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MERCADO DE RENDA VARIÁVEL
Bolsa de Valores
 

CONSIDERAÇÕES INICIAIS:
Por Fernando Toscano (*)

            Nos últimos anos, a economia brasileira passou por profundas transformações - quase todas para melhor. A estabilidade é hoje algo que nem mesmo os esquerdistas mais raivosos colocam em questão, o país atingiu grau de investimento, o mercado de capitais tornou-se um dos mais pujantes do mundo, o acesso ao crédito ficou mais fácil e barato. A combinação desses fatores fez surgir o que alguns economistas já chamam de "novo capitalismo brasileiro" - um período de formação de grandes companhias nacionais aptas ou dispostas a competir com algumas das maiores corporações globais. Dois exemplos são a JBS Friboi e a Hypermarcas, empresas recentes e de grande expressão, comandadas por empresários goianos, segundo o próprio dono da Friboi exemplifica: "Aqui impera o estilo 'frog' de administração" (frog = From Goiás - um termo que demonstra bem como eles pensam, estilo próprio, experiência em negócios e nenhum deles com curso superior ou especialização). É um novo Brasil.

            A chamada "Classe C" (famílias com renda mensal de R$ 1.500,00 à R$ 5.000,00 - um contingente de 95 milhões brasileiros), no início de 2010, era composta por 30.000 investidores na Bovespa. Uma pesquisa recente do Instituto Data Popular mostrou que mais da metade dessas famílias conseguem fazer economias. E aplicam principalmente em cadernetas de poupança. Se todos estiverem na bolsa seriam 14 milhões somente os novos investidores em renda variável provenientes dessa fatia da população brasileira. Em países mais desenvolvidos socialmente e que desenvolvem a cultura da poupança e investimentos em renda variável este número é infinitamente superior. Nos Estados Unidos 88% da população aplica na bolsa como estratégia para a aposentadoria e, com isso, a entrada de faxineiros, porteiros e taxistas, por exemplo, deixou de ser vista com desconfiança.

            É importante que os novos investidores tenham a plena consciência que esse é um mercado de risco. Mas risco até certo ponto. Já houve época que o dinheiro da poupança dos brasileiros foi "surrupiada" pelo governo federal. Então, risco por risco, melhor tentar na bolsa, onde você pode ganhar 5% num dia (como pode perder), ao invés de ganhar menos de 7% num ano (como 2009, por exemplo). Sou adepto daquela máxima de Franklin Roosevelt: "Prefiro arriscar, ganhar tudo ou perder tudo, do que ficar nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota". Mas para isso é importante conhecer todos os prós e contras, riscos, benefícios, ter plena consciência do que está em jogo, saber até onde se deve ir, quanto aplicar, estratégias e um bom suporte da sua corretora. O mercado brasileiro ainda não está caro, ao contrário do que muitos economistas e analistas de mercado alardeiam por aí. A relação entre o preço das ações e o lucro das empresas brasileiras mostra que, na média, a Bovespa está mais barata que as bolsas da China, Índia e México, por exemplo. A tendência é positiva, mas o mercado deve ser avaliado a todo o momento. De acordo com estudo da Itaú Corretora, em 2010, o índice preço-lucro para o Brasil é de 13,7, na China 14,1, no México 14,3 e na Índia 16,4 (quanto menor o índice melhor).

            Hoje com a experiência que já adquiri posso dizer: novato não deve operar derivativos. Comece devagar, procure conhecer bem as empresas que te interessa, analise o histórico delas, da gestão e do comprometimento da sua administração para com o investidor. Procure descobrir se as ações estão com sobre-preço, converse com analistas da sua corretora. É muito importante você escolher dez, talvez vinte, empresas e estudá-las com profundidade. Procure verificar a questão de dividendos e bonificações, entenda o mercado. Você pode observar que, quando o dólar sobe, fatalmente a bolsa cai. Por que? Porque os investidores correm para o dólar. Quando há uma informação importante no exterior, quando existem barreiras ou restrições dos governos, especialmente dos Estados Unidos ou China, estas se refletem no comportamento da bolsa. Informações importantes sobre aquisições, troca de comandos, produção mundial, commodities, eleições presidenciais, tudo afeta. São muitas variáveis, mas são todas razoavelmente claras. Se você passar a se interessar pelo mercado, com leituras diárias sobre economia, o por que da queda ou da alta da bolsa, rapidamente você conseguirá visualizar os motivos que deram causa às essas oscilações.

            As pessoas tendem a dizer que operações na bolsa são arriscadas, que são de curtíssimo prazo, etc etc. Na verdade, no meu entender, a bolsa só causa risco em três situações raras: 1) A quebra da corretora; 2) A quebra da empresa; 3) Um estouro da "bolha", como foi o que ocorreu nos Estados Unidos no último trimestre de 2008 e causou prejuízos mundo afora. Mesmo assim, os investidores estão razoavelmente protegidos: 1) As corretoras possuem um depósito no Banco Central para garantir os investidores destas. O risco é só o investidor possuir dinheiro em caixa na conta da corretora. Fora isso, os títulos custodiados estão garantidos e não há riscos (a CBLC cuida disso); 2) A quebra de uma empresa geralmente não vem da noite para o dia. A situação vai se agravando, o passivo aumentando, a empresa dá sinais de que algo não está bem. O melhor a fazer? corra, preferível perder um pouco do que perder tudo; 3) A questão da "quebra da economia norte-americana" dava sinais e quem acompanhou o mercado sabia do risco. Mesmo assim tudo o que foi perdido já foi recuperado. Por isso o importante é: não se desespere. As ações podem cair, mas elas sobem. Por isso, ao contrário do que a maioria diz, o investimento na bolsa de valores traz grandes recompensas a longo prazo. Diversas comparações serão apresentadas aqui no "Portal do Investidor". As dúvidas serão todas respondidas, apenas nos abstemos de sugerir compra e venda, isso é de cada um consigo mesmo e sua corretora.

            O Portal Brasil criou um novo índice chamado "Meta40". Esse índice mede não apenas o volume negociado nos bolsas, mas o tamanho da empresa, o tamanho e importância do setor, sua gestão, a questão da governança corporativa (transparência dos seus atos), responsabilidade social, geração de emprego e renda e uma série de pequenos detalhes. Sentimos que essa índice reflete com mais exatidão a variação e comportamento desse grupo escolhido de ações, que representam mais de 70% do total movimentado na BMF&BOVESPA.

IMPORTANTE: Você pode criar seu próprio índice "Meta40" e fazer tudo de forma automatizada. Siga os passos abaixo:

1. Escolha as 40 ações que te interessam;
2. Abra a nossa planilha "Meta40", criada em Excel;
3. Substitua os nomes das ações e os códigos do papéis pelos desejados;
4. Monte uma planilha com as mesmas ações que você deseja no seu home broker de forma a facilitar o ctrl+c e o ctrl+v para a planilha;
5. Diariamente cole e copie o volume (Plan2 da planilha) e a variação (Plan3);
6. Isso feito o resultado do seu índice estará disponível no Plan1 de forma automática.

            Se surgirem dúvidas estamos à disposição.

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