GEOGRAFIA
– Área: 224.301,04 km2. Relevo: planalto no norte e
depressões no sul. Ponto mais elevado: monte Roraima, na serra
do Pacaraima (2.739,3 m). Rios principais: Branco, Uraricoera,
Catrimani, Alalaú, Tacutu. Vegetação: floresta Amazônica, com
pequena faixa de cerrado a leste. Clima: equatorial a oeste,
tropical a leste. Todos os municípios: Boa Vista
(284.313), Rorainópolis (24.279), Caracaraí
(18.398), Alto Alegre (16.448),
Mucajaí (14.792), Cantá (13.902),
Bonfim (10.943),
Pacaraima
(10.433), Amajarí (9.327), Normandia (8.940), Iracema (8.696), Uiramutã (8.375),
Caroebe (8.114), São João da
Baliza (6.769) e São Luiz (6.750) - 2010. Hora local:
-1h. Habitante: roraimense.
POPULAÇÃO – 450.479 (2010). Densidade: 2,01 hab./km2
(2010). Cresc. dem.: 4,6% ao ano (1991-2006). Pop. urb.:
80,3% (2004). Domicílios: 97.465 (2005); carência
habitacional: 19.867 (2006). Acesso à água: 85,2% (2005); acesso
à rede de esgoto: 75,0% (2005). IDH: 0,750 (2008).
SAÚDE – Mortalidade infantil: 18,6 por mil nascimentos (2008). Médicos:
8,3 por 10 mil hab. (2005). Estabelecimentos de saúde:
444 (2009). Leitos hospitalares.:
621,3 por habitante (2009).
EDUCAÇÃO – Ensino pré-escolar: 14.575 matrículas (90,28%
na rede pública). Ensino fundamental: 86.547 matrículas (94,99%
na rede pública). Ensino médio: 17.512 matrículas (92,37% na
rede pública) - dados de 2009. Ensino superior: 6.311 matrículas
(61,9% na rede pública - 2004). Analfabetismo: 9,3% (2008). Analfabetismo
funcional: 23,9% (2004).
GOVERNO – Governador: José Anchieta Júnior (PSDB). Senadores:
3. Dep. federais: 8. Dep. estaduais: 24. Eleitores:
233.596 (0,2% do eleitorado brasileiro - 2006). Sede do governo:
Palácio Senador Hélio Campos. Praça do Centro Cívico s/nº, centro, Boa
Vista. Tels. (95) 623-1410. Site do governo:
www.rr.gov.br.
ECONOMIA – Participação no PIB nacional: 0,1% (2004).Composição
do PIB: agropec.: 3,8%; ind.: 8,7%; serv.: 87,5%
(2004). PIB per capita: R$ 11.845 (2008). Export.
(US$ 8,5 milhões): madeiras (74%), couros e peles (22,6%). Import.
(US$ 879 mil): fertilizantes (62,7%), equipamentos médicos (18,3%),
máquinas e equipamentos (10,1%), vidros e espelhos (6,3%) - 2005. Agências bancárias:
25 (2010). Depósitos em cadernetas de poupança: R$ 401,3 milhões
(2010).
ENERGIA ELÉTRICA – Geração: 3 GWh; consumo:
379 GWh (2004).
TELECOMUNICAÇÕES – Telefonia fixa: 66 mil linhas
(maio/2006); celulares:
144 mil (abril/2006).
CAPITAL – Boa Vista. Habitante: boa-vistense. Pop.:
284.313 (2010). Automóveis no estado: 54.690 (2010). Jornais
diários: 2 (2006). Prefeito: Iradilson Sampaio (PSB). Nº de
vereadores: 14 (2012). Data de fundação: 09/07/1890.
Distância de Brasília: 4.275 km. Site da prefeitura:
www.boavista.rr.gov.br.
Fatos históricos:
A área do atual estado de Roraima só começa a ser percorrida no século XVII.
Mas apenas no século seguinte, em razão do crescente interesse português pela
preservação da Amazônia, se intensificam os esforços de reconhecimento, ocupação e
defesa dessa extensa área ao longo do rio Branco. Em 1752 inicia-se a construção do
Forte de São Joaquim, próximo do povoado de Nossa Senhora do Carmo, origem da futura
capital, Rio Branco.
Durante o Império, no
século XIX, Roraima permanece como município da província do Amazonas, com população
pequena e economia estagnada, baseada em velhas fazendas de gado. No início da
República, em 1904, é alvo de uma disputa fronteiriça com a Guiana, então colônia do
Reino Unido: a Questão do Pirara, arbitrada pelo rei da Itália, Vittorio Emanuele III. O
território é dividido entre os dois países, ficando a maior parte com a Guiana.
Em 1943, por
determinação de Getúlio Vargas, o imenso município do norte do Amazonas é
transformado em território federal do Rio Branco. A decisão visa impulsionar o
desenvolvimento local e cuidar melhor dessa área considerada estratégica. Em 1962, o
território tem seu nome mudado para Roraima. O crescimento econômico continua lento,
mesmo com os recursos e os incentivos dos governos militares nos anos 60 e 70. Esses
investimentos - como a abertura da rodovia Perimetral Norte em 1983 - melhoram a infraestrutura, atraem empresários e trabalhadores, principalmente para a pecuária
(gado de corte) e o extrativismo vegetal (madeira e castanha) e mineral (ouro e
cassiterita). Em consequência ocorre um acelerado crescimento populacional. Em 1988,
Roraima torna-se estado por dispositivo constitucional.
Ao norte de Roraima, na serra do Pacaraima, estão situados o ponto extremo norte do
país, na nascente do rio Ailã, no monte Caburaí, e o ponto culminante do estado, o
monte Roraima. Este é também o marco fronteiriço com a Guiana e a Venezuela. Cortado ao
sul pela linha do Equador, o estado possui temperatura elevada o ano inteiro. No período
das secas, às margens do rio Branco, o principal do estado, formam-se praias de águas
límpidas. A influência indígena está presente na culinária, à base de peixe, e no
artesanato local.
Estado menos populoso do Brasil, Roraima é um dos que mais recebem migrantes.
Entre 2006 e 2010, cada dia, mudaram-se para seu território, em média, 32 novos moradores. Em geral, são lavradores que
residiam em outras regiões amazônicas e partiram para Roraima em busca de terras
férteis e oportunidades de trabalho. Por causa do fluxo migratório, a população
passa de 79,4 mil habitantes em 1980 para 450 mil em
2010.
Como a infraestrutura local não cresce na mesma proporção, agravam-se os problemas
sociais. Em 1998, uma longa estiagem reduz a água potável e causa uma epidemia de
diarreia que afetou 12 mil pessoas. Registram-se ainda casos de malária e febre amarela.
Conflitos e
queimadas - Apesar da intensa migração, Roraima tem ainda a menor
taxa de densidade demográfica do Brasil. Isso se deve ao fato de 63% de seu
território ser ocupado pela floresta Amazônica. Apenas 82 mil km2 são áreas
livres, onde se concentra a maioria dos moradores. Nas matas do estado vive a
terceira maior população de índios do país: 38 mil pessoas pertencentes a oito
etnias. Além disso, parte da maior reserva indígena brasileira, a dos ianomâmis,
situa-se em Roraima: 5,6 milhões hectares de um
total de 9,4 milhões. O restante fica no Amazonas. Por ter extensas jazidas de ouro,
cassiterita e pedras preciosas, a reserva atrai grande número de garimpeiros
clandestinos, que invadem a região e frequentemente entram em conflito com os índios.
Choques envolvendo também fazendeiros levam o governo federal, em abril de 2000, a
iniciar estudos para a criação de mais uma área indígena com 16 mil km2 no nordeste do
estado, o que aumentará a extensão da região destinada aos índios para quase metade de
Roraima: 44% de seu território. Até hoje isso é motivo de grande discussão.
Serão necessários, no
mínimo, 70 anos para a recuperação dos danos provocados pelas queimadas que atingiram o
estado em 1997 e 1998, segundo previsão do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(INPA). Estudos feitos pelo IBAMA, em parceria com o INPA e com o Instituto de Pesquisas
Espaciais (INPE), conclui que a área efetivamente queimada no estado foi de 11.394 km2 de
florestas e 22.583 km2 de cerrados, número muito superior ao divulgado inicialmente pelo
governo.
Soja - Produtores da Região Centro-Oeste
deslocam-se para Roraima com o objetivo de criar uma nova fronteira de soja no Brasil,
atraídos pelo mercado da Venezuela. Em abril de 2000, agricultores iniciam o plantio da
primeira safra comercial do estado. A soja ocupa 65% da área de cultivo mecanizado do
projeto Grãonorte, implantado pelo governo estadual na região da capital, Boa Vista, em
área plana, de vegetação rala. Segundo a Embrapa Roraima, dos 4,5 milhões de ha do
cerrado roraimense, 1,5 milhão é propício aos grãos, e a soja pode ocupar até 700 mil
ha. Incentivos fiscais, terra barata, clima definido, colheita na entressafra do
Centro-Sul e a pavimentação da rodovia BR-174 são alguns dos atrativos que motivam os
produtores a se instalar no estado de Roraima. O governo estadual pretende viabilizar a
exportação de soja para a Venezuela a custos inferiores aos do produto comprado nos
Estados Unidos, na Bolívia ou na Argentina.
Roraima hoje - Roraima ainda detém o
menor Produto Interno Bruto (PIB) entre os estados brasileiros,
apesar das suas altas taxas de crescimento. Seu PIB em 2008 era de
R$ 4,889 bilhões, representando 0,15% do PIB brasileiro e colocando
o estado na 27ª posição nacional (FONTE: SEPLAN-RR). O estado
apresentou crescimento anual da ordem de 7,65%, congratulando-se
como o estado de maior crescimento econômico no norte brasileiro. O
PIB per capita roraimense é o terceiro maior da região Norte, com R$
11.845, atrás somente do Amazonas e Rondônia (2008). No âmbito
nacional, o estado ocupa a 14ª posição, estando 25,9% abaixo da
média nacional e 15,9% acima da média regional. Comparado a 2007, o
PIB per capita estadual teve uma variação de 15,3%.
Roraima possui duas Áreas de Livre
Comércio (ALC): Em Bonfim e em Boa Vista. São áreas de importação e
exportação que operam em regime fiscal especial. As duas ALC’s –
únicas no País com incentivos fiscais na implantação de indústrias
que utilizem matéria-prima da Amazônia Ocidental, já se encontram em
funcionamento, ampliando ainda mais a tendência para a realização do
turismo de negócios
A agroindústria
roraimense era, até 2001, voltada para o mercado local em razão do fornecimento precário de energia
elétrica, que provocava constantes racionamentos. A interligação de linha de transmissão
entre Puerto Ordaz, na Venezuela, à capital, Boa Vista, solucionou parte do
problema. Em 2001 o então presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso
inaugura, com o presidente venezuelano Hugo Chávez, na fronteira dos dois países,
a primeira etapa do Complexo Hidrelétrico de Guri-Macaguá e o problema foi, então,
resolvido. O fornecimento de energia
elétrica no interior do estado é fornecido através da Companhia Energética de
Roraima e na capital pela Eletrobrás Distribuição Roraima. Nos últimos anos, o
consumo de energia elétrica em Roraima tem crescido de forma abrupta. Em
fevereiro de 2011 foi registrado um aumento de 4% no consumo, em relação ao
mesmo período de 2010. Somente em Boa Vista, o aumento total foi de 9,05%
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