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O Portal Brasil® entrevistou, com
exclusividade, o Engenheiro Márcio, Diretor Comercial
da empresa "Autotrac",
com sede em Brasília. A Autotrac teve um faturamento próximo
a R$ 100 milhões/ano em seu último exercício fiscal (2000) e vem tendo elevados
índices de crescimento em 2001. Veja abaixo a reportagem completa:
PBr: Quem é a Autotrac, quando
foi fundada e quais seus parceiros?
Márcio: A Autotrac é uma sociedade anônima que está em operação no
Brasil desde 1994, tendo como principal produto o sistema OmniSAT de comunicação móvel
de dados e rastreamento de frotas via satélite.
Entre seus sócios temos o tri-campeão
mundial de fórmula 1, Nélson Piquet (majoritário), o Bradesco (maior banco privado
nacional), a Qualcomm Incorporated (empresa americana líder em comunicação sem fio, com
sede em San Diego, Califórnia) e o BNDESpar.
PBr: Quantos funcionários a
empresa possui hoje, em quais locais a empresa tem filiais e, fora do Brasil opera em
quais países?
Márcio: Temos em nossa equipe, cerca de 250 profissionais, a
maioria deles com nível superior, espalhados por todo o Brasil. A matriz da empresa é em
Brasília e temos filiais em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Uberlândia,
Fortaleza, Curitiba e Porto Alegre. Operamos também na Argentina (Buenos Aires), através
da nossa empresa controlada OmniTRACS.
PBr: Qual a origem do Sistema
OmniSAT? Como funciona?
Márcio: O Sistema foi desenvolvido em 1986, por dois
cientistas do MIT (Drs. Jacobs e Viterbi), ambos PhD. Originalmente, se destinaria às
forças armadas americanas, tendo inclusive sido utilizado na Guerra do Golfo. Em seguida
ele foi disponibilizado para uso civil e, em 1994, a Autotrac instalava o seu primeiro
equipamento no Brasil, em uma embarcação da Comercial Quintella, de São Paulo.
Basicamente, o sistema permite a comunicação de dados (mensagens) entre os veículos e a
empresa (e vice-versa), o rastreamento do deslocamento do veículo em mapas digitais e o
monitoramento das condições do veículo e da carga (velocidade, temperatura, abertura de
portas, rotas, etc).
PBr: Qual a área de cobertura
do mesmo? Em grandes cidades, com antenas, edifícios altos e outras barreiras naturais,
como São Paulo por exemplo, não há interferência ou perda de sinal?
Márcio: Por utilizar um satélite geo-estacionário,
localizado sobre o Brasil (Brasilsat), o sistema cobre toda a América do Sul, com
exceção da Patagônia e da porção mais oriental do Chile. O sistema opera normalmente
em áreas urbanas e, temos cerca de 5.000 veículos leves (vans, kombis e pequenos
caminhões) operando em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, que são as áreas
mais densas e críticas.
PBr: É necessário algum
treinamento para o usuário do sistema?
Márcio: Sem dúvida, e a Autotrac ministra todo o
treinamento, em todo o Brasil. Temos ainda uma equipe de engenheiros de pós-vendas para
suporte on-site e um helpdesk 0800, 24 horas, para atendimento técnico a todos os nossos
1.000 clientes.
PBr: A empresa pretende investir em outras parcerias e em novas tecnologias?
Márcio: Temos uma área de
desenvolvimento com cerca de 15 engenheiros e analistas, 100% focados na evolução do
produto e dos serviços. No ramo de tecnologia, quem fica parado é atropelado.
PBr: Quais os
equipamentos necessários ao usuário do sistema e qual o custo de manutenção (se
houver). Qual o valor cobrado pela Autotrac a seus clientes após a instalação
(manutenção e monitoramento do sistema) ?
Márcio: O equipamento
instalado no veículo é chamado de MCT (Mobile Communication Terminal) e é composto de
uma antena e um terminal de dados (tela e display) além de uma série de sensores e
atuadores. Existem acessórios também como impressoras, pagers, leitores de código de
barra, etc. Na empresa do cliente por sua vez, instala-se um software chamado QTRACS BR,
totalmente desenvolvimento pela equipe da Autotrac, no Brasil.
PBr: Qual o motivo da sede da
Autotrac ser em Brasília?
Márcio: Esta foi uma decisão pessoal do Nélson Piquet, em
razão do amor que ele tem por Brasília.
PBr: Qual o segredo do sucesso da empresa? Foi feito algum estudo de
mercado aprofundado antes da decisão de se comercializar esse sistema?
Márcio: O sucesso que vimos conquistando deve-se
principalmente a três pontos básicos: o produto é excelente; a equipe é de primeiro
nível (vários engenheiros são formados na UnB, em Brasília) e o custo é muito
acessível. Apenas como exemplo, um leasing desse sistema fica em menos de R$ 200,00
(duzentos reais) por mês.
Some-se a isto, o tamanho do nosso país e o fato de termos uma frota de 1 milhão de
caminhões rodando sem qualquer controle e comunicação com suas empresas.
PBr: Quais as principais formas de
publicidade utilizada pela Empresa? O que a Autotrac pensa a respeito de parcerias e
divulgação da empresa pela Internet?
Márcio:
Além da
mídia convencional, participamos de eventos e seminários, além de termos uma equipe de
marketing bastante atuante. Este mês, estaremos colocando no ar nossa nova web
page, com
várias novidades. Já estamos efetuando contatos para colocação de banners em outros
sites co-relacionados ao nosso negócio.
PBr: Quais os principais
parceiros da Autotrac?
Márcio: Além dos sócios que mencionei, temos a Embratel
(dona do Brasilsat) e a Universidade de Brasília, como parceiros estratégicos.
PBr: A Autotrac acredita num
bom retorno de marketing pela Internet?
Márcio:
Para o nosso produto, a venda é tipicamente B2B, ou
seja, entre empresas. O contato pessoal através de apresentações é ainda o mais
importante para nós. No entanto, a divulgação pela Internet vem permitindo que mais
empresas conheçam a Autotrac e solicitem visitas. Além disso, é um ótimo canal para
atualizações para os nossos já clientes.
PBr: Existe a possibilidade de se utilizar esse sistema em aviões
particulares? Isso poderia evitar a grande quantidade de pequenas aeronaves brasileiras
que são roubadas para o exterior, principalmente na fronteira entre o Brasil, Paraguai
e Colômbia?
Márcio: Devido às velocidades dos aviões e ao chamado
"Efeito Doppler", nosso sistema não se aplica a aviação. Em helicópteros já
efetuamos testes com sucesso.
PBr: E em navios e
pequenas embarcações (na Amazônia e na costa, por exemplo)?
Márcio:
Já temos cerca de 300 embarcações com o sistema,
e inclusive, nosso primeiro cliente foi um barco.
PBr: Nesse caso, o
sistema cobriria até quantos quilômetros da costa?
Márcio:
Cerca de 700 milhas a partir da costa.
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