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- CINEMA -
(Crítica - Setembro / 2003)

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Dicas da semana:
(Período de 22.09.2003 à 30.09.2003)

Dom, de Moacyr Góes, 2003 - Adaptação livre do renomado diretor teatral Moacyr Góes do romance “Dom Casmurro” de Machado de Assis, “Dom” é uma experiência das mais interessantes para aqueles que arriscarem assisti-lo numa tela de cinema da cidade.

            O triângulo amoroso clássico Bentinho-Capitu-Escobar é temperado com as neuroses contemporâneas e com o olhar cínico de Góes que toma matizes diferentes da literatura machadiana, mas não impede que se perceba na tela as cores que o grande escritor emprestou ao seu livro.

            Um elenco de bons atores aumenta ainda mais o interesse: Maria Fernanda Cândido faz o público render-se a sua beleza e talento dramático que Góes sabe exigir à medida; Bruno Garcia, saído das experiências do grupo do diretor Guel Arraes, sustentando seu personagem com garra e criando um bom tipo; apenas Marcos Palmeira não parece confortável em seu Bentinho moderno, os ares urbanos não lhe caem bem, embora não comprometa o todo do filme.

            O roteiro não é um primor de concisão, um pouco do conteúdo é perdido na busca de um humor moderno, uma ironia muito em voga nos dias que correm, mas o fio condutor, que é mantido, absorve bem qualquer eventual transgressão mal resolvida cinematograficamente.

            Uma aventura nos braços da literatura brasileira, com talentos formados na televisão, nas mãos de um ousado diretor teatral, tudo isso resulta numa salada, no mínimo, interessante e que faz valer o risco de optar por vivenciar o filme.

Cotação: ***

Bad Boys II, de Michael Bay, 2003 - Dois astros envolvidos numa trama policial temperada com piadas de gosto duvidoso e muita correria e violência numa trama confusa, esse é o resumo de “Bad Boys II”.

            Will Smith e Martin Lawrence experimentam a confusa trama de dois policiais que combatem o tráfico de ecstasy em Miami, numa trama rocambolesca, sem maior lógica, que rende apenas momentos de tensão ao ter, a seu serviço, competente equipe de efeitos especiais.

            Smith já viveu dias de astro número 1 da América, hoje passeia em filmes menos ambiciosos, mas que se valem do seu prestígio e carisma pessoal. Lawrence é astro bem a gosto do público americano e, felizmente, não encontra no Brasil maiores fãs, embora seus filmes não façam feio nas bilheterias tupiniquins.

            Um daqueles filmes comuns que são mandados para nosso consumo e que, por vezes, não sabemos porque o aceitamos, talvez por estarmos desejosos de irmos a uma sala de cinema e continuar aproveitando do fascínio da tela grande.

Cotação: * 

Lourival Sobral             


Dicas da semana:
(Período de 15.09.2003 à 21.09.2003)

A Liga Extraordinária (The League of Extraordinary Gentlemen), de Stephen Norrington - Um gênio do crime tenta conquistar o mundo e a Rainha Victoria convoca uma legião de grandes homens do mundo para combatê-lo. Esse é o mote do filme baseado nos quadrinhos de aventura de Alan Moore e Terry O’Neil que foi levada às telas sob a condução de Stephen Norrigton.

            Juntar numa mesma aventura Allan Quatermain (Sean Connery), Mina (Peta Wilson), Dorian Gray (Stuart Townsend, Dr. Jekyll (Jason Flemyng), o Homem Invisível (Tony Curran) e Tom Sawyer (Shane West) resulta num filme que fica a meio caminho da aventura do grupo e explicação dos porquês e da história de cada um dos ilustres convidados a juntar-se na batalha.

            O roteiro tenta manter a concisão e o bom resultado da graphic novel, mas a busca de explicações que informem o público sobre os personagens não permite que a trama tenha um mínimo de lógica que criasse um todo compreensível.

            O elenco se sustenta no carisma de Sean Connery. Todos os outros ilustres não conseguem fazer de seus personagens os tipos marcantes e inesquecíveis que a base literária de seus personagens poderiam informar no processo de criação.

            O diretor Norrington não consegue amalgamar seu elenco, não consegue tirar do roteiro a riqueza de tantos personagens potencialmente interessante e, o relativo sucesso internacional, apenas mascara a precariedade de seu trabalho, que nada tem de ousado e fica muito distante de ser criativo.

            Uma tentativa frustrada de se fazer uma aventura diferente que, de tantas idéias juntas, cria um espetáculo cinematográfico confuso, mas que pode até se tornar agradável num final de tarde chuvoso de domingo ou na “Sessão da Tarde” das telas globais.

Cotação: **

Lourival Sobral             


Dicas da semana:
(Período de 08.09.2003 à 14.09.2003)

Tratamento de Choque (Anger Management), de Peter Segal - Robert de Niro descobriu o filão ao unir seu reconhecido talento a comediantes competentes em comédias inteligentes que utilizam o bom texto e história simples como passaporte para o sucesso nas bilheterias ao redor do mundo.

            Jack Nicholson é um executivo que busca a terapia para controlar ansiedade e acessos de ira que costumam atrapalhar seus negócios e sua saída e encontra em Adam Sandler - o canal para suas ansiedades e a chance de se reencontrar com sua essência.

            Um roteiro linear e que faz bom uso do talento de Nicholson e esculpe um personagem à medida de Sandler, em uma combinação que funciona bem na tela e que consegue conquistar com gags  interessantes e bom uso do roteiro.

            O diretor Segal dá ao elenco azeitado a possibilidade de luzir, emprestando-lhes sua condução de câmera burocrática, porém eficiente.

Cotação: ** ½

Tortura Selvagem - A Grade, de Afonso Brazza - O recém-falecido, cineasta-bombeiro, Afonso Brazza realizou um dos seus filmes mais ousados, com uma produção mais rica e com inúmeras participações especiais de personalidades da cena social de todas as áreas de Brasília.

            Um roteiro simples que conta as agruras de um catador de papel confundido com contrabandistas é o mote para uma série de brigas, tiros e cenas de ação que realçam o esforço do cineasta candango em realizar a versão nacional dos filmes de ação vindos de Hong Kong nos anos 70

            Divertido e merecedor de ser assistido, ainda que pelo interesse de se conhecer a obra deste herói do cinema brasileiro.

Cotação: **

Lourival Sobral             


Dicas da semana:
(Período de 01.09.2003 à 07.09.2003)

Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra (Pirates of the Caribbean - The Curse of The Black Pearl), de Gore Verbinski, 2003 - O filme sensação do verão americano de 2003 que chegou a cifras de bilheteria que surpreenderam todos neste novo lançamento da Disney e do megaprodutor Jerry Bruckheimer (“Armaggedon”).

            Um ferreiro, vivido por Orlando Bloom ( “O Senhor dos Anéis”) que contrata um pirata louco, Johnny Depp (“Ed Wood”, “Chocolate” e “Edward Mãos de Tesoura”) para salvar sua noiva que havia sido capturada por uma tripulação de piratas zumbis.

            Um roteiro que se assume como os bons filmes “B” de meados do século passado, não tendo medo de apelar para situações absurdas que conjugadas do humor que permeia todo o filme, acaba criando um todo homogêneo.

            O elenco é recheado de boas interpretações e, especialmente, Johnny Depp está espetacularmente canastrão, à medida do seu pirata, parecendo que sua temporada européia refinou ainda mais o talento daquele jovem americano que ficara conhecido por uma série de televisão (“Anjos da Lei”) e por fazer opções por filmes pouco usuais.

            A trama corre solta na tela e o diretor Gore Verbinski (“A Mexicana”) confirma seu talento para realizar filmes comercialmente viáveis e a capacidade de conseguir escalar elenco de celebridades, embora sem demonstrar maior capacidade em escolher bons projetos e transformar um roteiro simplório em algo mais que uma peça cinematográfica trivial.

            Uma boa chance de passar uma matinê de final de semana com toda a família numa sala escura de cinema - pipoca e refrigerante serão bem vindos - e a diversão parece estar garantida para quem se aventurar, sem maiores culpas, nos “Piratas do Caribe”.

Cotação: ** ½

Lourival Sobral             


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