Área Cultural Área Técnica

 Ciência e Tecnologia  -  Colunistas  -  Cultura e Lazer
 
Educação  -  Esportes  -  Geografia  -  Serviços ao Usuário

 Aviação Comercial  -  Chat  -  Downloads  -  Economia
 
Medicina e Saúde  -  Mulher  -  Política  -  Reportagens

Página Principal

R E L I G I Ã O
0 7
 /  S E T E M B R O  /  2 0 1 4

 

Cobiça: desejos internos, lutas externas
Por
Pastor Hélder Rodrigues

            Desejo egoísta leva a desavenças, coração egocêntrico deflagra a guerra, foi o que declarou Tiago: "De onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês?" (Tg 4.1).

            Paixões, neste contexto, são os sentimentos cobiçosos que não nascem de Deus.

            "Vocês cobiçam coisas, e não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem para lutar e a fazer guerras." (Tg 4.2)

            É importante analisar que Tiago, no argumento anterior, faz uma distinção entre a sabedoria que vem do céu e a "sabedoria" que é terrena, a primeira é espiritual a outra é demoníaca. Assim é enfatizado: "Pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécies de males" (Tg 3.16).

            Logo, o que o autor sagrado está a nos ensinar é que abrigar no coração inveja amarga e ambição egoísta produz assombrosos tormentos para si e para o próximo (Tg 3.14).

            Os cobiçosos agem de maneira manipuladora para se deleitarem em seus desejos. Quantos fazem falsas declarações de amor para conquistar uma mulher? Quantos exageram para vender um produto ou serviço? Omitem problemas para fazer um "melhor" negócio? Os que agem desta maneira não terão o patrocínio celestial, veja:

            "Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres." (Tg 4.3)

            Jesus nos ensina a pedir para recebermos, pois é Deus quem nos dá (Mt 7.7-11), entretanto, pedidos cobiçosos não serão atendidos, desejos desenfreados não serão agraciados.

            Isso ecoa com o 10o mandamento: "Não cobiçarás." A cobiça revela a malignidade de nossos pecados, os desejos e as intenções de nosso coração. É do coração que vêm os maus desígnios! disse Jesus.

            De modo que as guerras que travamos com nosso próximo normalmente são reflexos dos embates internos. Se não há paz em nosso coração, então haverá desavenças com o próximo!

            Os termos em que Tiago explicita as consequências destes desejos não poderiam ser mais fortes: "cobiçam coisas, e não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam" (Tg 4.2 - grifo meu).

            Assim, há desejos que se tornam mais fortes, "valiosos" do que a própria vida. Quantos crimes passionais ocorrem? É o desejo que leva a pessoa a sucumbir à existência. Em provérbios (30.15) aprendemos: "A sanguessuga tem duas filhas: dá e dá". Logo os cobiçosos sempre desejam mais e mais por isso não conseguem se satisfazer com o que alcançam.

            A cobiça leva à guerra, mas também, à ingratidão. A cobiça anda de mãos dadas com a amizade do mundo, que significa inimizade com Deus. "Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus" (Tg 4.4).

            Qual é o antídoto contra a cobiça? A humildade! O que não é natural, não pode ser alcançado pelo mero esforço humano, pois isto levaria o coração a uma falsa concepção: "Como sou bom!" A verdadeira humildade é fruto da obra regeneradora de nosso Senhor e a decisão ferrenha de lutarmos para subjugarmos a avareza, o egoísmo e a vaidade.

            A humildade leva à pacificação dos conflitos da alma e com o próximo.

Leia outras colunas sobre Religião ==> CLIQUE AQUI

A PROPRIEDADE INTELECTUAL É DO COLUNISTA
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS A SEU AUTOR E AO PORTAL BRASIL

 


FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI