D E S P E R T A R
"By Lela"
 

Sou frágil, sou carne, sou alma, sou calma, sou louca,
Sou suicida, sou sobrevivente
Aprendi a pensar, a sentir, a agir, a viver,
Não aprendi a ser prudente.
Em meio a turbulência e a indolência
Deixei que as vagas me levassem indulgentemente.
Presumi ser inatingível, mas a minha fortaleza mostrou-se um desabrigo.
Desprovida do verdadeiro conhecimento,
acreditei nos letreiros coloridos que o imediatismo nos acena
Embusteiros existem, querem-nos doentes.
Somos enganados e aceitamos diligentemente
Aprendemos e nada perguntamos
Para quê?
Não quero trabalho, quero pronto, fácil, quero agora.
Mas chega um dia, e o que o  temos de precioso se esvai.
Dói, machuca, mata!
Quase sempre não acordamos, permanecemos inertes.
E o mal mais uma vez se abate sobre o incauto
Alto lá!  Mudemos de direção.
Há uma saída, demo-nos a mão.
Basta meu irmão!
Abramos os olhos!
Não quero a loucura que mata, machuca e dói.
Mas a revolução que traz à tona a verdade que cura,
que nem permite enfermar.
A simplicidade que desde o princípio foi ofertada
Pelo homem, maculada,
Mas possível resgatar.