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- Coluna de Cinema -
2004

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Dicas da semana:
(Período de 24.10.2004 à 30.10.2004)

Baran (Baran), de Majid Majidi, Irã, 2001 - O cinema iraniano tomou de assalto a cena internacional no início da década de noventa com filmes de temática simples mostrando os sentimentos humanos frente a fatos extremamente simples da vida naquele país.

            Em “Baran”, temos as dificuldades dos refugiados afegãos em viver num país que, apesar de recebê-los, impõe enormes restrições em sua busca pela sobrevivência.

            O filme narra a história de amor de um jovem iraniano por uma jovem afegã que trabalhara travestida de garoto numa obra de construção enquanto seu pai se recuperava de um acidente de trabalho. Uma trama repleta de momentos de sublime ternura que enternece aqueles que têm a oportunidade de assisti-la.

            O diretor Majidi consegue narrar sua história com enorme sensibilidade, fazendo um filme enxuto, em que não há cenas desnecessárias e parece que cada tomada está a serviço de um interessante resultado final.

Cotação: *** ½

Roger, o Conquistador (Roger Dodger), de Dylan Kidd, 2002 - Roger (Campbel Scott) em meio a crise em seu relacionamento com sua chefe (Isabella Rossellini), recebe a visita de seu sobrinho Nick (Jesse Eisenberg) que deseja conhecer a noite nova iorquina e, especialmente, conhecer os segredos da conquista e do sexo casual.

            O filme narra a aventura noturna de tio e sobrinho por festas e bordéis em que personagens da noite acabam por influenciar a jornada do jovem Nick que conhece as possibilidades que a noite traz e, sem grande clareza, acaba por modificar sua visão do mundo.

            O roteiro peca pela excessiva verborragia, todos os personagens parecem ter idéias sobre tudo e se esforçam em relatá-las nas mais comezinhas situações notívagas. Tal fato, prejudica a compreensão do filme e a quebra de ritmo o faz resvalar na chatice.

            O grande trunfo do filme é a excepcional performance de Campbell Scott ( “Meu Querido Companheiro” e “Tudo por Amor”) que com grande força interpretativa torna seu antipático garanhão de meia-idade, um anti-herói moderno, um verdadeiro contra-ponto a inocência do jovem iniciado por ele nas relações frívolas das grandes cidades.

            Um filme moderno, interessante que, apesar dos pecados, pode ser bastante interessante para um bate-papo sobre relações humanas.

Cotação: ***

Lourival Sobral   
Colunista do Portal Brasil    


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