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- Privatizações -
FURNAS

PRIVATIZAÇÃO DE FURNAS

A privatização da estatal Furnas, já promete muito barulho. Segundo fontes do governo federal, no 1° semestre de 2002, estará tudo pronto para o leilão, coordenado pelo BNDES. Uma empresa estatal rentável, modelo de qualidade e produtividade. Tudo isso vem sendo questionado, principalmente porque setores da economia não admitem que o Brasil fiquem na mão de multinacionais e interesses externos, leoninos.

Um exemplo é a Usina de Funil, localizada no Estado do Rio de Janeiro e operada por Furnas. Ela está praticamente amortizada no balanço da empresa e com isso consegue uma operação a baixo custo (R$ 5,50 cada 1.000 KWh). Furnas vende essa energia produzida para a Light a R$ 35,00 os mesmos 1000KHw e, a Light (empresa de capital canadense) revende essa mesma energia a R$ 160,00, ou seja 29 vezes mais cara do que seu custo de produção.

             Você sabia??

100.000 empregos foram extintos

neste setor após a privatização...

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       Usina Hidrelétrica da Eletronorte

Após a privatização de outras empresas do setor elétrico, há de se concordar que a tarifa dobrou e o risco de racionamento triplicou. Por que? O Brasil possui o 8° maior PIB do mundo e é o 82° em consumo per capita, atrás inclusive da Guiana (2002). Veja o exemplo abaixo de consumo per capita (KWh/habitante):

Noruega - 25.000
Canadá - 16.000
Venezuela - 2.850
Uruguai - 2.400
Brasil - 2.000

O Brasil possui 20 milhões de domicílios sem energia elétrica e o consumo médio no Maranhão por exemplo é de 90 KWh/mês per capita (isso equivale ao consumo médio de 1 lâmpada, 1 ventilador e 1 geladeira pequena).

Existe um site que trata profundamente  do assunto. Clique no link abaixo e leia
mais detalhes.            

              www.ilumina.org.br

Logicamente que o Brasil, por ser um país que detém o 9° PIB do mundo, em crescimento industrial, de grande extensão e com grande déficit energético, possui um crescimento no consumo de energia relativamente alto (5% ao ano, o que equivale a 15 bilhões KW/h/ano, ou 1/3 da produção total de Itaipu). E isso é perfeitamente normal e aceitável. O consumo per capita brasileiro é muito modesto.

Logicamente que para as multinacionais e conglomerados privados do setor de energia, é muito mais prático, eficiente e rápida, a aquisição de usinas já em produção, como a do Funil administrada por Furnas, que produz energia barata. Assim, não há investimento adequado no setor, existe a falta de chuvas para prejudicar e, as mesmas se aproveitam para elevar tarifas e apressar os leilões no setor, que muitas vezes são negociadas ainda com financiamentos e subsídios federais. Fica ainda uma dúvida no ar: Os black-outs podem ser simulados? 

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Matéria publicada com a autorização e responsabilidade expressas de seus respectivos autores (link ao lado).

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