a imagem de uma menina de cinco anos que perdeu a mãe na guerra. No pátio do orfanato, desenhou-a com giz e aconchegou-se num colo que não existe mais, deixando foras as sandálias, para respeitá-la como manda a cultura oriental ao se entrar num lugar sagrado."

Desconheço outra imagem capaz de expressar o vazio, o caos, a dor, a ausência com tamanha densidade.

O teólogo LUCIANO ROBERTO PEREIRA NUNES pinçou uma lição extraída da angústia de Ana, portadora da pior pecha que uma mulher oriental – tão oriental quanto aquela criança - poderia ter, era estéril  – I Samuel, capitulo 1, versículo 9 a 20:

“Então Ana se levantou, depois que comeram e beberam em Siló; e Eli, sacerdote, estava assentado numa cadeira, junto a um pilar do templo do SENHOR.
Ela, pois, com amargura de alma, orou ao SENHOR, e chorou abundantemente.
E fez um voto, dizendo: SENHOR dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas à tua serva deres um filho homem, ao SENHOR o darei todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha.
E sucedeu que, perseverando ela em orar perante o SENHOR, Eli observou a sua boca.
Porquanto Ana no seu coração falava; só se moviam os seus lábios, porém não se ouvia a sua voz; pelo que Eli a teve por embriagada.
E disse-lhe Eli: Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti o teu vinho.
Porém Ana respondeu: Não, senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido; porém tenho derramado a minha alma perante o SENHOR.
Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial; porque da multidão dos meus cuidados e do meu desgosto tenho falado até agora.
Então respondeu Eli: Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste.
E disse ela: Ache a tua serva graça aos teus olhos. Assim a mulher foi o seu caminho, e comeu, e o seu semblante já não era triste.
E levantaram-se de madrugada, e adoraram perante o SENHOR, e voltaram, e chegaram à sua casa, em Ramá, e Elcana conheceu a Ana sua mulher, e o SENHOR se lembrou dela.
E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e deu à luz um filho, ao qual chamou Samuel; porque, dizia ela, o tenho pedido ao SENHOR.”

A dor era tanta que sua forma de orar aparentava embriaguez. Ana irrompeu numa espécie de oração-balbucio porque era o que a única que a sua agonia lhe permitia.
Mas orações não se resumem a palavras, esse é o ponto. Exclamações, suspiros, gemidos e lágrimas direcionados a DEUS mediante o cordeiro que é JESUS são poderosas orações líquidas.
DEUS ouviu a oração-balbucio, lhe abriu o ventre e ela gerou um dos maiores de todos os juízes e profetas da história de Israel, Samuel.
Aquele “colo de giz” também é uma poderosa “oração líquida” ao DEUS que talvez ela não conheça, mas ELE a conhece.
Há pessoas ao redor do mundo neste exato momento de joelhos em lágrimas também orando a DEUS por essa criança, outras enviando recursos, outras tentando contatá-la, conhecê-la, porque DEUS já ouviu a sua oração.
A mãe é de giz, mas o amor de DEUS em JESUS é real.
O filho dele, JESUS, advertiu na crucificação que se fizerem o que fizeram com ELE, o “lenho verde”, o que não fariam com o “lenho seco”?
Contudo JESUS morreu pelo “lenho seco” e tem o poder de fazer tudo novo. Assim como abriu a madre de Ana, JESUS é poderoso para visitar e desabrochar aquela linda flor, acocorada como um botão de rosa.
E, pela fé, testemunharemos isso, glória a DEUS!

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