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- Cinema -
(Crítica - Julho / 2004)

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Dicas da semana:
(Período de 18.07.2004 à 24.07.2004)

Ensaio de Um Crime (Ensayo de Un Crimen), de Luis Buñuel, 1955 - A fase mexicana do diretor espanhol Luis Buñuel foi repleta de filmes dos mais variados estilos, com trabalhos de encomenda e algumas das obras-primas do cinema mundial.

Nesse "Ensaio de Um Crime", o diretor deixa transparecer um pouco de cada uma das principais vertentes de sua obra. Temos a crítica dos hábitos burgueses, a pitada de influência de sua convivência com o movimento surrealista, os temas de fundo psicológico e o humor mordaz.

Archibaldo de La Cruz, vivido pelo astro Ernesto Alonso, galã pioneiro das telenovelas mexicanas, desde a infância tem a impressão que seus desejos mórbidos se realizam, ainda que sem sua participação efetiva nos eventos que levaram à morte daquelas mulheres que ele eventualmente as tivesse querido mortas.

O filme se desenvolve num ritmo de suspense, com algumas boas piadas para quebrar o tom sóbrio que permeia a fita. Não chega a empolgar por essas quebras de ritmo, mas sempre é interessante ver um trabalho menor do mestre espanhol.

A direção de Buñuel é segura e faz bom uso do seu protagonista experiente, construindo um filme curto (89 minutos) que não torna cansativa as obsessões de Archibaldo e narra sua história de forma consistente e sem falhas.

Um clássico menor do cinema latino, um misto do toque de classe que Buñuel soube adicionar ao melodrama que tomara de assalto o cinema das Américas nos anos 40 e 50. O drama lacrimogênico ganha explicações mais densas, com toques freudianos e interpretações mais contidas.

Fato curioso é que a bela protagonista do filme, Miroslava Stern, matou-se antes do lançamento do filme e pediu que seu corpo fosse cremado, costume pouco comum no Mexico dos anos 50.

Cotação: *** ½

Lourival Sobral            


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