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H I S T Ó R I A     G E R A L

GUERRA FRIA

 


 

PLANOS, CONSELHOS E ALIANÇAS MILITARES

            Terminada a Segunda Guerra Mundial, o objetivo dos governos envolvidos no conflito era reconstruir os países atingidos e criar mecanismos que pudessem garantir a paz no mundo.

            No plano econômico, a principal medida colocada em prática foi a implantação do Plano Marshall, formulado pelo general George Marshall, então secretário de Estado dos Estados Unidos. Iniciado em 1947, o plano consistiu em um programa de ajuda econômica aos países capitalistas que mais sofreram os efeitos da Segunda Guerra Mundial.

            Os seguintes objetivos deveriam ser alcançados com a implantação do Plano Marshall:

* reconstrução dos países devastados;

* reorganização econômica da Europa capitalista e reforço de seus vínculos comerciais com os Estados Unidos;

* por meio da recuperação econômica, conter o avanço do socialismo, que se implantava na Europa oriental graças à influência soviética.

            O Plano Marshall teve êxito, permitindo em poucos anos a recuperação econômica da Inglaterra, Itália, Alemanha e outros países. Garantiu, sobretudo o aumento das exportações norte-americanas, fortalecendo os Estados Unidos na posição de nação mais poderosa do mundo.

            Ainda sob a inspiração dos Estados Unidos, em 1949 os países ocidentais firmaram uma aliança político-militar, a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), com a finalidade de combater a influência soviética.

            Do lado do bloco socialista foram criados o Comecom (Conselho de Assistência Econômica Mútua), em 1949, para fortalecer os laços econômicos entre os países socialistas; e o Pacto de Varsóvia, em 1955, uma organização militar para garantir a defesa dos países socialistas.

            Graças a essas medidas de caráter econômico, político e militar, tanto os Estados Unidos quanto a União Soviética criaram blocos ou áreas de influência, isto é, um conjunto de países aliados.

            Assim, o bloco liderado pelos Estados Unidos compreendia os países da Europa ocidental, da América (com exceção de Cuba), numerosos países da África, da
Ásia e da Oceania. Esses países adotavam o sistema econômico capitalista ou de economia de mercado.

            A União Soviética, por sua vez, reunia sob liderança o conjunto de países chamados socialistas, que adotavam o sistema de economia panificada. Pertenciam a esse bloco os países da Europa do Leste, alguns países da África e da Ásia, além de cuba (a partir de 1961).

            A China, cujo governo adotou o socialismo a partir de 1949, permaneceu aliada à União Soviética até 1958, quando rompeu a amizade com seu vizinho e passou a percorrer um caminho próprio. A partir de 1972, voltou a reatar relações com os Estados Unidos.

            Além de criarem instituições de defesa militar e econômica, tanto a União Soviética quanto os Estados Unidos usaram outros métodos para manter e expandir sua área de influência. Dentre esses métodos, destacaram-se:

* apoio a países amigos com ajuda militar ou econômica;

* apoio a movimentos que, nos países não-alinhados, tentavam derrubar o governo; por exemplo, em Angola, a União Soviética apoiava o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que lutava contra o domínio da metrópole (Portugal);

* espionagem dos opositores das mais variadas formas; em 1962, por exemplo, foi derrubado um avião americano que sobrevoava o território soviético para tirar fotografias de instalações militares;

* sabotagens econômicas e militares;

* criação de redes de informação secreta sobre armas, planos de defesa, projetos industriais, etc.; assim funcionários do governo soviético tentavam atrair americanos, ingleses, franceses, etc. para suas organizações de espionagem; funcionários do governo americano tentavam fazer o mesmo com soviéticos e cidadãos de outros países socialistas;

* colaboração em golpes de Estados, como em 1953, por exemplo: um primeiro-ministro nacionalista governava o Irã; os Estados Unidos e a Inglaterra organizaram um golpe de Estado, e o primeiro-ministro foi derrubado.

            No âmbito da espionagem, cada país dispunha de agências altamente atuantes. As principais eram a CIA, dos Estados Unidos, e a KGB, da União Soviética.

            Apesar de a União Soviética e os Estados Unidos não terem se enfrentado diretamente, em outros países ocorreram conflitos armados que envolveram forças comunistas e forças capitalistas. Uma dessas guerras foi a da Coréia.

            Nos Estados Unidos ocorreu também um movimento que visava identificar e neutralizar cidadãos que defendiam ideias socialistas ou manifestavam simpatia com a União Soviética.

 

 


A GUERRA DA CORÉIA


            Durante a Segunda Guerra Mundial, a Coréia esteve sob o domínio do Japão. Após a guerra, o país foi dividido em duas partes: Coréia do Norte (comunista) e Coréia do Sul (capitalista). Em 1950, os comunistas do Norte invadiram o Sul, tentando unificar o país, tornando-o todo comunista. Os Estados Unidos foram em socorro à Coréia do Sul; os chineses entraram na guerra ao lado dos comunistas da Coréia do Norte.

            Depois de três anos de guerra, a ONU conseguiu estabelecer uma trégua. A Coréia voltou a ficar dividida em dois países, situação que dura até hoje.


A CORRIDA ARMAMENTISTA


            Terminada a Segunda Guerra Mundial, as duas potências vencedoras dispunham de uma enorme variedade de armas, muitas delas desenvolvidas durante o conflito.

            Tanques, aviões, submarinos, navios de guerra constituíam as chamadas armas convencionais. Mas o grande destaque eram as chamadas armas não-convencionais, mais poderosas, eficientes, difíceis de serem fabricadas e extremamente caras. A principal dessas armas era a bomba atômica. Só os Estados Unidos tinham essa arma, que aumentava em muito seu poderio bélico.

            A União Soviética iniciou então seu programa de pesquisas para também produzir a bomba atômica, o que conseguiu em poucos anos. Mais pesquisas foram sendo feitas, tanto para aperfeiçoar a bomba atômica quanto para produzir novas bombas. Em pouco tempo os Estados Unidos fabricaram a bomba de hidrogênio, seguidos pela União Soviética.

            Essa corrida armamentista era motivada pelo receio recíproco de que o inimigo passasse à frente na produção de armas, provocando um desequilíbrio no cenário internacional. Se um deles tivesse mais armas, seria capaz de destruir o outro.

            A corrida atingiu proporções tais que, já na década de 1960, tanto os Estados Unidos quanto a União Soviética tinham armas suficientes para vencer e destruir todos os países do mundo.


O FIM DA GUERRA FRIA

            A guerra fria e todas as suas implicações - espionagem, golpes de Estado, sabotagens, corrida armamentista - duraram até o início da década de 1980. Nesse momento, a situação econômica da União Soviética e da maioria dos outros países comunistas começou a se agravar. Tiveram início então profundas mudanças políticas, com a queda do regime socialista tanto na União Soviética quanto em outros países socialistas.

            A guerra fria, ou seja, o clima de hostilidade e de ameaça entre os Estados Unidos e a União Soviética se arrefeceu.

            O símbolo do final da guerra fria foi a queda do Muro de Berlim, em 1989, que havia sido construído em 1961 por decisão do governo da União Soviética e da Alemanha Oriental.

            A partir de 1992, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas fragmentou-se. A economia das repúblicas que a compunham e dos demais países socialistas começou a ser mudada para uma economia capitalista ou de mercado.
 

Fonte: Base de Dados do Portal Brasil. 
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