Área Cultural Área Técnica

 Ciência e Tecnologia  -  Colunistas  -  Cultura e Lazer
 
Educação  -  Esportes  -  Geografia  -  Serviços ao Usuário

 Aviação Comercial  -  Chat  -  Downloads  -  Economia
 
Medicina e Saúde  -  Mulher  -  Política  -  Reportagens

Página Principal

- CINEMA -
(Crítica - Julho / 2003)

"Para você ler os comentários da crítica em meses anteriores, clique abaixo:"

Maio/01   -   Junho/01   -   Julho/01   -   Agosto/01   -   Setembro/01   -   Outubro/01   -   Novembro/01

Dezembro/01   -   Janeiro/02   -   Fevereiro/02   -   Março/02   -   Abril/02   -   Maio/02   -   Junho/02   -   Julho/02

Agosto/02   -   Setembro/02   -   Outubro/02   -   Novembro/02   -   Dezembro/02   -   Janeiro/03   -   Fevereiro/03

Março/03   -   Abril/03   -   Maio/03   -   Junho/03


Dicas da semana:
(Período de 27.07.2003 à 31.07.2003)

A Casa Caiu (Bringing Down the House), de Adam Shankman, 2003 - Pegue um comediante de carreira respeitável, mas sem um grande sucesso nos últimos anos e uma estrela ascendente do universo pop americano, embale-os em uma trama repleta de gags com papéis talhados para que brilhem e você pode ter um sucesso.

            O amor virtual de um solteirão de meia-idade, Steve Martin (ótimo em “Roxanne” e “Um Espírito Baixou em Mim”), e uma mulher desbocada , Queen Latifah (também excepcional em “Chicago”), que se conhecem via internet, sem terem a exata noção de quem estavam conquistando é o tema de um dos maiores sucessos de bilheteria do ano nos Estados Unidos.

            O roteiro reforça a natureza trapalhona de Martin e a essência rapper e pesadona de Latifah, fazendo o romance nascer do confronto das diferenças, mas as piadas acabam por se repetir em um roteiro que resulta flácido e com boa dose de inconsistência.

            Um sucesso de verão que surpreendeu por elevar Latifah a astro de primeira grandeza, ou perto disso, e garante fôlego a Martin para tentar bons roteiros pelos próximos anos, num filme que se não agrada ao público exigente, perfeitamente serve para uma noite de diversão sem maiores compromissos.

Cotação: ** ½

O Agente Teen (Agent Cody Banks), de Harald Zwart, 2003 - O primeiro filme que busca aproveitar no cinema do talentoso ator mirim Frank Muniz, do seriado “Malcolm”, sabendo usar seu jeito estranho para viver o agente mirim que tem como missão salvar o mundo de um terrível vilão (Ian McShane).

            Um filme agradável que se desenvolve numa trama ágil, ainda que as situações em que o jovem agente se defronta fogem muito do óbvio, cabendo tranqüilamente a qualificação de rocambolescas.

            Cubos de gelo com vírus mortais, cientistas malucos aprisionados por terríveis vilões, armas e disfarces, um pequeno James Bond, sem a classe do espião britânico, mas com o charme meio jeca que o jovem Muniz empresta a seu personagem.

Cotação: ***

Lourival Sobral             


Dicas da semana:
(Período de 20.07.2003 à 26.07.2003)

Assunto de Meninas (Lost and Delirious), de Léa Pool 2001, Canadá - Um interessante filme sobre a relação de duas jovens adolescentes que se envolvem emocionalmente enquanto convivem num colégio interno.

            Uma visão feminina do amor que se revela na sensibilidade na interessante dupla de atrizes centrais (Piper Perabo, do seriado “Charmed” e Jessica Paré) e na consciência da diretora, Léa Pool .

            O roteiro é agil e pouco guarda de melodramático, ainda que o esquema do filme não traga grandes surpresas, sendo apenas um bom exemplo da filmografia canadense que tende a ser mais ousada e interessante que a sua vizinha norte americana.

            Um filme jovem, sem grandes destaques, mas que flui na tela e envolve o público com um roteiro sensível e sincero que permeia a trama, não deixando que o ritmo caia e o o espectador venha a perder o interesse no desenrolar de sua história.

Cotação: ***

Tolerância Zero (The Believer), de Henry Bean, 2001 - Um jovem judeu que descobre dentro de si uma vertente neonazista, colocando em cheque seu entendimento da vida americana e de sua comunidade.

            Um filme que busca o confronto dos sentimentos da população branca norte-americana com as propostas de integração racial e aceitação de imigrantes dentro do convívio social.

            Um filme que não deixa baixar o fôlego da platéia, a todo momento é posta questão que muitas vezes não fornece respostas fáceis, nem são exatamente palatáveis a muitos paladares, por negação ou identificação com o que é colocado no desenrolar da trama.

            Roteiro ágil, trama que, às vezes, eleva o tom por demais, mas é um interessante exemplo do que o chamado cinema americano pode ainda oferecer ao seu circuito que já ganha grande expressividade, principalmente pelo terreno infértil de idéias que os blockbusters estão trazendo para as telas.

            Será que existe em você sentimentos que você gostaria que não existissem? Experimente “Tolerância Zero” e talvez você não saia tão confortável da sala de cinema.

Cotação: *** ½

Lourival Sobral             


Dicas da semana:
(Período de 13.07.2003 à 19.07.2003)

As Panteras : Detonando (Charlie’s Angels: Full Throttle), de McG, 2003 - Após um primeiro filme que conseguiu redefinir o padrão das Panteras originais da série de televisão, a segunda aventura não teve mais o condão de apresentar as três beldades na tela, restou-lhe reprisar os efeitos especiais e algumas piadas já presentes no primeiro episódio.

            Contando com a graça e eficiência das três atrizes e ainda reforçadas com uma Demi Moore buscando reencontrar o fio de sua carreira, o filme agrada àqueles que buscam uma aventura com extrema agilidade, mas com pouco conteúdo.

            O roteiro fracionado tenta amarrar rápidas tramas que parecem compor um todo, embora o que menos importe para o diretor McG, ao que parece, seja a concatenação de sua historia.

            Para os brasileiros, resta o gostinho de ver a cara “brazuca” de Rodrigo Santoro ser exibida num blockbuster, ainda que entrando mudo e saindo calado, mas começando uma carreira que filmes impactantes como “Bicho de Sete Cabeças” e “Abril Desesperado” podem lhe render.

Cotação: **

A Última Noite (25th Hour), de Spike Lee, 2002 - Um último dia para uma vingança sangrenta, cobrança de dívida de sangue de um traficante que após ser condenado a sete anos de prisão tenciona vingar-se da armadilha que o levou ao cárcere.

            Spike Lee demonstra que mais que um polêmico diretor, é um extraordinário criador de cinema, tendo um elenco afiado capitaneado pelos excepcionais Edward Norton e Philip Seymour Hoffman que transformam cada cena em momentos marcantes.

            Uma fita de temática difícil mas um extraordinário trabalho de roteiro, direção e elenco raramente visto nas telas americanas na atualidade.

Cotação: ****

Lourival Sobral             


Dicas da semana:
(Período de 06.07.2003 à 12.07.2003)

O Homem que Copiava, de Jorge Furtado, 2003 - O cineasta Jorge Furtado, dono de uma exitosa carreira de curta-metragista e roteirista de televisão, havia estreado com o divertido e pouco visto “Houve Uma Vez Dois Verão” (2002), mas com planos ambiciosos, já iniciara as filmagens de “O Homem Que Copiava”.

            André (Lázaro Ramos) operava uma fotocopiadora e era apaixonado por uma jovem que morava em um prédio próximo ao seu, a quem costumava espiar com seu binóculo enquanto fazia seus desenhos e remoía a falta de perspectiva de futuro.

            O roteiro une André à jovem Sílvia (Leandra Leal), tímida e cheia de surpresas e aos divertidos Cardoso (Pedro Cardoso) e Marinês (Luana Piovani) numa trama que envolve assalto, perseguições e muitas surpresas, envolvendo o público.

            Furtado faz uso dos recursos que consagrou o seu estilo, linguagem rápida, bom uso da trilha sonora, informações que vão fazendo sentido com o desenrolar da trama e um saudabilíssimo bom humor presente até em cenas mais densas.

            Uma crônica de personagens cotidianos, ainda que peque em alguma inverosimilhança, mas que guardam uma proximidade com o público que com ele se identifica, menos com a trama e mais com os sentimentos a permeiam.

            Uma divertida oportunidade de ver um filme nacional que não busca o hermetismo, mas o contato com o grande público, respeitando sua inteligência, ofertando uma trama excepcionalmente rica de matizes de humor, romance, aventura...

Cotação: *** ½ 

Lourival Sobral             


Dicas da semana:
(Período de 01.07.2003 à 05.07.2003)

Didi: O Cupido Trapalhão, de Paulo Aragão e Alexandre Boury, 2003 - Uma versão abrasileirada de “Romeu e Julieta” estrelada pelo cantor Daniel e pela apresentadora Jacqueline Petkovic, com Renato Aragão, vivendo o anjo trapalhão que tenta ajudar o casal a vencer os obstáculos existentes ao romance.

            Uma comédia que conjuga fórmulas de sucesso de dois momentos distintos da cinematografia nacional: o humor quase infantil de Renato Aragão que arrasava quarteirões nos anos 70 e 80; e o filme-evento-programa de televisão de Xuxa, com sucessos recentes, que busca em seu filmes conciliar uma história mínima recheada de clips musicais e participações de “personalidades” do momento.

            Renato Aragão repete o seu inesgotável Didi, que já aparenta sinais de cansaço físico, mas que mantém vivia a alma infantil, requentando piadas, mas sempre eficiente a novos e velhos admiradores. Reduz seu personagem, mas se mantém como grife para o filme.

            O que resta do filme além do Didi é uma conjugação de pouco investimento e pouco ou nenhum talento a serviço de um roteiro simplista que dificilmente agradará a paladares cinematográficos exigentes e que nem tocam diretamente as crianças pequenas, nem os adolescentes, situando-se num limbo quanto ao público ao qual se dirige.

Cotação: * ½

As Quatro Plumas (The Four Feathers), de Shekhar Kapur, 2003 - Oficial (Heath Ledger) pede baixa do exército britânico e sua atitude é confundida por sua noiva e amigos como um ato de covardia, quando, em verdade, ele estava saindo em missão secreta.

            Um filme no bom e velho estilão hollywoodiano, discutindo honra, covardia e amizade, com muito romance e ação e que sempre diverte, mesmo quando não usa a fórmula do épico em material de primeira, o que não é o caso deste “As Quatro Plumas”.

            O diretor Kaphur, do ótimo “Rainha Bandida” e do interessante “Elizabeth”, empresta sua visão indiana sobre o exército britânico, realçando o glamour, ao tempo que humaniza a figura do herói britânico, dimensionando o herói épico ao século 21.

            O elenco repleto de estrelas em ascensão  do cinema atual, como Kate Hudson (Quase Famosos), Wes Bentley (Beleza Americana) e Djimon Hounsou (Amistad), cumpre eficientemente a missão de carregar uma boa história, ainda que sem maiores vôos dramáticos, pois a trama é agilizada para sintonizar com rapidez que se espera de uma trama no cinema atual.

Cotação: ***

Lourival Sobral             


FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI