Uma produção esmerada que mostra como o sistema de recrutamento de jovens negros em bairros pobres servem a muitos interesses, sendo que dos próprios meninos são aqueles menos levados em conta.

            O grande mérito do filme conseguir juntar a linguagem narrativa com o valor documental, não sendo possível prever o desenvolvimento de seus “personagens” até que sejam mostrados na tela seus destinos que sempre surpreendem.

            Um grande momento cinematográfico que merece ser assistido nesses tempos de Jogos Olímpicos e que podem servir a revisão de conceitos de como criar uma identidade nacional e forjar cidadãos pela via desportiva.

            A jovem que renasce com poderes felinos e enfrenta a dupla de terríveis vividos pelo francês Lambert Wilson e a diva Sharon Stone é confusa, sem muito de lógica e até o policial vivido por Benjamin Bratt não consegue dar muita credibilidade à fita.

            Os quatro atores centrais em seus filmes anteriores já deram mostras de enorme capacidade interpretativa, mas nesse filme, como na maioria de suas carreiras, demonstram uma faceta canastrões que emprestam a seus personagens.

            Um filme que vale como curiosidade, para um público pouco exigente que não exija um mínimo de lógica e consistência nos filmes que assistem.