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Estados Brasileiros
P A R A N Á

GEOGRAFIAÁrea: 199.316,69 km2. Relevo: baixada no litoral, planaltos a leste e oeste, depressão no centro. Ponto mais elevado: pico Paraná, na serra do Mar (1.922 m). Rios principais: Paraná, Iguaçu, Ivaí, Tibagi, Paranapanema, Itararé, Piquiri. Vegetação: mangue no litoral, mata Atlântica, floresta tropical a oeste e mata das araucárias no centro. Clima: subtropical. Municípios mais populosos: Curitiba (1.751.907), Londrina (506.701), Maringá (357.077), Ponta Grossa (311.611), Cascavel (286.205), São José dos Pinhais (264.210), Foz do Iguaçu (256.088), Colombo (212.967), Guarapuava (167.328), Paranaguá (140.469), Apucarana (120.919), Toledo (119.313), Araucária (119.123), Pinhais (117.008), Campo Largo (112.377), Arapongas (104.150), Almirante Tamandaré (103.204), Umuarama (100.676), Cambé (96.733), Piraquara (93.207) e Fazenda Rio Grande (81.675) - 2010. Hora local: a mesma. Habitante: paranaense.

POPULAÇÃO – 10.444.526 (2006). Densidade: 52,40 hab./km2 (2010). Cresc. dem.: 1,4% ao ano (1991-2006). Pop. urb.: 83,6% (2004). Domicílios: 3.111.779 (2005); carência habitacional: 265.815 (2006). Acesso à água: 86,1% (2005); acesso à rede de esgoto: 68,5% (2005). IDH: 0,820 (2008).

SAÚDEMortalidade infantil: 17,9 por mil nascimentos (2008). Médicos: 16,9 por 10 mil hab. (2005).
Estabelecimentos de saúde: 5.779 (2009). Leitos hospitalares.: 389,8 por habitante (2009).

EDUCAÇÃOEnsino pré-escolar: 181.554 matrículas (71,80% na rede pública). Ensino fundamental: 1.677.128 matrículas (90,31% na rede pública). Ensino médio: 474.114 matrículas (88,95% na rede pública) - dados de 2009. Ensino superior: 292.018 matrículas (35,8% na rede pública - 2004. Analfabetismo: 6,6% (2008); analfabetismo funcional: 21,8% (2004).

GOVERNOGovernador: Beto Richa (PSDB). Senadores: 3. Dep. federais: 30. Dep. estaduais: 54. Eleitores: 7.121.257 (5,7% do eleitorado brasileiro - 2006). Sede do governo: Palácio Iguaçu. Praça Nossa Senhora da Salete, s/nº, Centro Cívico, Curitiba. Tel. (41) 350-2800. Site do governo: www.pr.gov.br.

ECONOMIAParticipação no PIB nacional: 6,2% (2004). Composição do PIB: agropec.: 18,4%; ind.: 40,0%; serv.: 41,6% (2004). PIB per capita: R$ 15.711 (2007). Export. (US$ 10,0 bilhões): soja e derivados (34,2%), veículos e peças (21,4%), madeiras (10,0%), carnes congeladas (8,2%), outros alimentos - milho, açúcar, café (8,8%). Import. (US$ 4,5 bilhões): veículos e peças (21,0%), Fertilizantes (9,1%), petróleo cru (8,9%), petroquímicos (4,8%), máquinas e equipamentos (4,1%), grãos (3,0%), miscelânea (36,6%) - 2005.
 Agências bancárias: 1.356 (2010). Depósitos em cadernetas de poupança: R$ 20.834,4 milhões (2010).

ENERGIA ELÉTRICAGeração: 84.506 GWh; consumo: 17.285 GWh (2004).

TELECOMUNICAÇÕESTelefonia fixa: 2,7 milhões de linhas (maio/2006); celulares: 4,0 milhões (abril/2006).

CAPITAL – Curitiba. Habitante: curitibano. Pop.: 1.788.559 (2006). Automóveis no estado: 3.447.394 (2010). Jornais diários: 6 (2006). Prefeito: Luciano Ducci (PSB). Nº de vereadores: 38 (2012). Data de fundação: 29/03/1693.
Distância de Brasília: 1.386 km. Site da prefeitura: www.curitiba.pr.gov.br.

Fatos históricos:

No século XVII, o atual território paranaense desperta grande interesse de portugueses e brasileiros, que descobrem ouro na região. Há também a intensificação do apresamento indígena pelos bandeirantes paulistas. Até então, colonos e jesuítas espanhóis são os principais povoadores de Paranaguá, no litoral, e Curitiba, no planalto, as vilas mais importantes.

No século XVIII, a consolidação e a expansão das atividades mineradoras em Minas Gerais relegam o Paraná a uma posição secundária. Subordinado à capitania de São Paulo, mantém a economia limitada à agropecuária de subsistência.

A província torna-se independente em 1853, e no final do século a economia paranaense é impulsionada pelo cultivo da erva-mate, seguido da exploração madeireira e das lavouras de café. A expansão cafeeira nas férteis terras roxas do norte do estado proporciona grande aumento populacional. Chegam ao Paraná migrantes do Rio Grande do Sul, de São Paulo, de Minas Gerais, de estados do Nordeste, além de imigrantes europeus e japoneses. Esse rápido desenvolvimento, no entanto, não ocorre sem conflitos. Entre 1912 e 1916, camponeses pobres enfrentam forças federais e estaduais na defesa de sua terra e de sua crença religiosa na região do Contestado, na divisa do Paraná com Santa Catarina. Na época, essa região é disputada pelos dois estados.

Declínio do café - No início deste século têm papel de destaque grandes companhias de colonização, como a inglesa Paraná Plantation. Em sua área de atuação surgem as cidades de Londrina e Maringá, que, entre os anos 50 e 70, se tornam importantes centros produtores de café.

A prosperidade está ligada a mudanças econômicas que produziram problemas sociais, particularmente no campo. Nos anos 70 estima-se que pelo menos 1 milhão de pequenos proprietários e trabalhadores rurais perderam sua terra e seu emprego. Isso é atribuído à concentração de terras e à crise agrícola provocada pela geada de 1975, que dizima as lavouras. Muitos agricultores sem terra se tornam boias-frias, outros deixam o estado rumo ao Centro-Oeste, à Região Norte e ao Paraguai. Aumenta a migração para as cidades, o que, nos anos 80, contribui para um acelerado e tardio processo de urbanização.

Cortado pelo Trópico de Capricórnio, o Paraná abriga o que restou da mata das Araucárias, uma das mais importantes florestas subtropicais do mundo. Na fronteira argentina fica o Parque Nacional de Iguaçu, tombado pela Unesco como patrimônio da humanidade. As Cataratas do Iguaçu atraem cerca de um milhão de turistas estrangeiros por ano (2011). A 40 km dali, na fronteira com o Paraguai, há a Hidrelétrica de Itaipu, a maior do planeta.

O movimento turístico também é significativo no Parque Estadual de Vila Velha, no município de Ponta Grossa, onde se encontram grandes formações rochosas esculpidas pela erosão da chuva e do vento. A ilha do Mel, que passa por um adiantado processo de divisão por causa do avanço do mar, atrai muitos turistas.

Situada a 900 m acima do nível do mar, Curitiba é a capital de maior altitude do país. É conhecida internacionalmente por oferecer excelente qualidade de vida e ser um laboratório de inovações urbanas. Foi ali que, das pranchetas do arquiteto Jaime Lerner, então prefeito da cidade, nasceu, em 1971, o primeiro calçadão do país. Lerner, atualmente em seu segundo mandato como governador, encontrou também soluções inovadoras para melhorar o sistema de ônibus urbanos, como a implantação de corredores, que mais tarde entraram no mapa de outras metrópoles. As evoluções urbanas coexistem em harmonia com o meio ambiente. Para cada habitante existem 55 m2 de área verde, índice 243% maior do que o mínimo recomendado pela OMS.

Num período de pouco mais de quatro anos, a partir de 1995, o Paraná atrai grandes investimentos. Segundo dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), enquanto o PIB brasileiro encolhe -0,12%, em 1998, o PIB paranaense evolui 2,54% no período, chegando a 58 bilhões de reais, e o PIB industrial do Estado, isoladamente, cresce 4,09%.

Dos estados da Região Sul, o Paraná foi o preferido pelas indústrias automobilísticas que se instalaram no Brasil nos últimos anos. Com a chegada da montadora de carros alemã Audi/Volkswagen, em 1999, a região de São José dos Pinhais, na área metropolitana de Curitiba, se consolida como um dos maiores polos automobilísticos do país, ao lado do ABC paulista e da cidade mineira de Betim. Desde o ano anterior já funcionavam ali a Chrysler, de origem americana, e a francesa Renault. Com o desenvolvimento de uma malha de fornecedores de autopeças e prestadores de serviços, o pólo automobilístico paranaense mantém cerca de 90 mil empregos.

Os novos empregos trazidos pelo processo de industrialização paranaense ajudam a reverter a tendência de crescimento de favelas em torno de Curitiba. As comunidades carentes da periferia em geral são provenientes do interior do estado, onde o processo de mecanização agrícola dificultou o acesso ao mercado de trabalho para a mão-de-obra desqualificada.

O Paraná hoje - Povoado principalmente por descendentes de alemães, poloneses e italianos, o Paraná conta com um setor agropecuário diversificado com altos índices de produtividade. O cultivo do café, responsável pelo início do processo de desenvolvimento econômico na virada do século, deu lugar à produção de soja, milho, algodão e trigo. O Paraná é um dos maiores produtores brasileiros de soja. O estado também se destaca na produção de hortigranjeiros, sendo o segundo maior produtor de batata do país. É ainda o segundo em criação de aves, respondendo por mais de 40% de toda a produção brasileira. Tem presença importante na pecuária, com o terceiro maior rebanho suíno do país e 6% do rebanho nacional de gado bovino de corte.

O Paraná possui o quinto PIB do Brasil, após São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Entretanto o crescimento do PIB paranaense vem apresentando sinais de desaquecimento nos últimos dois anos. Em 2003 a variação real foi de 5,2% em relação ao ano anterior. No ano seguinte, 2004, houve variação de 3,2% e em 2005 de apenas 0,3%. Essa desaceleração pode ser atribuída às crises no campo que vêm atingindo o estado nos últimos anos, e que acabam refletindo no comércio, serviços e até indústria. Cerca de 15% do PIB paranaense provém da agricultura. Outros 40% vem da indústria e os restantes 45% vem do setor terciário. Em 2007 já houve uma boa recuperação com crescimento de mais de 7% do PIB, um dos melhores do país naquele ano. O PIB do estado, em 2008, foi de R$ 179,27 bilhões.

O desenvolvimento social e econômico do Paraná, a par de transformar o estado em um dos mais ricos do Brasil, acarretou também os seguintes fenômenos: desemprego e violência nas principais cidades do estado e em algumas cidades menos populosas com maior índice de criminalidade; contrabando, tráfico de drogas e armas em alta, via Foz do Iguaçu e crise agrária e influência ativa do MST. No que tange à criminalidade, de acordo com dados do "Mapa da Violência 2010", publicado pelo Instituto Sangari, em 2007, o Paraná é a nona unidade federativa mais violenta do Brasil e lidera o índice de criminalidade da Região Sul do Brasil. A taxa de homicídios é de 29,6.
 


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