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- 19.04.2003 -
QUE TAL
MATAR SEU FILHO?
DEUS requereu de Abraão, o Pai da Fé, que sacrificasse seu filho. Como fosse
de somenos, o pedido do ALTÍSSIMO foi precedido de uma ironia: Três décadas
antes, Abraão recebera promessa de ser pai de uma grande nação, não tendo até
aquele momento, com 82 anos, nenhum filho.
“Então,
conduziu-o até fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se é que
o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade.”
A Bíblia é cheia de passagens em que DEUS promete o absurdo. Davi foi ungido
Rei por determinação direta do próprio DEUS. Resultado, o Rei Saul
passou a persegui-lo para morte dentro do território de Israel. Fora, melhor
sorte não o assistia: o povo filisteu era inimigo capital de Davi; Golias, o
gigante morto com uma funda, era filisteu.
Davi chegou a fingir de louco para não ser morto nas mãos dos filisteus;
durante vários anos não sabia se morreria pela manhã, pela tarde ou pela
noite, bem como, se pela espada do inimigo ou, de seu próprio povo. Resultado,
metade de todos os Salmos, incluso o afamado 23, são Salmos de Davi.
Há um segredo espiritual no absurdo; pensando bem, dois. DEUS prova o homem (Prov.
17:3):
“O
crisol prova a prata, e o forno, o ouro; mas aos corações prova o Senhor.”
Segundo, só os que amam a DEUS podem persistir no absurdo esperando contra a
esperança. Entretanto, subsiste imanente outra pérola espiritual. Isaque, o
filho da promessa de DEUS a Abraão, significa DEUS ME FEZ RIR. Abraão e Sara
tornaram-se pais aos 100 e 90 anos respectivamente. De fato, tinham muito motivo
para sorrir.
Então, como se o absurdo espreitasse à porta, velando o imaginável, DEUS, no
poslúdio de uma agonia, se manifesta a pedir que o mimo de um idoso fosse
sacrificado. Kierkgaard, filósofo existencialista norueguês, perscrutando a
mente de DEUS e a solidão moral de Abraão, uma vez que levou o menino sem
discorrer o propósito, descreve o feito como suspensão teológica da
moralidade.
O fim é consabido. Abraão leva o menino ao monte Moriá, local onde construíram
a mesquita de Omar em Jerusalém, e, no momento do sacrifício o Anjo do Senhor
aparece (Gênesis 22:11 e 12):
“Mas
do céu lhe bradou o Anjo do Senhor: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me
aqui! Então lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças;
pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único
filho.”
A história não acabou aí; quatro mil anos depois, outro pai vivenciou a
experiência de sacrificar o filho; dessa vez,
nenhum anjo desceu:
“Desde
a hora sexta até a hora nona, houve trevas sobre toda a terra. Por volta da
hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que
quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? E alguns dos que ali
estavam, ouvindo isto, diziam: Ele chama por Elias. E, logo, um deles correu a
buscar uma esponja e, tendo-a embebido de vinagre e colocado na ponta de um caniço,
deu-lhe a beber. Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem salvá-lo.
E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito. Eis que o véu
do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra,
fenderam-se as rochas; abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que
dormiam, ressuscitaram; e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de
Jesus, entraram na cidade e apareceram a muitos. O centurião e os que com ele
guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos
de grande temor e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus.”
Mateus 27:45 a 54
Mediante fé no DEUS INVISÍVEL, Abraão se dispôs a fazer o que o próprio
DEUS iria fazer com JESUS. O velho testamento sempre confirma o novo testamento
e o novo, o velho; nos dizeres de JESUS (Mateus
10:37):
“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não
é digno de mim; quem ama seu filho ou a sua filha mais do que a mim não é digno de mim.”
Quem ama a DEUS, acima de todas as coisas, pertence a JESUS, se parece com ELE,
obedece ao PAI e, literalmente, não
é desse mundo...
BOA LEITURA!
ATÉ A PRÓXIMA!
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