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- Coluna de Cinema -
2005

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Dicas da semana:
(Período de 06.02.2005 à 12.02.2005)

Perto Demais (Closer), de Mike Nichols, 2004 - O diretor Mike Nichols leva para a tela grande a peça de Patrick Marber, marco do teatro contemporâneo que narra a trajetória de dois casais que se encontram e desencontram num emaranhado de confusões e jogos emocionais.

            Dan (Jude Law) escreve obituários em jornais, Alice (Natalie Portman) stripper em clubes noturnos, a fotógrafa Anna e o médico Larry (Clive Owen) tem diálogos profundos e sem meias palavras para descortinar a alma humana e a viabilidade das relações conjugais.

            Quatros seres contemporâneos sendo movidos por seus instintos e pondo à prova anos de civilização que não conseguiram corromper a necessidade de prazer e vaga ilusão do amor que se mostra sempre mutável e sensível as menores alterações metereológicas.

            Um diretor em boa forma com elenco afiadíssimo tornam “Perto Demais” obrigatório, valendo ressaltar a presença magnética da outrora atriz juvenil Natalie Portman e a brilhante construção de seu personagem feita por Clive Owen.

            Vale assistir esse tratado sobre relações humanas do início do milênio, mas que pode ser incômodo por seu palavreado direto e pelas posturas tomadas pelos protagonistas que, perfeitamente verossímeis, estão longe da idealização costumeira das relações sentimentais.

Cotação :**** ½

Alexandre (Alexander), de Oliver Stone, 2004 - A vida do conquistador Alexandre, o Grande levada à tela pelas mãos do diretor Oliver Stone (“JFK”, “Platoon”, “Nascido em 4 de Julho”) gerou muita polêmica por ter mostrado a relação entre o personagem central (Colin Farrell) e um dos seus generais, Hefestion (Jared Leto).

            Stone enfoca algumas passagens da vida de Alexandre que, em pouco mais de de trinta anos de vida, conquistou praticamente todo o mundo conhecido até então e sua intenção de levar aos povos bárbaros a cultura grega.

            O filme amarra os episódios com narração de Ptolomeu (Anthony Hopkins) que tenta costurar os diversos eventos, que, por vezes, parecem disconexos, transformando o filme num mosaico daquela época carente de emoções.

            A questão da sexualidade de Alexandre permeia todo o filme e é excessiva. O diretor não se define entre demonstrá-la e ocultá-la, ficando num meio-termo tão morno que prejudica o conceito de épico do projeto e, nem deixa espaço para que houvesse um mergulho na vida de Alexandre.

            O elenco irregular prejudica o resultado final. Se Colin Farrell consegue dar certa credibilidade ao seu Alexandre, Angelina Jolie e Val Kilmer, seus pais na tela, estragam boa parte de suas cenas com interpretações vários tons acima do desejado.

            O filme merece ser visto, entretanto, com mero interesse histórioco. Apesar das incorreções e interpretação livre do diretor sobre a história, não há como não se entusiasmar com o maravilhoso trabalho de produção de época que é um verdadeiro colírio para os olhos.

Cotação: ** ½

Lourival Sobral      
Colunista do Portal Brasil   
   


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