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Julho e Agosto / 2002
PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO: O CAMINHO PARA O SUCESSO - 29.08.2002
Toda empresa que pretende conquistar a preferência e a plena satisfação dos consumidores para, assim, atingir a almejada liderança do mercado, deve investir em um planejamento bem estruturado e sustentável ao longo dos anos. Planejamento que também deve ser suficientemente flexível para absorver eventuais ajustes ou correções de rotas necessárias, sem provocar grandes traumas para a empresa.
Observe o que acontece com o indivíduo que não planeja sua carreira profissional, sua vida afetiva e suas ambições pessoais, para ter objetivos bem definidos e os meios para alcançá-los. Ele fica completamente perdido e, sem saber que rumo tomar, age por impulsos e desperdiça boa parte de seu tempo na solução de problemas que poderiam ser evitados. Em outras palavras, quem não planeja está sempre correndo atrás do prejuízo: ambiciona algo, mas não sabe como agir para ser bem sucedido e se, por um golpe de sorte, surgem benefícios inesperados, não tem a receita para gerenciá-los adeqüadamente. Portanto, um planejamento com estabelecimento de metas e objetivos, bem como com diretrizes e ferramentas que serão utilizadas para alcançá-los, é uma necessidade na vida de qualquer cidadão que almeja alcançar o sucesso.
Em qualquer empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte, as coisas não
são nada diferentes. Todas elas necessitam de uma rota previamente
estabelecida, com metas claras e objetivas, que proporcionem aos seus
colaboradores condições para manter o rumo sem se complicarem. Sem isto, elas
estarão colocando em xeque a credibilidade, a motivação de seus funcionários
e, conseqüentemente, a própria realização dos lucros almejados pela organização.
Somente em circunstâncias muito especiais, e ainda contando com muita sorte, é
que algumas delas poderiam lograr êxito na acirrada disputa pela preferência
dos consumidores cada vez mais exigentes, num mercado extremamente competitivo.
Para ser eficiente, um planejamento estratégico deve ser elaborado a partir de
cinco etapas básicas: 1º - Análise do ambiente, que consiste numa investigação minuciosa voltada a
detectar os pontos fracos e os pontos fortes da organização, para corrigir
suas falhas e procedimentos inadequados, bem como identificar as oportunidades e
armadilhas que caracterizam o mercado, a fim de prever sua exploração de forma
sadia e segura; 2º - Diretriz
organizacional, que é a definição da meta da empresa, sua missão e os
seus objetivos. Missão, que visa explicitar aos clientes e aos colaboradores a
finalidade da empresa no mercado e a razão de sua existência, e objetivos que
a nortearão nos caminhos traçados para o sucesso. Definem-se os nichos de
mercado que serão explorados, a fatia do mercado (Market Share) que se
pretende conquistar, o público alvo, as estratégias de vendas, os
investimentos necessários em tecnologia, no desenvolvimento dos novos
produtos/serviços, em treinamentos e etc;
3º - Formulação da estratégia, que significa
definir todas as ações necessárias e a forma como elas serão implementadas
para que a empresa atinja os objetivos propostos no plano. É uma etapa de vital
importância o sucesso e, por isso mesmo, deve receber atenção especial, pois
logo em seguida vem a implantação; 4º - Implementação da estratégia,
nada mais é do que a deflagração do processo de implantação da estratégia
organizacional concebida da terceira etapa. Aí o tempo é o maior inimigo, ao
contrário das fases anteriores. Nesta não se pode dar ao luxo de discussões
sobre o que já está definido, nem com discursos desnecessários, sob pena de
se ter que amargar um grande fracasso. 5º
- Controle estratégico, que é um passo complexo, tanto quanto é o da
quarta etapa, consiste no estabelecimento do processo ideal de monitoração,
como também o da manutenção da execução e o da própria avaliação dos
resultados programados.
Portanto, é inquestionável que um planejamento estratégico é fundamental. A questão é a de se adotar uma estratégia mais arrojada ou menos arrojada. Caso a opção escolhida se mostre inviável através dos resultados da avaliação do custo/benefício apurado nas primeiras etapas, a empresa deve adotar um plano mais modesto. O que ela não pode de forma alguma é ficar sem um.
ÓCIO/REPOUSO:
CADA VEZ MAIS DIFUNDIDO NO DICIONÁRIO EMPRESARIAL - 21.08.2002
A
enorme agitação provocada pela necessidade cada vez maior de estarem
continuamente alertas às constantes variações das regras do jogo no mercado e
agirem sempre com rapidez e precisão, imposições da crescente onda criada com
a globalização, com as fusões e aquisições daqui e lá de fora, deixam líderes,
estrategistas e colaboradores num estado de permanente estresse nos dias de
hoje.
A prática de atividades físicas, do lazer, do relaxamento, da diversão, da meditação, do repouso ou até mesmo de um breve cochilo no ambiente de trabalho, inclusive com a ajuda de psicólogos, foi a saída encontrada por algumas empresas para neutralizar o estresse produzido pela agitação do dia-a-dia, além de reduzir os efeitos dos problemas pessoais dos funcionários, que, inevitavelmente, são levados para o trabalho e acabam prejudicando seu desempenho. Elas sacrificam uma pequena parte da jornada diária de seus funcionários, com o objetivo de repor suas energias e, ao mesmo tempo, garantir a melhora do nível de relacionamento, da motivação, da satisfação pessoal e profissional e da própria auto-estima de todo o grupo. Os resultados positivos são comprovados por estudos realizados pelos próprios executores do projeto.
Mas apenas um número reduzido de empresas do mercado entendeu dessa forma. Pois a grande maioria ainda não conseguiu enxergar os enormes benefícios que podem ser gerados a partir da adoção de tais práticas entre seus funcionários. É só perda de tempo, alegam. Até mesmo entre líderes e colaboradores, há quem encare o método como pura demagogia dos patrões. Improdutivo e demagógico, portanto! Será?
Acontece que dá resultado! Motoristas profissionais comprovam isso. Principalmente os caminhoneiros que percorrem grandes distâncias, muitas vezes com cargas perecíveis, e não dispõem de muito tempo para um merecido repouso regular. Mas o corpo está cansado e a mente pede uma pausa. Parar é preciso! Um breve cochilo de 15 minutos e pronto! Suas “baterias” estão recarregadas para reiniciar a jornada. Alertas e mais ligados, pelo menos por mais duas ou três horas de estrada, até que um novo sinal de alerta indique o momento de repetir o ritual.
Ora, se apenas um breve cochilo é suficiente para devolver os reflexos àqueles que dirigem o tempo todo sob tensão e a pressão de cronogramas apertados, calculem os benefícios que trariam a prática de duas ou mais daquelas atividades já mencionadas para os colaboradores, líderes e, é claro, para a própria organização. Então, se o “artifício” é comprovadamente benéfico para caminhoneiros, porquê não aceitar o fato de que qualquer profissional pode se valer dele?
É verdade que os obstáculos se interpondo entre a necessidade de se fazer alguma coisa e a realidade de uma organização empresarial são muitos. Os inúmeros treinamentos, as palestras, os eventos, as viagens de negócios, as negociações com fornecedores e clientes, as pendências, as intermináveis reuniões para planejamentos e estratégias, enfim, esses e muitos outros compromissos do dia-a-dia não deixam qualquer espaço para práticas não convencionais. Porém, também não é segredo que qualquer compromisso poderá ser cumprido com maior eficiência e em menor tempo, desde que o grupo esteja emocionalmente equilibrado e motivado para fazê-lo.
Então o que falta é um pouco mais de arrojo e determinação por parte dos empresários, encarar a realidade atual do mercado, encontrar seu ponto de equilíbrio entre o querer e o poder, e partir para um planejamento que viabilize a eliminação de desperdícios de tempo e a economia de outro tanto nas atividades que podem ser simplificadas, algumas até mesmo suprimidas. Assim eles poderão estar disponibilizando tempo suficiente para a implementação das atividades voltadas a trabalhar o lado emocional de seus líderes e colaboradores. É o que vai possibilitar uma decolagem rumo aos bons resultados institucionais, quem sabe até à liderança do mercado.
Mas, antes de tudo é preciso querer! Ou a maioria das empresas irá sucumbir às leis do mercado, como tantas outras que preferiram não enxergar o óbvio.
A
ÉTICA DA MORAL E DOS BONS COSTUMES NO MUNDO CORPORATIVO - 13.08.2002
Falar em ética da moral e dos bons costumes é uma necessidade na atual
conjuntura empresarial. São assuntos não muito convencionais, mas de vital
importância no meio corporativo, onde pequenos detalhes às vezes fazem a
diferença. É o caso do aculturamento das pessoas, por exemplo, cujas ações e
atitudes poderão produzir efeitos positivos ou negativos para a organização,
dependendo de como esses funcionários foram educados.
É
absolutamente inconcebível imaginar resultados positivos florescendo em
ambientes onde os anseios e ambições de determinados funcionários estão
sempre acima de quaisquer outros interesses e benefícios institucionais. São
pessoas que pisam em seus próprios colegas para galgar postos que levem ao
poder, ter mais autonomia e melhorar seus ganhos, objetivos que perseguem
ferozmente qualquer que seja o custo para alcançá-los, mesmo que para isso
outras pessoas devam ser sacrificadas. E não raras vezes, acontece sob os
olhares complacentes dos superiores. Alguns chegam a ser coniventes com as trapaças.
O
objetivo: vencer profissionalmente e atingir o topo das realizações! Todos
querem! Afinal, são ambições dos que sonham com o poder, todos tem. Porém,
que cheguem lá por seus próprios méritos e o façam com lisura, não
recorrendo a expedientes e artifícios condenáveis, armas de grosso calibre que
tiram os méritos daqueles que lutam honestamente.
É inegável
que toda empresa deseja exibir uma boa imagem nas vitrines do mercado.
Entretanto, esse é um status que só será alcançado pelas empresas que
dispensarem especial atenção aos princípios éticos da moral e dos bons
costumes, imprimindo uma política voltada a fixar permanentemente seus
preceitos entre líderes e colaboradores. Porque são exatamente esses preceitos
que nortearão as condutas e comportamentos, não apenas nas relações
interpessoais, mas também nas relações da empresa com seus fornecedores,
governo, comunidade e com as parceiras. É o que vai garantir uma boa imagem da
organização perante o mercado e a sua conseqüente vantagem competitiva no
confronto com a concorrência.
Para uma
implementação bem sucedida, será necessária a criação de uma
“cartilha” contendo o conjunto de regras que deverão ser seguidas por todos
os profissionais da organização. Ou seja, um manual que ajude na disseminação
da nova filosofia da empresa, ao mesmo tempo em que servirá de fonte de
consulta para dirimir dúvidas futuras sobre determinadas atitudes ou
comportamentos.
Também
será preciso criar a figura de um guardião dos bons costumes. Um especialista
da área, que terá a incumbência de acompanhar e assegurar a correta aplicação
das novas diretrizes, avaliar os resultados alcançados e efetuar os ajustes
necessários ao projeto, de modo a garantir que a implementação seja bem
sucedida.
A partir daí, com atitudes e comportamentos mais sensatos harmonizando o ambiente de trabalho, maiores cuidados poderão ser tomados com as questões menos lembradas, mas que são determinantes para a imagem das empresas, como é o caso do meio ambiente, das reclamações trabalhistas, dos direitos do consumidor, dos direitos humanos e principalmente das transparências nas demonstrações dos resultados que devem disponibilizar informações críveis aos acionistas, maiores serão os efeitos positivos sobre a imagem da organização nas vitrines do mercado e tanto maiores serão também os benefícios institucionais.
A
QUALIDADE QUE O CONSUMIDOR NÃO QUER - 06.08.2002
Muitas vezes, produtos e serviços com exagero de qualidade são colocados no
mercado a preços muito elevados e sem qualquer chance no confronto com as
ofertas da concorrência. É o que pode acontecer quando a dosagem deste quesito
não for adequadamente calculada, a fim de não permitir prejuízos de
competitividade dos produtos/serviços oferecidos.
É necessário encontrar o ponto de equilíbrio entre a ausência e o
excesso de qualidade, ou seja, uma referência que ajudará o empresário na
correta aplicação da dose de qualidade aos seus produtos ou serviços. É um
fator indispensável à boa performance da empresa na disputa com a concorrência,
que pode ser viabilizado por uma boa pesquisa entre clientes e consumidores,
voltada a identificar seus anseios e necessidades com relação à tecnologia,
design e atendimento.
Tanto os líderes e estrategistas como os próprios colaboradores, devem
estar sempre atentos aos seus produtos e serviços no mercado, a fim de avaliar
sua aceitação e, se for o caso, entender as razões do insucesso, para, a
partir daí, trabalharem na sua melhoria e/ou adaptação às necessidades e
anseios do consumidor final, pelo menos o suficiente para não decepcioná-los
nas questões de qualidade e preço. Caso contrário não será possível
descobrir os problemas em tempo de evitar grandes prejuízos para a organização,
muito menos descobrir as razões do fracasso.
Neste contexto, o empresário não pode abrir mão da implementação de
um programa de qualidade. Programas como o ISO 9000 e 14000, Qualidade Total,
3QP1POC, Ciclo PDCA, Espinha de Peixe, 6SIGMA, entre outras, são poderosas
ferramentas para um adequado ajuste das empresas à atual conjuntura de abertura
de mercado, globalização, formação de blocos econômicos e acirrada competição.
Elas não só representam diferenciais de vantagens na disputa por uma fatia do
mercado, mas também uma questão de sobrevivência na competição. O sucesso
das inúmeras empresas que lançaram mão de um desses programas de qualidade -
a maioria delas alcançou o topo do mercado - comprova a eficácia dos mesmos.
Todavia, se pretende garantir a manutenção do status de liderança do
mercado, o empresário não pode vacilar, sob pena de sofrer grandes reveses com
os seus projetos e planos futuros. Para que tais dissabores não ocorram, é
indispensável que se trabalhe intensiva e insistentemente no acompanhamento das
evoluções tecnológicas, dos índices macroeconômicos e das tendências
mercadológicas, fatores que poderão interferir significativamente nos rumos da
organização, cujos projetos deverão ser continuamente ajustados de acordo com
a nova realidade do mercado.
Não menos importantes são os cuidados que o empresário deve ter com a
qualidade de vida e o bem estar dos seus funcionários. Não fazê-lo seria
subestimar a força de seus concorrentes que investem parte de seus lucros em
treinamentos e na melhoria dos salários e benefícios de seus colaboradores,
mantendo-os compatíveis com as melhores médias do mercado. Qualquer descuido
nesse sentido pode significar a perda de cabeças pensantes para a concorrência
e uma provável desarticulação da equipe vencedora. Daí para o naufrágio
de todo o projeto, seria apenas uma questão de tempo.
Todas essas questões são contempladas por uma boa ferramenta de gestão empresarial. O que significa que, investir na implementação de um desses programas pode representar a equalização da maioria dos problemas que atormentam empresários e colaboradores no seu dia-a-dia, além de garantir uma administração tranqüila e segura, que resulte na plena satisfação do consumidor e, conseqüentemente, no sucesso de todo o empreendimento.
A
IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DE VIDA E DO BEM ESTAR DOS COLABORADORES - 24.07.2002
Proporcionar qualidade de vida aos seus colaboradores, bem como cuidar do bem
estar de todos eles, é uma exigência imposta pela atual conjuntura econômica.
São fatores vitais para o sucesso de qualquer empreendimento voltado a defender
um espaço já ocupado e/ou conquistar novos clientes na acirrada disputa pela
preferência do consumidor.
A todo o
momento surgem novos desafios e armadilhas no mercado, para os quais a empresa
deve estar suficientemente preparada, sob risco de ver desmoronar todos os seus
projetos voltados a obter a liderança do mercado e ao sucesso empresarial. Daí
a enorme importância de se contar com um grupo formado por líderes e
colaboradores satisfeitos profissionalmente e com uma qualidade de vida nunca
inferior à proporcionada pela concorrência. É o que faz boa parte das
organizações, ao oferecer refeições balanceadas em seus refeitórios,
academias de ginástica para a prática de atividades físicas, avaliações médicas
periódicas supervisionadas por profissionais especializados, avaliações de
desempenho que possam resultar em promoções, salários e benefícios compatíveis,
planos de saúde, enfim, tudo aquilo que tem o poder de proporcionar a plena
satisfação profissional dos colaboradores e motivá-los a aprimorar seu
desempenho e suas habilidades em prol da organização.
Algumas empresas conseguem uma maior motivação e reconhecimento por
parte de seus funcionários, com uma simples flexibilização de horários que
lhes permitam tratar de assuntos particulares impossíveis de serem resolvidos
fora do horário comercial. Assuntos como a educação dos filhos, a escola, a
saúde da família, as compras, que vivem atormentando os funcionários e
interferindo no seu rendimento dentro da empresa, são algumas das dificuldades
que, na maioria das vezes, poderiam ser superadas com pequenos ajustes da
jornada de trabalho. Outras organizações adotam a prática de reservar uma
parte do tempo, sempre antes do início de cada jornada, para meditação de
seus funcionários, como um meio de minimizar os efeitos negativos que as
preocupações exercem sobre seus funcionários e, conseqüentemente, melhorar
sua concentração para o trabalho e para a própria superação de seus
problemas cotidianos.
Entretanto, de nada vai adiantar a consciência de que todos esses fatores podem significar um grande impulso para a empresa, na busca da liderança do mercado, se o empresário encarar os seus custos como investimentos de risco. Ele deve, isto sim, encará-los como investimentos de retornos garantidos e que, sendo aplicados com sabedoria poderão resultar no sucesso absoluto dos projetos da organização. Pois, não se pode pretender segurar as cabeças pensantes, que sempre são cortejados pela concorrência, ou manter a motivação dos colaboradores, sem que os mesmos tenham benefícios pelo menos iguais aos de seus colegas de empresas concorrentes. O custo/benefício é compensador e deve representar uma grande vantagem na competição. Por isso ele não deve ser desprezado. É só observar os resultados obtidos pelas empresas que adotaram estratégias parecidas.
OS
CINCO SENSOS DO COMBATE AO DESPERDÍCIO - 17.07.2002
O 5S, como é conhecido, é uma ferramenta de qualidade
oriunda do Japão, que foi idealizada por cinco japoneses, a partir da criação
de técnicas eficientes e eficazes voltadas à redução de custos, otimização
dos recursos materiais, tecnológicos e humanos, bem como ao combate de desperdícios.
É um instrumento cuja implementação é feita em cinco fases, cada uma delas
representada por um senso. São eles:
1.
Senso de utilização e descarte (seiro):
é o mecanismo cuja aplicação resulta numa
verdadeira peneirada no sistema operacional da empresa, separando o atual do
obsoleto, o útil do inútil e descartando os itens que só atrapalham o
rendimento dos colaboradores, além de priorizar procedimentos, materiais e
equipamentos usuais, ou seja, os de utilidade imediata e na dose certa. Assim
elimina-se desperdício de materiais, espaços ocupados por estoques desnecessários
e o emprego da energia adicional, além de livrar os processos do excesso de
burocracia e da morosidade que ela acarreta. É o que irá contribuir
enormemente com a organização de um arranjo físico (layout) de qualidade,
destinado a facilitar o tráfego de processos e de pessoas dentro da empresa e o
próprio controle da produção.
2.
Senso de ordenação e arrumação (seiton):
é o senso da organização. Cada coisa em seu devido,
único e exclusivo lugar, sempre à vista, em condições de uso e disponível o
mais próximo possível do local onde sua utilização é mais freqüente, para
onde deverá retornar tão logo esteja disponibilizada, e nunca sem condições
de uso. Isso resultará em menor desgaste físico e emocional dos colaboradores,
já que eles encontrarão o que necessitam sem dificuldade, deslocando-se o mínimo
necessário pelos espaços já reduzidos, sem a necessidade de saírem à
procura deste ou daquele objeto, ou mesmo enfrentar as trapalhadas típicas de
ambientes desprovidos de uma organização apropriada.
3.
Senso de limpeza (seiso): é o que enfatiza a importância de se trabalhar em um ambiente limpo e
saudável, fortalecendo a conscientização dos colaboradores para essa
necessidade, de modo que todos possam desempenhar suas funções, satisfeitos
com seu local de trabalho, seguros e à vontade. Assim eles desenvolverão o hábito
de manter o ambiente sempre limpo e agradável, retirando as sobras de materiais
e acondicionando-as em local apropriado. É o que vai determinar uma sensível
melhora no aproveitamento dos materiais, um melhor desempenho das máquinas e
equipamentos e o conseqüente aumento da produtividade. Além de passar para os
clientes uma imagem de limpeza e segurança no ambiente de trabalho e de excelência
na qualidade dos produtos da empresa.
4. Senso de saúde e higiene (seiketsu): é o senso que prioriza a manutenção da higiene pessoal e a saúde de cada colaborador, seu relacionamento com a família, sua qualidade de vida, seu estado psicológico e emocional, e até mesmo sua religiosidade. Além de contemplar outros aspectos, como a segurança no ambiente de trabalho, o relaxamento, o nível de estresse, o grau de motivação, enfim, tudo o que pode interferir com a eficiência dos colaboradores no desempenho de suas funções.
5.
Senso de autodisciplina (shitsuke): é o senso que tem como mote uma assídua obediência aos sensos
anteriores, em busca de uma constante melhoria nos processos, de maior eficiência
na educação e aprendizado dos talentos, da menor necessidade de controles,
principalmente aqueles voltados a fiscalizar comportamentos de terceiros, bem
como da conscientização permanente do grupo sobre a importância da ferramenta
5S. Para o bem estar de todos e o próprio futuro da organização.
3Q1POC:
UMA FERRAMENTA DE GESTÃO INDISPENSÁVEL - 13.07.2002
Com o processo de abertura de mercado, estabilização dos preços e otimização
da qualidade, além da redução dos custos, os investimentos em projetos e
programas de qualidade passaram a serem considerados prioridade absoluta para a
maioria das empresas. Objetivam melhorar a competitividade de seus produtos, ao
mesmo tem em que, através da plena satisfação dos consumidores cada vez mais
exigentes, conquistar novas fatias de um mercado cada vez mais disputado.
Quando se conclui que é chegada a hora de investir na implementação de
projetos e programas destinados à otimização da estrutura organizacional e da
qualidade dos produtos da empresa, com redução de custos e, por conseqüência,
aumentar sua competitividade na acirrada disputa pelo mercado, não se pode
abrir mão de ferramentas de gestão eficazes como o 3Q1POC (Quem, Quando,
Quanto, Porque, Onde, Como), especialmente quem deseja fazê-lo de forma
organizada e bem estruturada. A não utilização de tais ferramentas pode
resultar em desperdício de dinheiro e num retumbante fracasso.
Mas afinal, que ferramenta é esta?
O 3Q1POC identifica-se com seis definições básicas:
Quem: são
as pessoas escolhidas cuidadosamente para tocarem o projeto, definindo as
ferramentas ideais, os cronogramas, a operacionalização, o adequado
acompanhamento e a avaliação da execução das diferentes fases do projeto e
suas ramificações dentro da empresa, a compilação de informações e dados
necessários às avaliações, os critérios de avaliação, as correções de
rotas, enfim, todas as variáveis inerentes ao projeto. São as cabeças
pensantes que estarão à frente dos trabalhos desde a implantação do projeto
até a avaliação final dos resultados;
Quando:
são as definições sobre duração da implantação do projeto em todas as
suas etapas, devendo contemplar as datas iniciais e duração de cada fase da
execução, além da elaboração de cronogramas de implantação, execução,
acompanhamento e as reuniões periódicas para avaliações e ajustes. Sem um
cronograma bem estruturado a empresa fica sem rumo e os responsáveis pelo
projeto, totalmente perdidos e sem elementos para avaliar se os resultados estão
compatíveis com os definidos para cada etapa;
Quanto:
quanto vai custar o projeto? Qual será o capital necessário para pô-lo em prática
conforme foi concebido? A empresa terá os recursos suficientes e/ou disponíveis
para arcar com os investimentos, nas datas previstas no cronograma? Todas estas
questões devem ser previamente estudadas, antes do início da implantação do
projeto. O orçamento deve ser muito bem planejado e minuciosamente elaborado e
adequado à capacidade financeira da empresa, além de prever uma certa folga
para eventuais ajustes necessários. Ou ela ficará sujeita ao risco de sérias
turbulências no meio do caminho;
Porque:
constatada a necessidade de se implantar um projeto desta natureza, os motivos
devem ser minuciosamente explicados, enfatizando os principais pontos fracos da
organização e os pontos fortes do projeto, que levarão a empresa a uma correção
de rumos e ao sucesso. A avaliação destes pontos, os fracos e os fortes, e a
definição de viabilidade em relação ao custo/benefício, darão aos
dirigentes condições para decidir sobre a implantação. Todos os
colaboradores devem estar convencidos da importância que o programa representa
para todos e para a organização, para que ajudem e participem juntamente com a
equipe do projeto;
Onde: a
abrangência do projeto. Quais setores da empresa serão os mais afetados, os
locais de maior relevância que deverão receber atenção especial durante a
execução, quais atividades e departamentos da empresa serão os mais atingidos
pelas mudanças, enfim, todos aqueles que, direta ou indiretamente estarão
envolvidos com o projeto. São fatores de importância vital para o programa,
devendo ser exaustivamente avaliados, para que todas as prioridades sejam
corretamente definidas de acordo com as respectivas importâncias;
Como:
de que forma acontecerá a implantação, a execução e a participação dos
setores e dos colaboradores, quais serão os critérios para a escolha dos
responsáveis, a delegação de poderes e a cobrança de resultados, quais serão
os treinamentos necessários, os equipamentos, etc..., para que o projeto tenha
êxito. Tudo deve ser minuciosamente estudado, para facilitar a escolha das
alternativas ideais.
Ferramentas de gestão como o 3Q1POC não se presta apenas a implementação de
projetos e programas organizacionais. Elas também são bastante eficientes
quando utilizadas para o estabelecimento de metas e estratégias das empresas. O
exemplo aqui colocado serve para dar uma visão sobre sua aplicabilidade em
planejamentos, organização, detalhes e resultados. É indiscutível que o
3Q1POC se apresenta como uma arma de extrema eficiência quando se deseja
desenvolver projetos de alta relevância, voltados a proporcionar grandes
resultados para a empresa.
BRAINSTORMING
E BRAINWRITTING: UMA TEMPESTADE DE IDÉIAS - 03.07.2002
Com o mercado globalizado como está nos dias de hoje, os empresários não
podem se dar ao luxo de qualquer vacilo. Uma disputa cada vez mais acirrada pela
preferência do consumidor faz com que eles se envolvam numa outra briga com os
concorrentes, na disputa pelos melhores talentos do mercado. São as cabeças
pensantes que podem auxiliar uma organização na superação de cada novo
desafio que surge por imposição da conjuntura global.
Uma boa política de gestão participativa que motive e estimule os
colaboradores à superação, com a formulação de idéias e sugestões
criativas, podem levar a empresa a uma racionalização e a conseqüente melhora
dos lucros e dos resultados institucionais. Não é simples como fritar um ovo.
Tampouco chega a ser complicado como disfarçar um bocejo diante de uma oratória
cansativa. Basta descentralizar, delegando poderes àqueles que tem competência
para usá-los, e evitar a obsolescência dos instrumentos promotores da motivação
e da satisfação profissional. Pois, não se pode pretender que seus
colaboradores fiquem indiferentes às melhores condições oferecidas a colegas
de outras empresas. Tampouco se pode subestimar a tentação que o assédio da
concorrência pode exercer sobre seus talentos. Negligenciar tais cuidados pode
custar a perda de peças chaves e a volta à estaca zero.
O
conhecimento das expectativas e das idéias dos funcionários sobre a empresa,
aliado a uma abertura comunicacional, fecha com chave de ouro um processo de
implantação da tempestade de idéias. A descentralização pela delegação de
poderes e atribuições, torna mais flexível o processo decisório e estimula
os colaboradores a participarem mais ativamente dos negócios da empresa,
levando-os à satisfação profissional. Pois, ao se dar conta de que estão
investidos de maiores responsabilidades sobre o futuro da empresa e que também
participam das tomadas de decisões antes restritas aos gabinetes, sentem na própria
pele os dramas vividos pela direção da empresa. Porquê, quando, como, onde e
quanto, são dúvidas que eles passam a dividir com os patrões no dia-a-dia,
que induzem-nos a agir proativamente, antecipando-se às necessidades com boas
idéias e sugestões vencedoras, além de motivá-los a investir em seu
auto-aperfeiçoamento. Todos querem, mostrar suas aptidões, sensibilizar os caça-talentos
e assumir um cargo de maior responsabilidade, ninguém foge à regra. Eles se
sentirão muito mais motivados a contribuírem com o aumento da produtividade e
das vendas, além da redução dos custos, que levarão a empresa em direção
à ambicionada excelência empresarial. É o que pode fazer a diferença entre o
sucesso e o fracasso dos projetos em andamento.
Nesse contexto pode-se destacar duas ferramentas de eficácia comprovada,
que devem ser implementadas simultaneamente, de modo a atingir todos os funcionários:
o Brainstorming e o Brainwritting. Ambas possuem as mesmas configurações,
exceto pelo fato de que a segunda é talhada para alcançar os mais
introvertidos, isto é, aqueles colaboradores cuja dificuldade de comunicação
inviabilizam a exposição de suas idéias pela via oral. Nestes casos, eles são
estimulados a fazê-lo através de bilhetes que são depositados em urnas específicas
para avaliação posterior. No conjunto, essas ferramentas de gestão objetivam
assegurar o envolvimento de todos os funcionários com os negócios da empresa,
estimulando-os a participarem e expressarem suas opiniões e idéias sobre os
diferentes assuntos de interesse comum. Discussões sobre os rumos que devem ser
tomados, as tendências do mundo dos negócios, as interferências da conjuntura
econômica, as estratégias a serem traçadas, as inovações mercadológicas,
enfim, deve-se trabalhar com todos os assuntos que, direta ou indiretamente,
podem interferir nos negócios da organização.
Contudo, não se pode esperar grandes resultados se antes não houver um
trabalho voltado a conscientizar todos os colaboradores sobre a importância de
expor suas idéias assim que elas brotem, ou seja, sem se prender a muitas análises
apenas pelo medo da exposição ao ridículo. Pois, está provado que muitas
criações brilhantes foram concebidas a partir da lapidação de idéias
aparentemente absurdas. Um exemplo? Um empresário descobre que os custos com a
embalagem de seus produtos tornavam-os pouco competitivos no mercado. Reúne seu
pessoal em busca de soluções e alguém propõe de utilização de jornais como
embalagem. A idéia foi aprovada e assim foi feito. Os custos diminuíram, mas a
produção caiu pela metade. Então, descobriu-se que os empacotadores desperdiçavam
boa parte do seu tempo, atraídos pelas matérias antigas dos jornais. Outra
reunião e uma idéia macabra: “furem os olhos dos empacotadores!”. É claro
que a medida não foi adotada, mas a idéia absurda apontou o caminho: contratar
empacotadores cegos.
Portanto, que não se iludam os que subestimam a capacidade inventiva de seus colaboradores em todos os níveis, com repressão às iniciativas e restrição a acessos, a concorrência está aí para ganhar. Então, o melhor que eles tem a fazer é encarar os fatos e partir para o ataque sem se descuidar da defesa. Ferramentas como o Brainstorming e o Brainwritting podem significar uma solução definitiva para os problemas da empresa, senão para todos, pelo menos para os mais cruciais.
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