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B O E I N G     7 4 7

 

História - O primeiro voo do maior avião comercial fabricado em série no mundo ocidental até 2007, ocorreu em 1969. Ele foi o maior, o que voava mais distante e o que mais passageiros transportava até bem pouco tempo. Tudo nele é superlativo. A versão atual, série 400 pode transportar de 416 a 568 passageiros e voar 13.500 quilômetros sem escalas. A versão cargueira transporta acima de 120 toneladas úteis de carga paletizada e o porão da mesma tem acesso pelo bico da aeronave, recebendo grandes cargas.

Boeing 747.243B Cargueiro, prefixo N517MC da SAS, em Gotemburgo (Suécia) - 18.04.1996 (www.portalbrasil.net).O primeiro Boeing 747 (Série 100), entrou em serviço operacional no ano de 1970, utilizando turbinas Pratt & Whitney e em 1975 foram disponibilizadas também as turbinas Rolls Royce e General Electric (GE). O último 747-100 foi entregue em 1986, de um total de 205 aeronaves deste tipo fabricadas (167 B747-100, 9 B747-100B e 29 B747.100SR). Esse modelo foi utilizado basicamente em rotas curtas e de alta densidade de passageiros, algumas versões transportando até 550 passageiros em classe única. A Boeing lançou nessa mesma época o Boeing 747-100SP (Special Performance), com fuselagem menor e voando mais alto, mais rápido e em voos de longo percurso sem escalas (non-stops). O Boeing 747-100 na versão original, levava 355 passageiros, 19 tripulantes e consumia 17.200 litros/hora de combustível.

A seguir a Boeing lançou a Série 200 (fabricou 389 deles: 225 B747-200B, 13 B747-200C, 73 B747-200F e 78 B747.200M). O primeiro entrou em operação em 1971 (a produção em série iniciou-se em Março de 1971) e o último foi entregue 20 anos depois, em 1991. A aparência externa era a mesma da Série 100, com a diferença de se ter a opção das versões exclusivamente de passageiros (747-200B ou C), de cargas (747-200F) ou mista (cargas e passageiros - B747-200M), podendo também fazer uma rápida conversão entre uma versão e outra. A versão cargueira (747-200F), transportava 90 toneladas em voos transatlânticos, com um custo por milha voada, cerca de 35% menor que os Boeing 707F (com carga máxima), tendo a opção de porta larga lateral ou ainda da abertura frontal do bico da aeronave, que assim, poderia transportar cargas bastante volumosas. A versão 200 era um pouco mais econômica que a versão 100 (16.500 litros/hora de voo). 

Boeing 747.200 decolando em Hong Kong (www.portalbrasil.net).Em 1983, entra em operação o 747-300, tendo incorporado a primeira das grandes alterações nesse tipo de aeronave. Possuía um deck superior (2° andar) bastante grande, turbinas bem mais modernas e econômicas, gerando com isso uma grande economia para as empresas - o custo por passageiro transportado era cerca de 25% menor que a versão 100. Aumentou também em 10% a quantidade de passageiros por aeronave. Foi produzida nas versões passageiros (747-300B), misto (747-300M) - cargas e passageiros - e outra versão para rotas curtas, com tanques menores e maior quantidade de carga e passageiros transportados por voo (747-300SR). Foram produzidas 81 aeronaves desse tipo (56 B747-300, 21 B747-300M e 04 B747-300SR).

A série 400 incluiu modernos aviônicos e sistemas digitais complexos. Possui uma autonomia de 13.360 km de voo non-stop. O primeiro 747-400 foi entregue em 1989 para a Northwest Airlines e acabou se tornando a série mais popular, mais vendida de todos os B747. As ótimas turbinas com capacidade acima de 62.200 libras de empuxo cada uma, são fabricadas pela General Electric - GE (CF6-80C2), Pratt &Whitney (PW4000) e pela Rolls Royce (RB211). Das 971 luzes-espia, switches e outras informações na cabina de comando do 747-200, cerca de 606 foram abolidas, sobrando "apenas" 365 - tornando mais sóbria e menos complexa a operação da aeronave.

Foram 06 (seis) as versões produzidas: Combi (passageiros e cargas), Freighter (cargueiro) - o maior do mundo em serviço atualmente, Domestic (alta capacidade de passageiros - até 568), em rotas curtas, o Passenger (passageiros para rotas longas) e mais duas versões, uma com maior autonomia e outra com maior capacidade de passageiros. Estão em uso atual no mundo, cerca de 144 Boeing 747Combi, sendo que 58 são do modelo 400Combi, operados por 30 empresas em todo o mundo. A Swissair foi a primeira operadora do 747-300Combi e a KLM (holandesa) a primeira a operar o 747-400Combi, que possui no deck superior, acomodação extra de 44 passageiros a mais que nas versões 100Combi (Sabena, da Bélgica foi a primeira a utilizar essa versão, no início de 1974) e 200 Combi (Air Canada iniciou as operações com esse equipamento em fevereiro de 1975).

Boeing 747.441, prefixo PP-VPH da VARIG, em Paris (Aeroporto Charles de Gaulle) - 30.07.94 - www.portalbrasil.net.A versão exclusivamente cargueira (freighter), tinha a capacidade para 98 toneladas de carga paga na série 200, sendo que essa capacidade foi ampliada para 124 toneladas na série 400 e com economia de combustível variável entre 10 e 16% a menos que a versão anterior. Desde a primeira entrega, em novembro de 1993 (B747-400F), para a CargoLux, de Luxemburgo, 11 empresas operam esse tipo de aeronave, tendo sido encomendadas e entregues 126 delas. Entre 1972 e 1991, 73 aeronaves B-747-200F foram adquiridas e outras 75 haviam sido transformadas da versão passageiros para a versão cargueira, totalizando 148 em uso no mundo, atualmente. Foram vendidas 694 aeronaves da série 400, assim distribuídas: 747-400 (442), 747-400D (19), 747-400ER (06), 747-400ERF cargueiro (40), 747-400F (126) e 747-400M (61).

Cerca de 31% da capacidade de transporte de carga aérea existente no mundo todo, estão nos porões dos Boeing 747F em atividade. Existem, na fábrica, cerca de 19 B-747-100 transformados para carga como reserva técnica em caso de necessidade e que podem ser convertidos em aeronaves de passageiros em 48 horas. Eles foram utilizados na Operação Tempestade no Deserto, quando da invasão norte-americana no Irã.

A única empresa brasileira que operou 747 até hoje foi a VARIG, que chegou a operar com 7 (sete) dessas aeronaves nas versões B747.200M (03, adquiridas novas), B747-300M (02, adquiridas novas) e 01 B747-300 e 01 B747-400 (ambas arrendadas de terceiros), não as utilizando atualmente. Na América do Sul, Aerolíneas Argentinas operou 07 novos B747.200B, Avianca (Colômbia) 01 novo B-747200M, e Viasa (Venezuela) 01 B747-200 (arrendado). A Boeing ainda aceita encomendas para as versões 747-400, 747-400ER, 747-400F, 747-400ERF e para os novíssimos 747.8 e 747.8F.

Atualmente a Boeing iniciou a fabricação da versão 747 mais moderna em todos os sentidos, batizada de B747-8. Existem 105 deles encomendados, sendo 78 na versão F, exclusivamente cargueira. No total foram adquiridos, até 31.12.2009, 1.523 Boeing 747, assim distribuídos: série 100 (205), série 200 (389), série 300 (81), série 400 (694), série 8 (105 encomendados), série E4A (03), série E4B (01) e série SP "mini jumbo" (45).

O PRIMEIRO CLIENTE DO BOEING 747-8 FOI A EMPRESA AÉREA ALEMÃ, LUFTHANSAO novo Boeing 747-8 foi lançado dia 14 de novembro de 2005 com compra para 18 aeronaves cargueiras firmadas pela CargoLux (10) e Nippon Cargo (08), num total de US$ 5 bilhões. Em razão dos novos equipamentos e novas turbinas (mesma tecnologia implantada no B787) o B747-8 tem consumo 2% menor que o B747-400 e custo-passageiro/milha voada 13% menor. Em relação ao novo A-380 da Airbus, ele possui consumo 11% menor, é 10% mais veloz e possui custo de 6% a menor por milha voada. Entretanto transporta menos passageiros (entre 400 e 500, dependendo da configuração). Sua autonomia, lotado, é de 14.815 km. Em relação ao B747-400,  na configuração típica de três classes, ele transporte 467 passageiros (contra 416) e 26% a mais de carga paga. A versão cargueira transporta 16% a mais de carga (154 toneladas) e tem autonomia para 8.130 km. O Boeing 747-8F pesa 88 toneladas a menos que o A-380F, resultando numa queima de 24% a menos de combustível e um custo tonelada/milha 23% menor que seu rival da Airbus. O B747-8 possui 76,3 metros de comprimento, 68,5m de asa a asa, 19,4m de altura, utiliza quatro turbinas GEnx-2867 com 66.500 libras de empuxo cada, peso máximo de decolagem de 442,25 toneladas e velocidade de cruzeiro de 850 km/hora. O primeiro Boeing 747-8F foi apresentado dia 18 de novembro de 2009 na fábrica de Everett, dia 09 de dezembro de 2009 foram feitos, com sucesso, os primeiros testes em terra com as novíssimas turbinas série 28, da General Electric e iniciou seus voos de testes para certificação na primeira semana de janeiro de 2010.

Em 31.12.2009 os maiores operadores de Boeing 747 no mundo eram: Japan Airlines (108); British Airways (94); Singapore (93); Lufthansa (82); Korean Air (67); United (64); Qantas (57); Cathay Pacific (55); Air France (53); Northwest (53); China Airlines (48); KLM (45); All Nippon (45); CargoLux (31); Nippon Cargo (30); Atlas Air (27); Saudi Arabian (26); Thai Airways (26); Malaysia Airlines (24); South African Airways (23); ILFC (21); Air India (19); Eva Air (18); TWA (18); Alitália (17); Air China (16); American Airlines (16); e Asiana Airlines (13). Também já adquiriram os novos Boeing 747 da série 08: Lufthansa (20 pax); Emirates (15 cargo); Nippon Cargo (14 cargo); CargoLux (13 cargo); Atlas Air (12 cargo); Cathay Pacific (10 cargo); Business Jet/Vip Customers (07 pax); Volga-Dnepr Airlines (05 cargo); Koren Air (05 cargo); e Guggenheim Aviation Partners (04 cargo).

E a Boeing finalmente realizou, no dia 15.02.2010, segunda-feira, o primeiro voo do Boeing 747-8 versão cargueiro, após dois adiamentos. A primeira entrega do avião está prevista para o quarto trimestre deste ano. O 747-8 cargueiro foi inicialmente anunciado em novembro de 2005 e pelo cronograma original deveria ter sua primeira entrega no quarto trimestre de 2009.  O modelo, que é 5,48 m mais longo que o 747-400, tem 108 encomendas, sendo 76 para a versão cargueiro e 32 para a de passageiros. Os preços de lista variam entre US$ 293 milhões e US$ 308 milhões. A companhia teve gastos extras de US$ 1 bilhão relativos ao desenvolvimento do 747-8 no terceiro trimestre de 2009, relacionados a alta nos custos de produção e condições adversas do mercado. Apesar de não ter tantas inovações ou ser tão econômico (na questão de combustível), o 747-8 compartilha tecnologia com o 787 Dreamliner, que é composto basicamente por materiais mais leves e carbono.

HISTÓRICO DO BOEING 747

Modelo

1ª compra

1° vôo

Certificação

1ª entrega

Entrada em serviço

1ª empresa a operar

Última entrega

747-100/SR/B

13/04/1966

09/02/1969

30/12/1969

13/12/1969

21/01/1970

Pan Am

09/1986 - Japan Air Lines

747-200

19/12/1968

11/10/1970

23/12/1970

15/01/1971

06/1971

KLM

12/1990 - USAF 

747-200F

03/03/1969

30/11/1971

07/03/1972

10/03/1972

19/04/1972

Lufthansa

 11/1991 - Nippon Cargo

747-200C

27/03/1972

23/03/1973

24/04/1973

30/04/1973

05/1973

World Airways

09/1988 - Martinair 

747SP

10/09/1973

04/07/1975

04/02/1976

05/03/1976

25/04/1976

Pan Am

09/12/1989 - Abu Dhabi Govt. (UAE) 

747-200M

08/04/1974

18/11/1974

07/03/1975

07/03/1975

07/03/1975

Air Canada

 09/12/1989 - Abu Dhabi Govt. (UAE)

747-300M

11/06/1980

14/02/1983

05/03/1983

05/03/1983

03/1983

Swissair

09/1990 - Sabena

747-300/SR

11/06/1980

05/10/1982

07/03/1983

01/03/1983 (UTA)

28/03/1983

Swissair

10/1988 - Japan Asia

747-400

22/10/1985

29/04/1988

01/10/1989

26/01/1989

09/02/1989

Northwest

-

747-400M

09/04/1986

30/06/1989

10/01/1989

01/09/1989

09/1989

KLM

10/04/2002 - KLM

747-400D

18/12/1988

18/03/1991

10/10/1991

10/10/1991

10/1991

Japan Air Lines

12/1995 - All Nippon Airways

747-400F

13/09/1989

04/05/1993

22/10/1993

17/11/1993

17/11/1993

Cargolux

-

747-400ER

19/12/2000

31/07/2002

29/10/2002

31/10/2002

07/11/2002

Qantas

-

747-400ERF

17/04/2001

05/09/2002

16/10/2002

17/10/2002

10/2002

Air France

-

747-8

06/12/2006

-

-

-

-

Lufthansa

-

747-8F

14/11/2005

15/02/2010

-

-

-

CargoLux

-

 

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