Em “Salomé”, o diretor traz o processo de montagem e a realização de um balé flamenco tendo como base a história bíblica de São João Batista, Herodes e Salomé.  O resultado é de rara beleza, ainda que restrito àqueles que apreciem a dança flamenca.

            Na primeira parte da narrativa, o diretor vivido por Peré Arquillié resolve problemas inerentes ao processo de realização de um espetáculo, opta por cenários; os atores explicitam suas histórias pessoais e como a dança é importante em suas vidas e o processo de ensaio.

            A segunda parte do filme é de rara beleza com bela música e um competente grupo de atores-bailarinos que levam a cabo o espetáculo com resultado extremamente satisfatório, com soluções cênicas inteligentes.

            A chance de ver um pequeno filme sobre música flamenca e matar a saudade do competente realizador que já foi Carlos Saura numa fita para iniciados no paso doble  e na copla.

Cotação: *** ½

            O ator que tornou-se sucesso em filmes de ação, com destaque para o interessante “Eclipse Mortal”, demonstra nessa tentativa de fazer comédia suas claras limitações dramáticas que ainda encontra um roteiro pífio que em nada o ajuda.

            Impossível não fazer referência ao trabalho de Arnold Schwarzenegger em “Um Tira no Jardim de Infância” e, na comparação, Diesel perde feio para o governador da Califórnia.

            Um filme de uma piada só e que é mero veículo para o público que gosta das peripécias de Vin Diesel, ainda que o ritmo do filme seja bem menos elétrico que o dos outros filmes do ator.