A balança comercial brasileira, que registra o saldo entre exportações e importações de bens, expressa em dólares, segue sendo um indicador essencial para entender a inserção do Brasil no comércio mundial e a dinâmica de sua economia em 2025–2026.
Após fechar **2024 com um superávit significativo de cerca de US$ 74,5 bilhões, resultado que representou um dos maiores saldos na série histórica mesmo com o crescimento das importações, o Brasil iniciou 2025 com grande oscilação nos fluxos comerciais: o saldo mensal chegou a registrar déficit em fevereiro, reflexo de importações mais altas em alguns períodos e quedas pontuais nas exportações de commodities e produtos industriais.
No acumulado de 2025 até outubro, contudo, o país bateu recordes históricos de exportação, importação e corrente de comércio, com exportações chegando a US$ 289,7 bi e importações a US$ 237,3 bi, gerando um superávit de aproximadamente US$ 52,4 bi e uma corrente de comércio de US$ 527,1 bi.
Os dados mensais também refletem essa tendência: em novembro de 2025, a balança comercial registrou superávit de US$ 5,8 bilhões, com exportações impulsionadas pela agropecuária — especialmente carne bovina e soja — enquanto as importações continuaram robustas, ampliando o fluxo de bens.
No cenário global e bilateral, a participação do Brasil em mercados-chave segue em evidência: as exportações para a China cresceram significativamente em 2025, reforçando o papel do gigante asiático como principal parceiro comercial, embora as importações chinesas também tenham aumentado de forma expressiva no mesmo período.
Para 2026, as projeções e negociações comerciais continuam em destaque — com avanços em auditagens sanitárias para mercados como o japonês e o fortalecimento de acordos comerciais com blocos como o Mercosul-Canadá, ampliando perspectivas de acesso a mercados e potencial impacto positivo na balança comercial brasileira.
Assim, a balança comercial em 2026 reflete tanto o reforço estrutural das exportações brasileiras em commodities e manufaturados, quanto os desafios decorrentes de maior competitividade global e pressões externas (como tarifas e barreiras), salientando seu papel central para a economia nacional.